quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cobre braço Onix too


Cobre bracinho feito com fio sedificado com babado nos punhos em crochet, ótimo para essa época do ano.


Selo

Ganhei esse selo do blog Maná Crochê & Cia , adorei amiga,beijokas...

A Arte de Ouvir como Habilidade Gerencial

O poder das palavras é incontestável para ações efetivas de liderança, mas o que mais se observa são as limitações inerentes ao seu uso indiscriminado.Algumas situações podem ser citadas (como comportamentos inadequados de líderes):

* culto à própria palavra;
* uso de uma verborragia irritante;
* falta de atenção ao que está sendo dito;
* egocentrismo exagerado;
* desrespeito ás crenças e valores do outro;
* alteração do volume e tom e voz, com o objetivo de minar resistências às suas;
* comunicação defensiva;
* falta de entendimento;
* atitudes que inibem as contribuições individuais;
* comunicação não-verbal irônica durante o processo de escuta;
* atenção só às idéias que possam servir aos próprios interesses.

Essas pessoas falam, falam e falam, como se quisessem promover o entorpecimento mental de seus ouvintes e persuadi-los por meio da exaustão.

Isso nos faz refletir sobre como o uso abusivo do poder pode levar um líder a subestimar o potencial de seus subordinados, ouvindo só o que lhe interessa e não aproveitando, portanto, à força produtiva inerente a cada membro de uma equipe.

Muitas empresas vivem no que podemos chamar de “feudalismo administrativo”.

Seria prudente que os dirigentes das organizações repensassem se a ânsia pela posse da palavra não esconderia um medo profundo de perder espaços e se dispusessem a um exercício extremamente saudável e produtivo: o hábito de ouvir.

Ouvir pode exigir, dos mais ansiosos, um esforço quase sobre-humano, pois é necessário que haja disciplina e organização de idéias (enquanto o outro fala, é preciso frear a imaginação, que normalmente voa para diversos lugares em poucos segundos). Ouvir pode também causar frustrações, ao descobrir-se que, muitas vezes, o interlocutor tem idéias bem mais interessantes que as nossas.

Algumas sugestões para aprimorar o ato de ouvir:

* saber por que está ouvindo;
* criar um clima de interesse e receptividade;
* escutar, prestando atenção;
* concentrar-se no assunto em questão;
* não interromper o emissor;
* evitar ansiedade, enquanto ouve;
* buscar o estado de prontidão e não de tensão;
* esperar que o interlocutor conclua sua idéia;
* evitar distrair-se com ruídos externos;
* utilizar a empatia;
* ouvir sem medo, sem precipitação e sem julgamentos preconceituosos;
* sempre que houver oportunidade, procurar resumir numa frase tudo o que entendeu.

Quem finge saber ouvir engana o seu interlocutor e transforma a possibilidade de comunicação em uma farsa.

Ouvir bem é um ato de civilidade e educação, que facilita uma comunicação autêntica e legítima, uma liderança mais democrática, contribuindo para o surgimento de ações mais sensatas e produtivas. Vamos aprender a ouvir?

Créditos: Maria das Neves Pimentel Cruz
Formada em Letras, Português, Francês e Latim

Educação: chave para um mundo melhor

É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam. Para uma sociedade nova são necessários homens novos. Por isso, a educação desde a infância é de importância capital.
Não basta providenciar a instrução da criança. Ela deve aprender a se conduzir como ser consciente e racional. Isto é tão necessário como saber ler, escrever e contar.
É entrar na vida, armado, não só para a luta material, mas, principalmente, para a luta moral.
Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, são precisos, por vezes, a perseverança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser capaz.
Essa tarefa, no entanto, não é tão difícil quanto se pensa, pois não exige uma ciência profunda. Grandes e pequenos a podem realizar, desde que se compenetrem do alvo elevado e das consequências da educação.
A criança é um Espírito milenar que traz tendências e uma bagagem espiritual de outras encarnações. A infância é o período em que o espírito é mais acessível e flexível às boas influências, que visam o desenvolvimento das virtudes eternas. Por isso, cabe aos pais, desde o nascimento dos filhos, a tarefa de evangelizar, com muito amor, os Espíritos que lhes são confiados.
Estudemos, pois, desde o berço, as tendências que a criança trouxe das suas existências anteriores. E com base nessas observações, vamos desenvolver junto a elas as virtudes e aniquilar os vícios.
Que não nos detenham a fadiga, nem o excesso de trabalho.
É importante preparar a criança para o mundo material, instruindo-a intelectualmente. Mas, é essencial evangelizá-la, educando-a moralmente, a fim de que adquira hábitos salutares. Assim, a bondade, o amor, o perdão, a caridade e a solidariedade são alguns dos valores eternos que devem ser cultivados desde a mais tenra infância.
Os pais são o primeiro exemplo dos filhos. Necessário, pois, evangelizarem-se, para se tornarem fonte de vibrações positivas e atitudes equilibradas, contribuindo, assim, para a sua própria evolução e para o crescimento moral e espiritual daqueles com quem convivem.
Sendo a educação o conjunto dos hábitos adquiridos (O Livro dos Espíritos, questão 685) que deve ter na sua base o Evangelho de Jesus, buscando a formação do indivíduo como ser integral, a Evangelização de crianças e jovens exerce importante papel, reforçando os valores preconizados pelos pais.
Lembrando que é dever dos pais dirigirem seus filhos ao bom caminho: evangelize, trabalhe com Jesus! Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: que fizeste do filho confiado à vossa guarda?
Auxiliemos a transformação social. Transformemos a face do mundo, pelo caminho da educação.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pegadas na Areia te Acompanhando

Um dia eu tive um sonho...

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e no céu passavam cenas da minha vida.

Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia:

* um era meu e o outro do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia,e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida. Isso me aborreceu e perguntei então ao meu Senhor:

* Senhor, tu não me disseste que, tendo eu resolvido te seguir, tu andarias sempre comigo, em todo caminho?

Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia.

* Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho.

O Senhor me respondeu:

* Meu querido filho. Jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento.
* Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas.
* Foi exatamente aí que te carreguei nos braços.

Autor Desconhecido

Selo


Esse selo ganhei do Blog Arte & Artesanato, beijokas amiga, adorei.

Ninguém está sozinho em nenhum momento

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar à parte dos destroços para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada e fora de qualquer rota de navegação, e ele agradeceu novamente.

Com muita dificuldade e com os restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e para guardar seus poucos pertences, e como sempre agradeceu.

Nos dias seguintes a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.

No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando: "O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?" Chorou tanto, que adormeceu, profundamente cansado.

No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.

"Viemos resgata-lo", disseram.

"Como souberam que eu estava aqui?", perguntou ele.

"Nós vimos o seu sinal de fumaça"!

É comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados quando as coisas vão mal. Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento. Lembre-se: se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina. Para cada pensamento negativo nosso, Deus tem uma resposta positiva.
Autor Desconhecido

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cachecolar Veneza







Cachecolar feito em fio pompom aveludado, lindissimo, super prático e versatil e muito macio.

Pensamento Positivo em Todas as Situações

Jerry era o tipo do cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.

Quando alguém lhe perguntava como estava, ele respondia: “se eu estivesse melhor teria que ser gêmeo”.

Ele era um gerente único, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pela sua atitude. Ele era um motivador nato. Se um empregado estava tendo um dia ruim, Jerry estava lá, lhe dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com o seu estilo que um dia fui ate ele e perguntei: “você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo. Como você faz isso?”

Ele me respondeu: “a cada manha ao acordar eu digo pra mim mesmo, Jerry, você tem duas escolhas hoje. Você pode escolher ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo ruim acontece, eu posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém vem reclamar, eu posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida. Eu escolho o lado positivo da vida."

“Certo, mas não é fácil”, argumentei.

“É fácil”, disse-me Jerry. “A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda situação é uma escolha. Você escolhe como reagir a situações. Você escolhe como as pessoas afetarão seu humor. Você escolhe sempre. É a sua escolha de como viver sua vida”.

Eu pensei sobre o que Jerry disse. Abri meu próprio restaurante. Como o tempo perdi o contato com Jerry, mas sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde, soube que Jerry fez algo que nunca se deve fazer em um restaurante, ele deixou a porta de serviço aberta uma manha e foi rendido por assaltantes. Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo desfez a combinação do segredo do cofre. Os ladrões entraram em pânico e atiraram. Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado a um hospital. Depois de dezoito horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de bala alojados em seu corpo.

Eu encontrei Jerry mais ou menos seis meses após o acidente. Quando lehe perguntei como estava ele respondeu: “se eu estivesse melhor, seria gêmeo. Quer ver minhas cicatrizes? ”

Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto. “A primeira coisa que pensei, foi que deveria ter trancado a porta. Então deitado no chão, eu lembrei que tinha duas escolhas. Eu poderia viver ou morrer. Escolhi viver”.

“Você não estava com medo?”, perguntei.

“Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu iria ficar bem. Mas quando eu entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus olhos lia – esse aí já era – sabia que tinha que fazer algo”.

“O que você fez?”, perguntei.

“Bem, havia uma enfermeira que me fazia muitas perguntas. Ela me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi que sim. Todos pararam para ouvir a resposta... Tomei fôlego e gritei: Sou alérgico a balas”.

Entre suas risadas eu lhes disse: “Eu estou escolhendo viver, operem-me como a um ser vivo, não morto”.

Jerry sobreviveu graças ao bom Deus, a perícia dos médicos, mas também graças a sua atitude. Afinal de contas, atitude é tudo.

O mais importante de tudo isso é como disse o nosso amigo Jerry, é que nós escolhamos aprender alguma coisa com esse texto, ou seja, ter sempre uma atitude positiva nas nossas vidas.

Tenha sempre em mente que nada que acontece conosco é por simples acaso. É uma forma de aprendermos, de aperfeiçoarmos um dos nossos lados, as nossas virtudes e fraquezas, de crescermos e nos tornar seres humanos melhores.

Pense positivo. Haja positivamente! É dificil? Pense: existe coisa mais maravilhosa que um largo sorriso e um verdadeiro bom dia pela manhã?

Autor Desconhecido

Ciclos em nossas vidas

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final..
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração..... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :
"Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"

(Fernando Pessoa)

Enviado por Thais K. Maciel.

Selo


Ganhei esse selo do blog Pingo de Mel Tricot , beijokas amiga...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Construa com Sabedoria

Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar. Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia. Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira. Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa. E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse: "Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção. Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.

Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás.

Você é o carpinteiro. Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes. Alguém disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói". Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.

Construa com Sabedoria

TEMPO CERTO

De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.

Basta você acreditar que nada acontece por acaso.
Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas.
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda.
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento

As três respostas

Eu gostaria de contar uma estória narrada por Tolstoi, de que você e nossos amigos na Escola irão gostar. É a estória das três perguntas do imperador. Ele poderia continuar a reinar satisfeito, sem o risco de cometer nenhuma falha, somente se conseguisse a resposta para as seguintes perguntas:



Qual o tempo mais oportuno para se fazer cada coisa?

Quais as pessoas mais importantes com quem trabalhar?

Qual a coisa mais importante a ser feita?





O imperador publicou uma declaração, dizendo dar um alto prêmio àquele que fosse capaz de responder às perguntas. Inúmeras pessoas se dirigiram ao palácio oferecendo diferentes respostas.



Em resposta à primeira pergunta, alguém aconselhou o imperador a fazer um planejamento completo dedicando todas as horas, dias, meses e ano a certas tarefas constantes da programação elaborada e observá-lo ao pé da letra. Só assim teria ele possibilidade de fazer cada coisa no tempo certo. Uma segunda pessoa respondeu que seria impossível planejar com antecedência, que deveria deixar todo e qualquer divertimento vão de lado e permanecer atento a tudo, a fim de saber o que fazer na hora certa. Uma terceira disse que o imperador jamais poderia, por si próprio, ter a previsão e competência necessárias para decidir quando fazer cada coisa, e que o que ele realmente precisava era constituir um conselho de sábios e agir de acordo com o que fosse determinado por estes. Uma quarta, enfim, disse que certos assuntos requeriam providências imediatas, não podendo assim esperar por decisão de conselho, mas se o imperador quisesse saber dos acontecimentos com antecedência, deveria consultar mágicos e adivinhos.



As respostas à segunda pergunta também não foram satisfatórias. Uma pessoa disse que o imperador deveria depositar toda sua confiança nos administradores, outra, nos padres e monges, outra, nos médicos, e, outras ainda, nos guerreiros.



A terceira pergunta trouxe uma variedade similar de respostas. Alguns disseram que a coisa mais importante a fazer era a ciência. Outros falaram em religião. Outros ainda achavam que a coisa mais importante era a arte bélica.



Como nenhuma das respostas satisfez ao imperador, nenhum prêmio foi concedido. Após refletir por várias noites, o imperador decidiu sair à procura de um eremita que vivia na montanha, e que diziam ser um homem iluminado. Sabia-se que ele jamais deixara a montanha e não recebia ricos nem poderosos, apenas os pobres. Ainda assim, o imperador decidiu ir ao seu encontro para fazer-lhe as três perguntas. Disfarçado de camponês, o imperador ordenou aos seus criados que o esperassem ao pé da montanha enquanto ele subia sozinho.



Ao chegar ao lugar em que vivia o eremita, o imperador viu-o lavrando a terra da horta em frente à sua pequena cabana. Ao avistar o forasteiro, o eremita acenou-lhe com a cabeça, continuando a capinar. O trabalho era bastante duro para um homem daquela idade, e toda vez que enterrava a enxada na terra, para revolvê-la, um profundo suspiro acompanhava seu movimento.



Acercando-se dele, o imperador falou: "Vim até aqui para pedir sua ajuda. Quero que me responda três perguntas:



Qual o tempo mais oportuno para se fazer cada coisa?

Quais as pessoas mais importantes com quem trabalhar?

Qual a coisa mais importante a ser feita?"



O eremita ouviu-o atentamente mas não respondeu. Deu uma palmadinha amistosa no ombro do forasteiro e continuou seu trabalho. O imperador então disse: "Você deve estar cansado, deixe-me dar uma mão no seu trabalho". Agradecendo, o eremita passou-lhe a enxada e sentou-se no chão para descansar.



Depois de ter cavado dois canteiros, o imperador parou e, voltando-se para o eremita, repetiu suas três perguntas. Ao invés de responder, o eremita levantou-se e apontando para a enxada disse: "Por que não descansa agora? Eu posso retomar o meu trabalho de novo". Mas o imperador não lhe passou a enxada e continuou a cavar. Assim se passaram as horas, até que o sol começou a se esconder atrás da montanha. O imperador colocou a enxada de lado e falou ao eremita: "Eu vim até aqui para ver se você seria capaz de responder minhas três perguntas. Mas se não puder respondê-las, por favor, me diga, para assim eu voltar para casa".



Levantando a cabeça, o eremita perguntou: "Está ouvindo os passos de alguém correndo ali adiante?" O imperador voltou a cabeça e, de repente, à frente de ambos, surgiu de dentro do mato um homem com longa barba branca. Ofegante, o homem tentava cobrir com as mãos o sangue que escorria do ferimento no estômago, avançando em direção ao imperador, antes de tombar ao chão, inconsciente. Abrindo a camisa do homem, o imperador e o eremita viram que ele havia recebido um corte profundo. O imperador limpou a ferida, usando sua própria camisa para atá-la, mas o sangue empapou-a inteira depois de poucos minutos. O imperador então enxaguou a camisa, enfaixando a ferida pela segunda vez, assim continuando, até parar de sangrar.



Ao recobrar os sentidos, o homem pediu água. O imperador foi até o rio e trouxe-lhe uma cumbuca de água fresca. Nesse meio tempo a noite já havia descido e o frio se fazia sentir. O eremita ajudou o imperador a carregar o homem até a cabana onde o deitaram sobre a cama. O homem fechou os olhos e adormeceu.



Esgotado por ter passado o dia escalando a montanha e capinando a terra, o imperador encostou-se contra a porta de entrada e adormeceu. Quando despertou, o dia já estava claro. Por um momento, não se lembrava onde estava e para que tinha ido até ali. Esfregou os olhos e viu o homem ferido que, deitado, também olhava confuso ao redor. Ao ver o imperador, o homem fixou-o, murmurando com voz fraca:



"Perdoe-me, por favor" .



"O que fez você para que eu o perdoasse?" - respondeu o imperador.



"Vossa Majestade não me conhece mas eu o conheço. Eu era seu inimigo declarado e tinha jurado me vingar por meu irmão ter sido morto na guerra e por minhas propriedades terem sido confiscadas. Quando soube que Vossa Majestade vinha sozinho até aqui, resolvi surpreendê-lo no seu caminho de volta, e matá-lo. Como não consegui vê-lo após ter ficado escondido por horas a fio, decidi sair à sua procura. Mas ao invés de encontrar Vossa Majestade, dei com seus criados que me reconheceram e me feriram. Felizmente consegui escapar e correr até aqui. Se eu não o tivesse encontrado, estaria certamente morto agora. Eu tencionava matá-lo e Vossa Majestade salvou a minha vida. Não tenho palavras para expressar o quanto estou envergonhado e agradecido. Se eu conseguir me recuperar, juro ser seu servo pelo resto de minha vida e o mesmo ordenarei aos meus filhos e netos. Por favor, dê-me o seu perdão".



O imperador sentiu uma extraordinária satisfação por ver que havia se reconciliado com um ex-inimigo, tão facilmente. Não só lhe perdoou como também prometeu devolver-lhe todas as propriedades e mandar seu próprio médico e criados tratarem-no até que se recuperasse totalmente. Depois de ordenar aos criados que acompanhassem o homem até seu lar, o imperador voltou a ver o eremita. Queria, antes de retornar ao palácio, repetir suas três perguntas, uma última vez. Encontrou o eremita agachado, semeando a terra que haviam preparado no dia anterior. Este, após ouvir novamente as perguntas do imperador, disse: "Mas suas perguntas já foram respondidas". "Como assim?" - indagou o imperador intrigado.



"Ontem, se Vossa Majestade não se tivesse compadecido de mim e me ajudado a cavar a terra, teria sido assassinado por aquele homem ao voltar para casa. Portanto, o tempo mais oportuno foi o tempo em que esteve cavando os canteiros, a pessoa mais importante fui eu, e a coisa mais importante a fazer foi me ajudar. Mais tarde, quando o homem ferido apareceu, o tempo mais oportuno foi o tempo em que esteve tratando de seu ferimento, pois sem seu socorro ele teria morrido e Vossa Majestade teria perdido a chance de reconciliar-se com ele. Da mesma forma, ele foi a pessoa mais importante, e a coisa mais importante foi cuidar de seu ferimento. Lembre-se de que só existe um tempo importante e esse tempo é o agora. O presente é o único tempo sobre o qual temos domínio. A pessoa mais importante é aquela que está à sua frente. E a coisa mais importante é fazer essa pessoa feliz".



Quang, a estória de Tolstoi parece tirada das escrituras budistas. Nós falamos em serviço social, serviço pela humanidade, serviço para aqueles que estão distantes da gente - mas, muito freqüentemente, esquecemos que em primeiro lugar devemos viver pelas pessoas que estão ao nosso redor. Se você não pode ajudar sua esposa, seu filho, como vai ajudar a sociedade? Se você não é capaz de fazer seu filho feliz, como será capaz de fazer os outros felizes? Se nós todos que servimos na escola da Juventude não amarmos e ajudarmos uns aos outros, a quem poderemos amar e ajudar? Estamos trabalhando pelos homens, ou pelo nome da organização?



Serviço social. A palavra "serviço" tem uma amplitude imensa. A palavra "social" também. Retomemos antes de tudo a uma escala mais modesta: nossas famílias, nossos colegas, nossos amigos, ou nossa comunidade. Temos que viver por eles, pois, se não vivermos por eles, por quem mais haveremos de viver?



Tolstoi é um Bodhisattva. Mas terá o imperador sido capaz de ver o sentido e direção da vida? Como podemos viver o presente, viver o aqui e agora com as pessoas que estão à nossa volta, ajudando-as a diminuir seus sofrimentos e tomando-as felizes? Como? A resposta é esta: temos que exercitar a prática de alertar a mente. O princípio dado por Tolstoi parece fácil; mas

se quisermos colocá-lo em prática, a fim de encontrar o Caminho de Buda, precisamos fazer uso dos métodos para alertar a mente.



Quang, escrevi estas linhas para uso dos amigos. Existem muitas pessoas que escrevem sobre essas coisas sem as ter vivido, mas eu anotei as que eu mesmo, vivi e experimentei. Espero que elas possam, de algum modo, servir para você e nossos amigos, ao longo do caminho que percorremos: o caminho do retorno.



(Do livro "Para viver em paz" – Thich Nhat Hanh)

Enviado por Thais K. Maciel.

domingo, 26 de setembro de 2010

Wallpapers : Bebês









A CRISE

UM HOMEM VIVIA À BEIRA DE UMA ESTRADA E VENDIA CACHORRO QUENTE.
ELE NÃO TINHA RÁDIO, TELEVISÃO E NEM LIA JORNAIS, MAS PRODUZIA E VENDIA BONS CACHORROS QUENTES.


ELE SE PREOCUPAVA COM A DIVULGAÇÃO DO SEU NEGÓCIO E COLOCAVA CARTAZES PELA ESTRADA, OFERECIA O SEU PRODUTO EM VOZ ALTA E O POVO COMPRAVA.
AS VENDAS FOI AUMENTANDO E, CADA VEZ MAIS ELE COMPRAVA O MELHOR PÃO E A MELHOR SALSICHA.

FOI NECESSÁRIO TAMBÉM ADQUIRIR UM FOGÃO MAIOR PARA ATENDER UMA GRANDE
QUANTIDADE DE FREGUESES.

E O NEGÓCIO PROSPERAVA. . .
SEU CACHORRO QUENTE ERA O MELHOR DE TODA REGIÃO! VENCEDOR, ELE CONSEGUIU PAGAR UMA BOA ESCOLA AO FILHO.

O MENINO CRESCEU, E FOI ESTUDAR ECONOMIA NUMA DAS MELHORES FACULDADES DO PAÍS. FINALMENTE, O FILHO JÁ FORMADO, VOLTOU PARA CASA, NOTOU QUE O PAI CONTINUAVA COM A VIDINHA DE SEMPRE E TEVE UMA SÉRIA CONVERSA COM ELE:

- PAI, ENTÃO VOCÊ NÃO OUVE RADIO? VOCÊ NÃO VÊ TELEVISÃO E NÃO LÊ OS JORNAIS?
HÁ UMA GRANDE CRISE NO MUNDO. A SITUAÇÃO DO NOSSO PAÍS É CRÍTICA. ESTÁ TUDO RUIM. O BRASIL VAI QUEBRAR.

DEPOIS DE OUVIR AS CONSIDERAÇÕES DO FILHO DOUTOR, O PAI PENSOU:

BEM, SE MEU FILHO QUE ESTUDOU ECONOMIA, LÊ JORNAIS, VÊ TELEVISÃO, ACHA ISTO ENTÃO SÓ PODE ESTAR COM A RAZÃO.
COM MEDO DA CRISE, O PAI PROCUROU UM FORNECEDOR DE PÃO MAIS BARATO (E É CLARO, PIOR).

COMEÇOU A COMPRAR SALSICHAS MAIS BARATAS (QUE ERA, TAMBÉM, A PIOR).

PARA ECONOMIZAR, PAROU DE FAZER CARTAZES DE PROPAGANDA NA ESTRADA.

ABATIDO PELA NOTICIA DA CRISE JÁ NÃO OFERECIA O SEU PRODUTO EM VOZ ALTA.

TOMADAS ESSAS "PROVIDÊNCIAS", AS VENDAS COMEÇARAM A CAIR E FORAM CAINDO, CAINDO E CHEGARAM A NÍVEIS INSUPORTÁVEIS E O NEGÓCIO DE CACHORRO QUENTE DO VELHO, QUE ANTES GERAVA RECURSOS ATÉ PARA FAZER O FILHO ESTUDAR ECONOMIA NA MELHOR ESCOLA... QUEBROU.

O PAI, TRISTE, ENTÃO FALOU PARA O FILHO: - "VOCÊ ESTAVA CERTO, MEU FILHO, NÓS ESTAMOS NO MEIO DE UMA GRANDE CRISE. "
E COMENTOU COM OS AMIGOS, ORGULHOSO:

- "BENDITA A HORA EM QUE EU FIZ MEU FILHO ESTUDAR ECONOMIA, ELE ME AVISOU DA CRISE...”

APRENDEMOS UMA GRANDE LIÇÃO: VIVEMOS EM UM MUNDO CONTAMINADO DE MÁS
NOTICIAS E SE NÃO TOMARMOS O DEVIDO CUIDADO, ESSAS MÁS NOTICIAS-NOS
INFLUENCIARÃO A PONTO DE ROUBAR A PROSPERIDADE DE NOSSAS VIDAS.

Enviado por Thais K. Maciel.

Porque Voce é único

Não viemos ao mundo por acaso, simplesmente por vir.

Temos um lugar a ocupar, um papel à nossa espera,
uma missão a cumprir.

Um apelo nos é feito a cada instante e a nossa resposta é
urgente e inadiável, única e singular.

Essa é a responsabilidade de cada um:
a certeza de que somos insubstituíveis,
na íntegra, porque ninguém é igual a ninguém,
pessoa alguma é igual a mim ou a você.

O meu sim é diferente do seu, assim como a
sua história é diferente da minha.
O meu temperamento é único, como únicos,
a sua concepção de vida e a sua visão do mundo.

A sua maneira de ser é só sua e você pode
decidir de um modo ímpar em relação ao todo.
Mas, embora únicos, não vivemos separados.

Fazemos parte de um bloco, uma
gigantesca engrenagem, que depende de cada
um isoladamente.

Há uma ligação constante e permanente,
de cada um com o todo.
O mundo, a humanidade, dependem da minha decisão,
da sua ação, do meu espírito, da sua inteligência,
do meu otimismo, da sua compreensão, do nosso AMOR.

Se você se esquivar, se você negar a sua
parte, haverá uma lacuna e ninguém poderá preenchê-la.
O que é seu, só você mesmo pode dar, por que você é único.

O mal do nosso tempo é acusar o mundo e a humanidade
como se não fizéssemos parte deles e fôssemos tão somente simples espectadores.

O mundo somos nós.
Nós somos a humanidade.
Somos muitos...
Embora sendo muitos,
somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.
Porque assim como em um corpo, temos muitos
membros, onde nem todos os membros têm a
mesma operação.

Tendo vários membros, fazemos parte de um só corpo.

Mas o corpo somente funciona, com a ajuda de
todos os membros.
Enviado por Helena.

sábado, 25 de setembro de 2010

A Criança no Sótão

Vou chamar-lhe Walter, embora esse não seja o seu verdadeiro nome. Walter era uma criança esperta que não se empenhava muito nos estudos. Um dia, a sua vida mudou radicalmente. O pai abandonou-o e aos irmãos, deixando a mãe com três rapazes para cuidar.

Como o Estado não fornecia qualquer tipo de apoio a mães trabalhadoras, a mãe de Walter trabalhava em vários lados a fim de assegurar o sustento dos filhos. À medida que as férias grandes se aproximavam, começou a preocupar-se com os perigos a que os filhos estariam sujeitos ao vaguear pelas ruas enquanto ela trabalhava.

Walter foi trabalhar numa quinta, onde deparou com um patrão severo. Frequentemente castigado, o seu local de expiação era um velho sótão. Nesse sótão, Walter encontrou vários livros velhos que o dono da quinta também lá tinha exilado: Dickens, Austen, Twain e Stevenson tornam-se companhias permanentes e desejadas. Walter fazia com que o patrão o castigasse frequentemente, de forma a poder estar com os seus livros adorados.

Há algo de tão evocativo na imagem da criança só, incompreendida, desprezada, que vários escritores de ficção resolveram fazer dela personagens suas. Talvez a mais conhecida seja Sara Crewe, de Frances Hogdson Burnett, no livro A Little Princess. Embora muitas das realidades que Burnett descreve sejam reprováveis – a fortuna de Sara provém de minas onde gente miserável é obrigada a trabalhar em condições degradantes e Becky é salva no fim para se tornar, não numa amiga de Sara, mas na sua criada pessoal – há, contudo, uma ideia que importa reter no livro. Quando Sara é enviada para o sótão por Miss Minchin, a directora da escola onde ela estudava, por já não ser herdeira de uma grande fortuna, Sara tira partido da sua imaginação fértil e constrói um mundo onde imagina ser uma princesa prisioneira de uma tirana, o que a vai ajudar a lidar com as vicissitudes a que está sujeita.

Um livro pode ajudar uma criança a auto-valorizar-se e isso é o início de um processo de crescimento da alma. Por isso, sou contra a ideia de personagens modelo, nas quais a criança não se reconhece. Há muitas crianças entre nós que estão fechadas em sótãos que as aterrorizam. Os livros podem ser a chave que abre essas portas fechadas.

Regressemos agora à história de Walter. Quando voltou para a cidade, Walter não se tornou um aluno mais diligente. Contudo, levou consigo uma avidez de leitura que fez com que se candidatasse à universidade e acabasse por se licenciar em Harvard.

Os mundos que a leitura abrira para ele expandiram a sua mente e o seu coração, como nada antes o havia feito. Tornou-se um empresário bem sucedido e um marido, pai e avô dedicados. Os livros salvaram-lhe a vida.

Suponhamos que não havia livros no sótão para o qual Walter foi enviado. Se coloco esta hipótese é porque, hoje em dia, há muitas crianças cujas vidas são difíceis, cujos espíritos estão sedentos, que estão isoladas, com medo e que não têm livros. Muitas pessoas do sector do governo e da educação acha que se lhes proporcionarem uma ligação à Internet contribuirão para aliviar as suas múltiplas fomes.

Mas, quando os jovens se comportam agressivamente na escola e são expulsos, isso só os conduz a um isolamento maior. Justamente quando estão mais vulneráveis e isolados, vão para uma casa, tantas vezes vazia, passar o tempo a ver jogos de vídeo violentos ou a navegar na Internet. Com quem é que eles estabelecem relações? As mais das vezes fazem-no com indivíduos que têm uma auto-estima tão baixa quanto a deles e que, assim, ajudam a perpetuar todos os seus receios e ódios.

O acesso à Internet não é a solução para estas “crianças no sótão” e nem sequer os bons livros são já suficientes. Do que eles precisam é de vós, professores, adultos dedicados e atentos. Para mim, a coisa mais importante do mundo é que o verbo se torne carne. Posso escrever histórias para crianças e oferecer-lhes palavras, mas os professores são a palavra encarnada dentro da sala de aula. Ao preocuparem-se com elas e ao mostrar-lhes essa preocupação, os professores partilham com elas o que eu também quero partilhar quando escrevo.

Quero dizer a cada criança no sótão que se sente só, triste, zangada e com medo, que não está sozinha nem é desprezível. É um ser único e tem um valor infinito no seio da família humana que todos formamos. Posso dizer isto através de uma história, mas os professores dizem-no através da sua própria presença.

Ensine os seus filhos a lidar com as diferenças

Tema cada vez mais actual, a multiculturalidade é uma realidade social europeia com a qual os mais novos contactam desde a idade escolar.

É preciso acentuar que a convivência com a diversidade é benéfica para o crescimento social e emocional das crianças

O tema “diversidade” é hoje muito abordado, sobretudo em meio escolar. As crianças podem ser diferentes em áreas que vão desde alguma deficiência física ou mental até excesso de peso, passando pela cor da pele, isto é, tudo o que possa fugir das características-tipo da sala de aula e da escola.

Assim, é na escola que se pode privilegiar a educação dos comportamentos sociais de aceitação dos outros ditos “diferentes”, tendo os professores um importante papel.



Uma questão de auto-estima

Acontece com alguma frequência que é o outro, o “diferente”, que inicia um processo de auto-exclusão, que passa por evitar os momentos de recreio ou apenas juntar-se aos outros, que também não se sentem iguais aos demais colegas. Certo é que este comportamento resulta de uma auto-estima baixa, muitas vezes motivada por mensagens transmitidas pela família, também ela vítima de alguma exclusão social. Aliás, quem lida diariamente com crianças de tenra idade facilmente se apercebe de que não excluem ninguém. É-lhes completamente irrelevante se o colega é pobre, negro, de outra religião, cego ou surdo. A solidariedade e a generosidade das crianças são imensas! Em regra, aproximam-se e tentam ajudar como podem.

Para que a relação resulte em amizade, é preciso, antes de tudo, não se auto-excluir, o que passa primeiramente por um processo de aceitação das suas próprias caracterís¬ticas, de forma que não se transforme numa criança complexada. A atitude mais correcta não é tentar eliminar as diferenças ou negá-las, mas aprender a viver com elas ou a ultrapassá-las. Os complexos resultam da associação de dificuldades surgidas por ocasião do desenvolvimento psicológico com a eventual deficiência, que, juntamente aos preconceitos dos outros, a marcam como “diferente”. Certo é que entre os mais pequenos encontramos casos muito distintos, desde a criança preocupada com as suas sardas até à vítima de um verdadeiro defeito físico, de uma doença que a limita a actividades restritas em certos domínios.



O papel da família

O meio familiar tem um grande peso para a criança. Assim, se os pais assumirem uma atitude desdramatizada em relação à situação, tal atitude irá reflectir-se na sua personalidade e, consequentemente, na relação com as outras crianças, favorecendo uma relação de confiança entre elas. Assim sendo, há que procurar um meio de aceitação plena da “diferença” daquela criança sem cair na tentação de a superproteger.

A superprotecção, em regra, fragiliza-nos e deixa-nos pouco preparados para a vida. Uma criança que possui uma característica que a torna diferente das demais, ao ser vítima de superprotecção, irá tender a associar os dois factores e a considerar-se incapaz para fazer uma vida autónoma. Na escola colocar-se-á à margem dos colegas, não participando nos jogos de equipa, não indo a visitas de estudo, etc.

Claro que algumas doenças físicas impõem limitações reais que a criança tem de aprender a gerir. Uma criança diabética não poderá descurar a sua dieta mesmo numa festa escolar com uma mesa repleta de iguarias. Há que reter a necessidade de adaptação dos diversos actores sociais: pais, professores, colegas, amigos e da própria criança, evitando dramatizar a situação, o que pode levar à auto-exclusão.



Promover a auto-aceitação

Muitos pais inquietam-se com a necessidade de os filhos usarem óculos e interrogam-se como é que eles irão conseguir adaptar-se a esta situação. Se a criança tem essa necessidade, não se deve hesitar: deve usá-los! Ela tem de aprender a aceitar essa situação e sem dúvida que tudo passa pela aceitação dos outros que estão à sua volta. Fabricantes e oculistas têm todo o tipo de armações, adaptadas ao gosto e às formas do rosto de cada um, o que indica que a rejeição dos óculos mais frequente obedece a outros motivos.



Todos juntos

Já todos nós ouvimos falar em escolas especiais, com métodos de ensino adaptados para que as crianças com problemas conseguissem ter sucesso escolar. De há uns anos a esta parte tudo mudou.

As nossas escotas passaram a integrar crianças com deficiência, o mesmo que dizer que numa turma de alunos ditos “normais” pode existir um ou mais alunos com algum grau de deficiência. O programa escolar é igual para todos, muito embora possam ter que existir algumas adaptações em termos de método. O objectivo que está na base destas mudanças prende-se com o estimular da aceitação das diferenças por parte das outras crianças.



Efeito de Halo

Uma única deficiência física é muitas vezes por nós associada a defeitos ao nível do carácter, pelo que os especialistas falam do”efeito de Halo” Assim, uma criança que seja gaga pode ser vista pelos outros como menos inteligente, o que em regra não corresponde à verdade — trata-se, única e simplesmente, de um preconceito. É preciso, por isso, ensinarmos as nossas crianças desde muito cedo a aceitar e a integrar no seu grupo de brincadeiras meninos e meninas que possam ter alguma particularidade que os diferencie a nível mental ou físico.

Dar do que receber

Grande parte do nosso dia é gasto com o que se pode receber.
Acordamos de manhã para recebermos um bom café antes de
ganharmos uma carona até o trabalho.

Realizamos tarefas para recebermos o pagamento que pagará
nossa viagem no fim de semana, de modo a receber um descanso
que nos prepare para o começo de uma nova semana!

O Evangelho nos desafia a nos tornarmos indivíduos mais
preocupados em dar do que receber. Dar soa como algo nobre,
e sabemos instintivamente que é a coisa certa de se fazer, mas,
na prática, dar é difícil. Dar genuinamente envolve o cuidado para
com outros e requer a demolição do orgulho e do egoísmo.
Dar é um sacrifício, é desprender-nos do que acreditamos ser "nosso".

O grande mistério é que, quando damos, recebemos.
Talvez o que recebamos não seja o que pretendíamos receber.

Ainda assim, os generosos em dar afirmam frequentemente que
o receber em troca é sempre mais preciosos e significativo do que
aquilo que deram ou esperam receber.

Norman Vincent Peale disse certa vez:
" O homem que vive para si mesmo é um fracassado. Mesmo
que ele ganhe grandes fortunas, posição ou poder, ele continua
sendo um fracassado. O homem que vive para os outros conquista
o verdadeiro sucesso. O rico que consagra sua riqueza e posição
para o bem da humanidade é um sucesso.
Um pobre que dá de seu serviço e demostra simpatia para com os
outros atinge grande sucesso, ainda que prosperidade material e
honrarias nunca cheguem até ele."

Encontre uma maneira de dar algo a um necessitado hoje, quer seja
dinheiro, tempo, talento, esforço, serviço, lágrimas, riso, idéias ou bens.
Dê generosamente e voluntariamente, sem esperar uma recompensa.
A recompensa virá, mas deixe que sua chegada seja uma surpresa
agradável no seu dia!
lembre-se Lucas 6:38


Enviado por Helena

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Cidade dos Poços

Esta história representa para mim o símbolo da corrente que une as pessoas através da sabedoria dos contos. Contou-ma uma paciente que a tinha ouvido, por sua vez, da boca de um ser maravilhoso, o padre crioulo Mamerto Menapace. Assim como a reproduzo agora, ofereci-a uma noite a Marce e a Paula.

Aquela cidade não era habitada por pessoas, como todas as outras cidades do planeta.

Aquela cidade era habitada por poços. Poços vivos… mas afinal poços.

Os poços distinguiam-se entre si não somente pelo lugar onde estavam escavados, mas também pelo parapeito (a abertura que os ligava ao exterior).

Havia poços ricos e ostensivos com parapeitos de mármore e metais preciosos; poços humildes de tijolo e madeira, e outros mais pobres, simples buracos rasos que se abriam na terra.

A comunicação entre os habitantes da cidade fazia-se de parapeito em parapeito, e as notícias corriam rapidamente de ponta a ponta do povoado.

Um dia, chegou à cidade uma «moda» que certamente tinha nascido nalgum pequeno povoado humano.

A nova ideia assinalava que qualquer ser vivo que se prezasse deveria cuidar muito mais do interior do que do exterior. O importante não era o superficial, mas o conteúdo.

Foi assim que os poços começaram a encher-se de coisas.

Alguns enchiam-se de jóias, moedas de ouro e pedras preciosas. Outros, mais práticos, encheram-se de electrodomésticos e aparelhos mecânicos. Outros ainda optaram pela arte, e foram-se enchendo de pinturas, pianos de cauda e sofisticadas esculturas pós-modernas. Finalmente, os intelectuais encheram-se de livros, de manifestos ideológicos e de revistas especializadas.

O tempo passou.

A maioria dos poços encheu-se a tal ponto que já não podia conter mais nada.

Os poços não eram todos iguais, por isso, embora alguns se tenham conformado, outros pensaram no que teriam de fazer para continuar a meter coisas no seu interior…

Um deles foi o primeiro. Em vez de apertar o conteúdo, lembrou-se de aumentar a sua capacidade alargando-se.

Não passou muito tempo até que a ideia começasse a ser imitada. Todos os poços utilizavam grande parte das suas energias a alargar-se para criarem mais espaço no seu interior. Um poço, pequeno e afastado do centro da cidade, começou a ver os seus colegas que se alargavam desmedidamente. Ele pensou que se continuassem a alargar-se daquela maneira, dentro em pouco confundir-se-iam os parapeitos dos vários poços e cada um perderia a sua identidade…

Talvez a partir dessa ideia, ocorreu-lhe que outra maneira de aumentar a sua capacidade seria crescer, mas não em largura, antes em profundidade. Fazer-se mais fundo em vez de mais largo. Depressa se deu conta de que tudo o que tinha dentro dele lhe impedia a tarefa de aprofundar. Se quisesse ser mais profundo, seria necessário esvaziar-se de todo o conteúdo…

A princípio teve medo do vazio. Mas, quando viu que não havia outra possibilidade, depressa meteu mãos à obra.

Vazio de posses, o poço começou a tornar-se profundo, enquanto os outros se apoderavam das coisas das quais ele se tinha despojado…

Um dia, algo surpreendeu o poço que crescia para dentro. Dentro, muito no interior e muito no fundo… encontrou água!

Nunca antes nenhum outro poço tinha encontrado água.

O poço venceu a sua surpresa e começou a brincar com a água do fundo, humedecendo as suas paredes, salpicando o seu parapeito e, por último, atirando a água para fora.

A cidade nunca tinha sido regada a não ser pela chuva, que na verdade era bastante escassa. Por isso, a terra que estava à volta do poço, revitalizada pela água, começou a despertar.

As sementes das suas entranhas brotaram em forma de erva, de trevos, de flores e de hastezinhas delicadas que depois se transformaram em árvores…

A vida explodiu em cores à volta do poço afastado, ao qual começaram a chamar «o Vergel».

Todos lhe perguntavam como tinha conseguido aquele milagre.

— Não é nenhum milagre — respondeu o Vergel. — Deve procurar-se no interior, até ao fundo.

Muitos quiseram seguir o exemplo do Vergel, mas aborreceram-se da ideia quando se deram conta de que para serem mais profundos, se tinham de esvaziar. Continuaram a encher-se cada vez mais de coisas…

No outro extremo da cidade, outro poço decidiu correr também o risco de se esvaziar…

E também começou a escavar…

E também chegou à água…

E também salpicou até ao exterior criando um segundo oásis verde no povoado…

— Que vais fazer quando a água acabar? — perguntavam-lhe.

— Não sei o que se passará — respondia ele. — Mas, por agora, quanto mais água tiro, mais água há.

Passaram-se uns meses antes da grande descoberta.

Um dia, quase por acaso, os dois poços deram-se conta de que a água que tinham encontrado no fundo de si próprios era a mesma…

Que o mesmo rio subterrâneo que passava por um inundava a profundidade do outro.

Deram-se conta de que se abria para eles uma vida nova.

Não somente podiam comunicar um com o outro de parapeito em parapeito, superficialmente, como todos os outros, mas a busca também os tinha feito descobrir um novo e secreto ponto de contacto.

Tinham descoberto a comunicação profunda que somente conseguem aqueles que têm a coragem de se esvaziar de conteúdos e procurar no fundo do seu ser o que têm para dar…

Obstáculos

Este texto que estou a reproduzir aqui não é na realidade um conto, mas antes uma meditação guiada, delineada em forma de sonho destinado a explorar as verdadeiras razões de alguns dos nossos fracassos. Permito-me sugerir-lhe que o leia atentamente, tentando deter-se uns instantes em cada frase, visualizando cada situação.

Vou caminhando por uma vereda.

Deixo que os meus pés me levem.

Os meus olhos pousam-se nas árvores, nos pássaros, nas pedras.

No horizonte recorta-se a silhueta de uma cidade.

Fixo nela o olhar para a distinguir bem.

Sinto que a cidade me atrai.

Sem saber como, dou-me conta de que nesta cidade posso encontrar tudo o que desejo.

Todas as minhas metas, os meus objectivos e os meus logros.

As minhas ambições e os meus sonhos estão nesta cidade.

Aquilo que quero conseguir, aquilo de que necessito, aquilo

que eu mais gostaria de ser, aquilo a que aspiro, aquilo que tento, aquilo pelo que trabalho, aquilo que sempre ambicionei, aquilo que seria o maior dos meus êxitos.

Imagino que tudo está nessa cidade.

Sem duvidar, começo a caminhar até ela.

Pouco depois de começar a andar, a vereda põe-se a subir pela encosta acima.

Canso-me um pouco, mas não importa.

Sigo.

Avisto uma sombra negra, mais adiante, no caminho.

Ao aproximar-me, vejo que uma enorme vala impede a minha passagem.

Receio… Duvido.

Desgosta-me não conseguir alcançar a minha meta facilmente.

De todas as maneiras, decido saltar a vala.

Retrocedo, tomo impulso e salto…

Consigo passá-la.

Recomponho-me e continuo a caminhar.

Uns metros mais adiante, aparece outra vala.

Volto a tomar impulso e também a salto.

Corro até à cidade: o caminho parece desimpedido.

Surpreende-me um abismo que detém o meu caminho.

Detenho-me.

É impossível saltá-lo.

Vejo que num dos lados há tábuas, pregos e ferramentas.

Dou-me conta de que estão ali para construir uma ponte.

Nunca fui habilidoso com as minhas mãos…

… penso em renunciar.

Olho para a meta que desejo… e resisto.

Começo a construir a ponte.

Passam horas, dias, meses.

A ponte está feita.

Emocionado, atravesso-a e ao chegar ao outro lado… descubro o muro.

Um gigantesco muro frio e húmido rodeia a cidade dos meus sonhos…

Sinto-me abatido…

Procuro a maneira de o evitar.

Não há forma.

Tenho de o escalar.

A cidade está tão perto…

Não deixarei que o muro impeça a minha passagem.

Proponho-me trepar.

Descanso uns minutos e tomo ar…

Rapidamente vejo,

de um lado do caminho,

uma criança que olha para mim como se me conhecesse.

Sorri-me com cumplicidade.

Faz-me vir à memória como eu próprio era… quando criança.

Talvez por isso me atrevo a expressar em voz alta a minha queixa.

— Porquê tantos obstáculos entre o meu objectivo e eu?

A criança encolhe os ombros e responde-me.

— Porque mo perguntas a mim?

Os obstáculos não existiam antes de tu chegares…

Foste tu que trouxeste os obstáculos.

Jorge Bucay

Meu nome é MULHER!

Eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!

(O Autor é desconhecido, mas um verdadeiro sábio...)

Enviado por Miriam Cristina Rodrigues Romero Guiraldelli.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Trabalho de uma amiga


Pessoal,essa moça ai acima é a Leninha Reboredo, que me enviou sua foto com um dos seus últimos trabalhos, esse cachecol com uma flor de crochet como broche, ficou lindo não é mesmo, fiquei muito feliz em poder colocar a foto dela com seu trabalho artesanal aqui no meu blog,beijokas à todas...

O que os pais não devem fazer

O conhecimento de certas estratégias comportamentais pode ajudar muitos pais a corrigirem hábitos que, de uma maneira ou de outra, acabam por contribuir para o aumento da tensão familiar. Vamos referir alguns aspectos que devem ser evitados porque estimulam a desobediência.

• DAR ORDENS À DISTÂNCIA Falar de um quarto para o outro (onde está a criança) é algo completamente ineficaz, pois ela irá manter-se desatenta e sem cumprir a ordem. As ordens têm de ser dadas presencialmente, assegurando-se que ela as compreendeu.

• DAR ORDENS VAGAS Pedir à criança que se comporte “como um bom menino” não clarifica o que se espera e o que não se espera que ela faça. Há que ser o mais concreto possível!

• DAR ORDENS COMPLEXAS Havendo de antemão dificuldade em fixar na memória de curto prazo as actividades a fazer, solicitar a execução de várias tarefas só servirá para tornar a sua realização menos provável.

• DAR ORDENS COM ANTECEDÊNCIA Ordenar a uma criança com TOD que, quando acabar de brincar, tem de arrumar os brinquedos, só serve para interromper o prazer que ela está a ter, já que as ordens serão esquecidas.

• DAR ORDENS ACOMPANHADAS DE MUITAS EXPLICAÇÕES Muitos pais, de modo a evitar parecer autoritários, perdem-se em argumentações sobre as necessidades do cumprimento das ordens. Como a criança não consegue estar atenta durante muito tempo, é bastante provável que no final da explanação do progenitor ela já não se lembre da maior parte do que foi dito.

• DAR ORDENS SOB A FORMA DE PERGUNTA Perguntar”podes ir agora fazer os trabalhos de casa?” deixa um espaço livre para que a criança diga que não. As ordens devem ser claras e assertivas.

• DAR ORDENS EM TOM AMEAÇADOR É frequente que, antevendo a batalha que vai ser travada após uma solicitação, os pais dêem a ordem já em tom de ameaça, como se a recusa já tivesse ocorrido. Assim, a criança vai tender a imitar o progenitor e a reagir no mesmo tom, uma vez que o clima de hostilidade já está instalado.

Um aspecto de enorme importância prende-se com a consistência entre o casal, ou seja, o pai e a mãe devem esforçar-se por ter a mesma atitude, caso contrário essa desarmonia será facilmente detectada pela criança e até usada para manipular os progenitores. Face a este quadro, torna-se muitas vezes necessário um acompanhamento psicológico. O psicólogo pode ajudar a criança a lidar com a frustração e a encontrar canais mais saudáveis de escoamento dos sentimentos de hostilidade, ao mesmo tempo que se torna necessário ajudar os pais a lidar por essa difícil e desgastante tarefa.

O azulejo bumerangue

Naquele dia, eu estava muito irritado. Estava de mau humor e tudo me incomodava. A minha atitude no consultório foi lamurienta e pouco produtiva. Detestava tudo o que fazia e tudo o que tinha. Mas, acima de tudo, estava aborrecido comigo mesmo, como num conto de Papini que o Jorge me leu, naquele dia eu sentia que não conseguia suportar «ser eu mesmo».

— Sou um estúpido — disse-lhe (ou disse para mim próprio). — Um imbecil… Acho que me detesto.

— És detestado por metade da população deste consultório. A outra metade vai contar-te uma história.

Era uma vez um homem que andava sempre com um azulejo na mão. Tinha decidido que, quando alguém o irritasse a ponto de ficar cheio de raiva, lhe daria com o azulejo na cabeça. O método era um bocado troglodita, mas parecia eficaz, não achas?

Acontece que se cruzou com um amigo muito prepotente, que lhe falou com maus modos. Fiel à sua decisão, o homem pegou no azulejo e atirou-lho à cabeça.

Não me lembro se lhe acertou ou não. Mas acontece que, depois disso, o facto de ter de ir buscar o azulejo depois de o arremessar lhe pareceu um bocado incómodo. Decidiu, então, inventar o «Sistema de Autopreservação do Azulejo», como lhe chamou. Atou um cordel de um metro ao azulejo e saiu para a rua. Isto permitia que o azulejo nunca se afastasse demasiado, mas rapidamente o homem constatou que o novo método também tinha os seus problemas: por um lado, a pessoa destinatária da sua hostilidade tinha de estar a menos de um metro de distância e, por outro, depois de atirar o azulejo, era obrigado a recolher o fio que, além do mais, muitas vezes se enredava e fazia nós, com todas as chatices que daí decorriam.

Foi então que o homem inventou o «Sistema Azulejo III». O protagonista continuava a ser o mesmo azulejo, mas, neste sistema, em vez de estar atado a um cordel, estava atado a um elástico. Agora, o azulejo podia ser lançado uma e outra vez e voltaria sempre para trás, como um bumerangue, pensou o homem.

Quando saiu de casa e recebeu a primeira agressão, atirou o azulejo. Mas foi um fiasco total: quando o elástico entrou em acção, o azulejo voltou para trás e acertou em cheio na cabeça do próprio homem.

Tornou a tentar e levou segunda vez com o azulejo na cabeça por ter medido mal a distância.

À terceira, foi por ter atirado o azulejo fora de tempo.

A quarta vez foi muito sui generis, porque, depois de ter decidido bater na vítima, arrependeu-se e tentou protegê-la, acabando por levar com o azulejo na cara.

Ficou com um galo enorme…

Nunca se soube porque é que o homem nunca conseguiu acertar com o azulejo em alguém: se foi por causa das pancadas que levou, ou se por uma alteração no seu ânimo.

Todas as pancadas acabaram sempre por ser auto-infligidas.

— Chama-se a este mecanismo retroflexão: basicamente porque consiste em proteger os outros da nossa própria agressividade. Sempre que o pomos em prática, a nossa energia agressiva e hostil detém-se antes de chegar ao outro, através de uma barreira que nós impomos a nós próprios. Esta barreira não absorve o impacto, limita-se a reflecti-lo. E toda essa irritação, todo esse mau humor e agressividade se viram contra nós mesmos, através de comportamentos reais de auto-agressão (autolesionar-se, enfardar-se de comida, consumir drogas, correr riscos desnecessários) e, outras vezes, através de emoções ou sentimentos dissimulados (depressão, culpa, somatização).

É muito provável que um utópico ser humano «iluminado», lúcido e íntegro nunca se irrite. Seria óptimo para nós se nunca perdesse-as estribeiras, no entanto, uma vez que sentimos raiva, ira ou irritação, a única maneira de nos livrarmos delas é arrancando-as cá para fora transformadas em acção. Caso contrário, a única coisa que conseguimos, mais cedo ou mais tarde, é irritarmo-nos com nós próprios.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Scarf Colete sedificada gray













Scarf feita em crochet com fio sedificado e com tons sobre tons de cinza, com acacbamento em metal. Podendo ser usada também como colete.

Baú de Lembranças

Eta!!! Que o adulto é mesmo muito bobo. As coisas simples e boas da vida acabamos perdendo, principalmente nós, mulheres... É isto mesmo. Você já reparou em uma rodinha de homens conversando? Eles riem, contam piadas, criam brincadeiras para se divertir, jogam um ao outro na piscina... são mesmo umas crianças.Que coisa linda que é isto! E nós, mulheres, o nosso grupinho quando está reunido! O que fazemos? Ficamos ali conversando, centradas, preocupadas com a imagem, com a postura, com a elegância, mas será que somos assim? Não, não. Creio foi esta maldita cultura que nos estereotipou e, perdemos o nosso lado lúdico. Que tolas somos! Às vezes tenho vontade de perder a classe, de voltar a ser criança. Neste momento lembro-me dos dias de chuva, das tardes quentes de verão...Que vontade de tirar os sapatos e sair pisando nas poças d'água que aqueles finais de tarde ensolarados formavam após cair um temporal e refrescar a tarde . Não quero pensar nos transtornos que hoje estas chuvas trazem, quero pensar em ser criança, só quero lembrar-me das brincadeiras quando a chuva cessava.
Tudo começava com o céu escurecendo e uns riscos brilhantes no alto. Aí vinha o vento, "as folhas formando redemoinho no chão", a escuridão invadia a tarde e, no céu apenas uma faixa clara, na altura do horizonte indicava que ainda era dia... Então a água desce, pesada e sonora... Por fim, ela vai embora formando no céu um lindo arco-íris.
Aí era a nossa vez... Como os pássaros que haviam se escondido e saíam começando a cantar, nós saíamos de onde estávamos protegidos e corríamos descalços para a rua brincar nas poças d'água. Eram só risos, brincadeiras.
"A chuva faz brotar as plantas e quando a gente se permite, ela é garantia de diversão. Caetano Veloso diz em Chuva Suor e Cerveja: "...e quando a chuva começa eu acabo perdendo a cabeça". Um dia destes vou perder a cabeça, da próxima vez em que a chuva começar a cair, vou correr para a rua, tirar meus sapatos, vou deixar a roupa molhar, vou pisar na água, ...."vou sentir o gostinho de ser criança outra vez".

O elefante acorrentado

— Não consigo — disse-lhe. — Não consigo!

— Tens a certeza? — perguntou-me ele.

— Tenho! O que eu mais gostava era de conseguir sentar-me à frente dela e dizer-lhe o que sinto… Mas sei que não sou capaz.

O gordo sentou-se de pernas cruzadas à Buda, naqueles horríveis cadeirões azuis do seu consultório. Sorriu, fitou-me olhos nos olhos e, baixando a voz como fazia sempre que queria que o escutassem com atenção, disse-me:

— Deixa-me que te conte…

E sem esperar pela minha aprovação, o Jorge começou a contar.

Quando eu era pequeno, adorava o circo e aquilo de que mais gostava eram os animais. Cativava-me especialmente o elefante que, como vim a saber mais tarde, era também o animal preferido dos outros miúdos. Durante o espectáculo, a enorme criatura dava mostras de ter um peso, tamanho e força descomunais… Mas, depois da sua actuação e pouco antes de voltar para os bastidores, o elefante ficava sempre atado a uma pequena estaca cravada no solo, com uma corrente a agrilhoar-lhe uma das suas patas.

No entanto, a estaca não passava de um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns centímetros no solo. E, embora a corrente fosse grossa e pesada, parecia-me óbvio que um ani­mal capaz de arrancar uma árvore pela raiz, com toda a sua força, facilmente se conseguiria libertar da estaca e fugir.

O mistério continua a parecer-me evidente.

O que é que o prende, então?

Porque é que não foge?

Quando eu tinha cinco ou seis anos, ainda acreditava na sabedoria dos mais velhos. Um dia, decidi questionar um professor, um padre e um tio sobre o mistério do elefante. Um deles explicou-me que o elefante não fugia porque era amestrado.

Fiz, então, a pergunta óbvia:

— Se é amestrado, porque é que o acorrentam?

Não me lembro de ter recebido uma resposta coerente. Com o passar do tempo, esqueci o mistério do elefante e da estaca e só o recordava quando me cruzava com outras pessoas que também já tinham feito essa pergunta.

Há uns anos, descobri que, felizmente para mim, alguém fora tão inteligente e sábio que encontrara a resposta:

O elefante do circo não foge porque esteve atado a uma estaca desde que era muito, muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o indefeso elefante recém-nascido preso à estaca. Tenho a certeza de que naquela altura o elefantezinho puxou, esperneou e suou para se tentar libertar. E, apesar dos seus esforços, não conseguiu, porque aquela estaca era demasiado forte para ele.

Imaginei-o a adormecer, cansado, e a tentar novamente no dia seguinte, e no outro, e no outro… Até que, um dia, um dia terrível para a sua história, o animal aceitou a sua impotência e resignou-se com o seu destino.

Esse elefante enorme e poderoso, que vemos no circo, não foge porque, coitado, pensa que não é capaz de o fazer.

Tem gravada na memória a impotência que sentiu pouco depois de nascer.

E o pior é que nunca mais tornou a questionar seriamente essa recordação.

Jamais, jamais tentou pôr novamente à prova a sua força…

— E é assim a vida, Damião. Todos somos um pouco como o elefante do circo: seguimos pela vida fora atados a centenas de estacas que nos coarctam a liberdade.

Vivemos a pensar que «não somos capazes» de fazer montes de coisas, simplesmente porque uma vez, há muito tempo, quando éramos pequenos, tentámos e não conseguimos.

Fizemos, então, o mesmo que o elefante e gravámos na nossa memória esta mensagem: «Não consigo, não consigo e nunca hei-de conseguir.»

Crescemos com esta mensagem que impusemos a nós mesmos e, por isso, nunca mais tentámos libertar-nos da estaca.

Quando, por vezes, sentimos as grilhetas e as abanamos, olhamos de relance para a estaca e pensamos:

Não consigo e nunca hei-de conseguir.

O Jorge fez uma longa pausa. Depois, aproximou-se, sentou-se no chão à minha frente e prosseguiu:

— É isto que se passa contigo, Damião. Vives condicionado pela lembrança de um Damião que já não existe, que não foi capaz.

»A única maneira de saberes se és capaz é tentando novamente, de corpo e alma… e com toda a forca do teu coração!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?