sexta-feira, 31 de maio de 2013

O elefante acorrentado – Jorge Bucay



— Não consigo — disse-lhe. — Não consigo!

— Tens a certeza? — perguntou-me ele.

— Tenho! O que eu mais gostava era de conseguir sentar-me à frente dela e dizer-lhe o que sinto… Mas sei que não sou capaz.

O gordo sentou-se de pernas cruzadas à Buda, naqueles horríveis cadeirões azuis do seu consultório. Sorriu, fitou-me olhos nos olhos e, baixando a voz como fazia sempre que queria que o escutassem com atenção, disse-me:

— Deixa-me que te conte…

E sem esperar pela minha aprovação, o Jorge começou a contar.

Quando eu era pequeno, adorava o circo e aquilo de que mais gostava eram os animais. Cativava-me especialmente o elefante que, como vim a saber mais tarde, era também o animal preferido dos outros miúdos. Durante o espectáculo, a enorme criatura dava mostras de ter um peso, tamanho e força descomunais… Mas, depois da sua actuação e pouco antes de voltar para os bastidores, o elefante ficava sempre atado a uma pequena estaca cravada no solo, com uma corrente a agrilhoar-lhe uma das suas patas.

No entanto, a estaca não passava de um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns centímetros no solo. E, embora a corrente fosse grossa e pesada, parecia-me óbvio que um ani­mal capaz de arrancar uma árvore pela raiz, com toda a sua força, facilmente se conseguiria libertar da estaca e fugir.

O mistério continua a parecer-me evidente.

O que é que o prende, então?

Porque é que não foge?

Quando eu tinha cinco ou seis anos, ainda acreditava na sabedoria dos mais velhos. Um dia, decidi questionar um professor, um padre e um tio sobre o mistério do elefante. Um deles explicou-me que o elefante não fugia porque era amestrado.

Fiz, então, a pergunta óbvia:

— Se é amestrado, porque é que o acorrentam?

Não me lembro de ter recebido uma resposta coerente. Com o passar do tempo, esqueci o mistério do elefante e da estaca e só o recordava quando me cruzava com outras pessoas que também já tinham feito essa pergunta.

Há uns anos, descobri que, felizmente para mim, alguém fora tão inteligente e sábio que encontrara a resposta:

O elefante do circo não foge porque esteve atado a uma estaca desde que era muito, muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o indefeso elefante recém-nascido preso à estaca. Tenho a certeza de que naquela altura o elefantezinho puxou, esperneou e suou para se tentar libertar. E, apesar dos seus esforços, não conseguiu, porque aquela estaca era demasiado forte para ele.

Imaginei-o a adormecer, cansado, e a tentar novamente no dia seguinte, e no outro, e no outro… Até que, um dia, um dia terrível para a sua história, o animal aceitou a sua impotência e resignou-se com o seu destino.

Esse elefante enorme e poderoso, que vemos no circo, não foge porque, coitado, pensa que não é capaz de o fazer.

Tem gravada na memória a impotência que sentiu pouco depois de nascer.

E o pior é que nunca mais tornou a questionar seriamente essa recordação.

Jamais, jamais tentou pôr novamente à prova a sua força…

— E é assim a vida, Damião. Todos somos um pouco como o elefante do circo: seguimos pela vida fora atados a centenas de estacas que nos coarctam a liberdade.

Vivemos a pensar que «não somos capazes» de fazer montes de coisas, simplesmente porque uma vez, há muito tempo, quando éramos pequenos, tentámos e não conseguimos.

Fizemos, então, o mesmo que o elefante e gravámos na nossa memória esta mensagem: «Não consigo, não consigo e nunca hei-de conseguir.»

Crescemos com esta mensagem que impusemos a nós mesmos e, por isso, nunca mais tentámos libertar-nos da estaca.

Quando, por vezes, sentimos as grilhetas e as abanamos, olhamos de relance para a estaca e pensamos:

Não consigo e nunca hei-de conseguir.

O Jorge fez uma longa pausa. Depois, aproximou-se, sentou-se no chão à minha frente e prosseguiu:

— É isto que se passa contigo, Damião. Vives condicionado pela lembrança de um Damião que já não existe, que não foi capaz.

»A única maneira de saberes se és capaz é tentando novamente, de corpo e alma… e com toda a forca do teu coração!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Fundos para blog 4

Fundos para blog







Quem são nossos ídolos? – Brasil



Recentemente recebi um e-mail, com alguns questionamentos sobre o que é ser ídolo no Brasil. Havia até um tom de ironia, pois questionava como se tornar ídolo em solo brasileiro da noite para dia, desde participantes do Big Brother Brasil a grandes nomes do cinema nacional. Hoje, qualquer pessoa sem grandes referências ou exemplo para a nossa sociedade, pode ou está se tornando ídolo. Nos últimos meses, o cinema nacional tem me chamado a atenção com a quantidade de ídolos pré-moldados que por ora são “fabricados” no cenário nacional.

Por sinal, de uns tempos para cá, uma pergunta não consegue sair da minha mente: por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para conceder, verdadeiros exemplos para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá audiência, não rende bilheteria?

Lembro de ter ido ao cinema assistir ao filme Cazuza, pois aprecio suas canções. Por sinal, concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciá-lo como um ídolo, foi, no mínimo, inadmissível. Aliás, como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?

Neste filme parece que é hiper comum usar drogas, participar de orgias sexuais, beber até cair e como se essas coisas fossem certas, já que foi isso que o filme abordou.

Recordo-me que Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos de uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou de trabalhar para conseguir alguma coisa, que já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

Na verdade, Cazuza era um traficante e, como sua própria mãe Lucinha Araújo revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Maré é que um nasceu na zona sul e outro não. Melhor dizendo, um é rico e o outro não.

Depois, fui assistir ao filme Meu nome não é Johnny, baseado no livro homónimo de Guilherme Fiúza, que conta a história de João Guilherme Estrella, carismático carioca de classe média que se tornou o maior vendedor de drogas do Rio de Janeiro, mesmo sem jamais pisar uma favela e depois lidou com o sistema carcerário do país. Esse é mais um ídolo que ganha as principais salas de cinema do nosso país. Qual é o modelo de exemplo que temos de dar à nossa sociedade? Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para mostrar? 

Não é de hoje que venho comentando as produções cinematográficas brasileiras sobre a violência urbana e a falta de valores éticos e morais. Não se assuste, caro leitor, se em breve chegarem às nossas salas de cinema filmes sobre Fernandinho Beira-Mar, Batman, o bilionário traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadia, o “Chupeta”, preso no Brasil, entre outros.

Os meus questionamentos sobre essa idolatria e exibicionismo desnecessários é que nossa sociedade perdeu os valores verdadeiros. Nossa sociedade fabrica falsos ídolos que nos deixam carentes e frustrados o tempo todo. Nossos ídolos são os acessórios e roupas de grife, os carros importados, as jóias caras, o dinheiro e o poder! Mas onde estão os valores como a honestidade, a perseverança, a bondade, a tolerância, a caridade, e ainda mais, onde estão aquelas virtudes que norteavam as vidas de nossos pais e avós?

A mídia enaltece e alardeia os fatos de bandidos e os coloca na capa das maiores revistas deste país! Para quê? Para que eu e você tenhamos de saber que cara tem um bandido que mata sem escrúpulos? Que rouba? Que consome drogas?

Por que o cinema enaltecem as pessoas que se dão bem na vida manipulando a vida dos outros, roubando e consumindo drogas? Por que não existem filmes que mostrem as pessoas de bem?

É porque essas pessoas de bem não ‘vendem’ marcas famosas e não podem se tornar ídolos nem com o melhor marketing! Essas pessoas de bem, são pessoas comuns, como eu e você, que não poderiam servir de exemplo para ninguém e que não podem ser personagens de filmes ou quiçá novelas.

O povo é facilmente manipulável porque está carente de exemplos melhores. Carente mesmo dentro de casa, onde os pais pobres não conseguem vencer o apelo das TVs que estimulam o consumo desenfreado de seus filhos e que gera mais e mais frustração e raiva! Que desagua em violência e revolta.

Pelos vistos, amigo leitor, tudo muda. E muda bem rápido. Mas não percam as esperanças. O Brasil precisa de gente consciente que respeite os verdadeiros valores morais e éticos e que crie as possibilidades para que surjam outros exemplos para serem admirados nos cinemas.

Ainda acredito que a vida está cheia de bons exemplos e basta procurá-los. Não são muitos, mas eles existem, perto e longe de nós: na vida privada, no nosso círculo de amigos, entre nossos familiares, basta procurar. Na vida pública são poucos, é verdade, mas alguns existem, no Brasil e lá fora.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O quotidiano e a imaginação – Leonardo Boff



Como se manifesta essa estrutura concretamente na nossa vida?

Antes de mais nada, pelo quotidiano. Cada qual vive o seu quotidiano que começa com a higiene pessoal, a forma como vive, o que come, o trabalho, as relações familiares, os amigos, o amor. O quotidiano é rotineiro, convencional e, não raro, carregado de desencanto. A maioria da humanidade vive restrita ao quotidiano com o anonimato que ele envolve. Alguns são conhecidos pela primeira vez quando morrem, pois o anúncio aparece no jornal. E o lado da ordem universal que emerge na vida das pessoas.

Mas os seres humanos são também habitados pela imaginação. Ela rompe as barreiras do quotidiano e permite dar saltos. A imaginação é, por essência, fecunda; é o reino das probabilidades e possibilidades, de si infinitas. Imaginamos nova vida, nova casa, novo trabalho, novos relacionamentos. A imaginação produz a crise existencial e o caos na ordem quotidiana.

É da sabedoria de cada um articular o quotidiano com o imaginário e retrabalhar a crise. Se alguém se entrega só ao imaginário, pode dar por si a fazer uma viagem, a voar pelas nuvens esquecido da Terra e acabar numa clínica psiquiátrica. Pode também negar a força sedutora do imaginário, sacralizar o quotidiano e sepultar-se, vivo, dentro dele. Então mostra-se pesado, desinteressante e frustrado. Rompe com a lógica do movimento universal.

Quando alguém, entretanto, sabe abrir-se ao dinamismo do imaginário e às oportunidades presentes na crise e ao mesmo tempo mantém os pés no chão, quando assume o seu quotidiano e o vivifica com injecções de novidade e de criação, então começa a irradiar uma rara energia interior. Dele sai força de expressão. Emerge a singularidade pessoal. Há luz e brilho na vida, originalidade no que propõe e criatividade nas suas práticas.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fundos para blog 2













O Mito do Amor – M. Scott Peck



A VIDA É DIFÍCIL.

Com esta frase inicial, M. Scott Peck revoluciona a maneira como vivemos, e isto é tão verdadeiro hoje como o era quando foi escrito, há vinte anos. Neste guia de como enfrentar e resolver os nosso problemas – e viver o sofrimento das mudanças – aprendemos que é possível conseguir serenidade e plenitude na nossa vida.



Excerto


O MITO DO AMOR ROMÂNTICO

Para servir assim tão bem para nos apanhar no casamento, a experiência de se apaixonar tem provavelmente como uma das suas características a ilusão de que a experiência irá durar sempre. Esta ilusão é fomentada na nossa cultura pelo mito vulgarmente cultivado do amor romântico, que tem as suas origens nas nossas histórias infantis favoritas, em que o príncipe e a princesa, uma vez unidos, vivem felizes para sempre. O mito do amor romântico diz-nos, com efeito, que para cada rapaz no mundo há uma rapariga que “foi feita para ele” e vice-versa. Além disso, o mito implica que há um só homem destinado a uma mulher e uma só mulher para um homem e que isso foi predeterminado “nas estrelas”.

Quando conhecemos a pessoa a quem estamos destinados, o reconhecimento advém do facto de nos apaixonarmos. Encontrámos a pessoa a quem os céus nos tinham destinado, e uma vez que a união é perfeita, seremos capazes de satisfazer as necessidades um do outro para sempre, e portanto viver felizes para sempre em perfeita união e harmonia. Se acontecer, no entanto, não satisfazermos ou não irmos de encontro a todas as necessidades um do outro surgem atritos e desapaixonamo-nos. Está claro que cometemos um erro terrível, interpretámos as estrelas erradamente, não nos entendemos com o nosso único par perfeito, o que pensámos ser amor não era amor real ou “verdadeiro”, e não há nada a fazer quanto à situação a não ser viver infelizes para sempre ou obter o divórcio.

Embora eu pense que, de um modo geral, os grandes mitos são grandes precisamente porque representam e incorporam grandes verdades universais (serão explorados vários destes mitos mais adiante neste livro), o mito do amor romântico é uma terrível mentira. Talvez seja uma mentira necessária por assegurar a sobrevivência da espécie, por estimular e validar convenientemente a experiência de nos apaixonarmos que nos leva ao casamento. Mas, como psiquiatra, o meu coração chora quase todos os dias pela horrível confusão e sofrimento que este mito gera. Milhões de pessoas desperdiçam enormes quantidades de energia tentando desesperada e futilmente fazer com que a realidade das suas vidas se ajuste à irrealidade do mito.

A Sra. A submete-se absurdamente ao marido devido a um sentimento de culpa. “Eu não amava verdadeiramente o meu marido quando nos casámos,” diz ela. “Fingia que sim. Acho que o enganei para se casar comigo, portanto não tenho o direito de me queixar dele, e devo-lhe fazer tudo o que ele quiser.” O Sr. B lamenta: “Estou arrependido de não me ter casado com a Menina C. Penso que poderíamos ter tido um bom casamento. Mas não me sentia perdidamente apaixonado por ela, portanto parti do princípio que ela não era a pessoa certa para mim.” A Sra. D, casada há dois anos, fica gravemente deprimida sem causa aparente e começa a fazer terapia, afirmando: “Não sei o que se passa de errado. Tenho tudo o que preciso, incluindo um bom casamento.” Só meses mais tarde consegue aceitar o facto de se ter desapaixonado do marido, mas que isso não significa que tenha cometido um horrível erro. O Sr. E, também casado há dois anos, começa a sofrer de dores de cabeça intensas à noite e não acredita que sejam psicossomáticas. “A minha vida doméstica corre bem. Amo tanto a minha mulher como no dia em que casei com ela. Ela é tudo o que eu sempre quis.” Mas as dores de cabeça continuaram até que, um ano mais tarde, conseguiu admitir, “Ela dá-me cabo da cabeça porque está sempre a querer, querer, querer coisas sem se preocupar com o meu orde­nado,” e foi então capaz de a confrontar com a sua extravagância. O Sr. e a Sra. F reconhecem que deixaram de estar apaixonados e passam a fazer-se infelizes um ao outro por mútua infidelidade galopante à medida que procuram o “verdadeiro amor”, sem se aperceberem que o seu próprio reconhecimento podia marcar o início da obra do seu casamento em vez do fim.

Mesmo quando os casais reconhecem que a lua-de-mel terminou, que já não estão romanticamente apaixonados um pelo outro e ainda conseguem empenhar-se na sua relação, continuam a agarrar-se ao mito e tentam adaptar-lhe as suas vidas. “Apesar de já não estarmos apaixonados, se agirmos por força de vontade como se estivéssemos apaixonados, pode ser que o amor romântico regresse às nossas vidas,” segundo o seu raciocínio. Estes casais privilegiam o estar juntos. Quando iniciam a terapia de grupo para casais (que é o cenário em que a minha mulher e eu e os nossos colegas mais próximos exercemos o aconselhamento matrimonial mais crítico), sentam-se juntos, falam um pelo outro, defendem os defeitos um do outro e tentam apresentar ao resto do grupo uma frente unida, acredi­tando que esta unidade seja um sinal de saúde relativa do seu casamento e um pré-requisito para a sua melhoria.

Mais cedo ou mais tarde, normalmente mais cedo, temos que dizer à maior parte dos casais que estão demasiado casados, demasiado próximos, e que têm de estabelecer alguma distância psicológica entre si antes de começarem a tratar construtivamente os seus problemas. Por vezes, é mesmo necessário separá-los fisicamente, dando-lhes instruções para se sentarem longe um do outro no círculo do grupo. Repetidamente, temos que dizer, “Deixe a Mary falar por si própria, John” e “O John é capaz de se defender, Mary, é suficientemente forte.”

Por fim, se continuam na terapia, todos os casais aprendem que a verdadeira aceitação da sua própria individualidade e da do outro e a independência são as únicas fundações sobre as quais se pode basear um casa­mento adulto e o verdadeiro amor pode crescer.

domingo, 26 de maio de 2013

Fundos para blog

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A parábola dos talentos – Rubem Alves



Havia um homem muito rico, possuidor de vastas propriedades, que era apaixonado por jardins. Os jardins ocupavam o seu pensamento o tempo todo e ele repetia sem cessar:O mundo inteiro ainda deverá transformar-se num jardim. O mundo inteiro deverá ser belo, perfumado e pacífico. O mundo inteiro ainda se transformará num lugar de felicidade.

As suas terras eram uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de ervas, franceses. Dava muito trabalho cuidar de todos os jardins. Mas valia a pena pela alegria. O verde das folhas, o colorido das flores, as variadas simetrias das plantas, os pássaros, as borboletas, os insectos, as fontes, as frutas, o perfume… Sozinho ele não daria conta Por isso anunciou que precisava de jardineiros. Muitos se apresentaram e foram empregados.

Aconteceu que ele precisou de fazer uma longa viagem. Iria a uma terra longínqua comprar mais terras para plantar mais jardins. Assim, chamou três dos jardineiros que contratara, e disse-lhes: Vou viajar. Ficarei muito tempo longe. E quero que vocês cuidem de três dos meus jardins. Os outros, já providenciei quem cuide deles. A você, Paulo, eu entrego o cuidado do jardim japonês. Cuide bem das cerejeiras, veja que as carpas estejam sempre bem alimentadas… A você, Hermógenes, entrego o cuidado do jardim inglês, com toda a sua exuberância de flores espalhadas pelas rochas… E a você, Boanerges, entrego o cuidado do jardim mineiro, com romãs, hortelãs e jasmins.

Ditas essas palavras, partiu. Paulo ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim japonês. Hermógenes ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim inglês. Mas Boanerges não era jardineiro. Mentira ao oferecer-se para o emprego. Quando ele viu o jardim mineiro disse:Cuidar de jardins não é comigo. É demasiado trabalho…

Trancou então o jardim com um cadeado e abandonou-o. Passados muitos dias voltou o Senhor, ansioso por ver os seus jardins. Paulo, feliz, mostrou-lhe o jardim japonês, que estava muito mais bonito do que quando o recebera. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Hermógenes mostrou-lhe o jardim inglês, exuberante de flores e cores. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu.

E foi a vez de Boanerges… E não havia forma de enganar: Ah! Senhor! Preciso de confessar: não sou jardineiro. Os jardins dão-me medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das lagartas, das aranhas. As minhas mãos são delicadas. Não são próprias para mexer na terra, essa coisa suja…

Mas o que me assusta mesmo é o facto das plantas estarem sempre a transformar-se: crescem, florescem, perdem as folhas. Cuidar delas é uma trabalheira sem fim.

Se estivesse em meu poder, todas as plantas e flores seriam de plástico. E a terra estaria coberta com cimento, pedras e cerâmica, para evitar a sujeira. As pedras dão-me tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam onde são colocadas. Como é fácil lavá-las com esguichos e vassoura! Assim, eu não cuidei do jardim. Mas tranquei-o com um cadeado, para que os traficantes e os vagabundos não o invadissem.

E com estas palavras entregou ao Senhor dos Jardins a chave do cadeado. O Senhor dos Jardins ficou muito triste e disse: Este jardim está perdido. Deverá ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês vão ficar encarregados de cuidar deste jardim. Quem já tinha jardins ficará com mais jardins.

E, quanto a você, Boanerges, respeito o seu desejo. Não gosta de jardins. Vai ficar sem jardins. Gosta de pedras. Pois, de hoje em diante, irá partir pedras na minha pedreira…

sábado, 25 de maio de 2013

Pauzinhos de marfim – conto chinês



Conto do filósofo chinês Han Fei, oito séculos antes da nossa era.

Na China antiga, um jovem príncipe resolveu mandar fazer, de um pedaço de marfim muito valioso, um par de pauzinhos. Quando isto chegou ao conhecimento do rei seu pai, que era um homem muito sensato, este foi ter com ele e explicou-lhe:
— Não deves fazer isso, porque esse luxuoso par de pauzinhos pode levar-te à perdição!
O jovem príncipe ficou confuso. Não sabia se o pai falava a sério ou se estava a brincar. Mas o pai continuou:
— Quando tiveres os teus paus de marfim, verás que não ligam com a loiça de barro que usamos à mesa. Vais precisar de copos e tigelas de jade. Ora, as tigelas de jade e os paus de marfim não admitem iguarias grosseiras. Precisarás de cauda de elefante e fígado de leopardo. E quem tiver comido cauda de elefante e fígado de leopardo não vai contentar-se com vestes de cânhamo e uma casa simples e austera.
Irás precisar de fatos de seda e palácios sumptuosos. Ora, para teres tudo isto, vais arruinar as finanças do reino e os teus desejos nunca terão fim. Depressa cairás numa vida de luxo e de despesas sem limite. A desgraça irá atingir os nossos camponeses, e o reino afundar-se-á na ruína e desolação… Porque os teus paus de marfim fazem lembrar a estreita fissura no muro de uma fortaleza, que acaba por destruir toda a construção.

O jovem príncipe esqueceu o seu capricho e mais tarde veio a ser um monarca reputado pela sua grande sensatez.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O olhar do professor – Rubem Alves



Walt Whitman conta o que sentiu quando, menino, foi para a escola:



Ao começar os meus estudos, agradou-me tanto o passo inicial, a simples consciencialização dos factos, as formas, o poder do movimento, o mais pequeno insecto ou animal, os sentidos, o dom de ver, o amor – o passo inicial, torno a dizer, assustou-me tanto, agradou-me tanto, que não foi fácil para mim passar e não foi fácil seguir adiante, pois eu teria querido ficar ali a vaguear o tempo todo, cantando aquilo em cânticos extasiados.

Nietzsche disse que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É a primeira tarefa porque é através dos olhos que as crianças, pela primeira vez, tomam contacto com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm que ser educados para que a nossa alegria aumente.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação, didáctica – mas, por mais que me esforce, não me consigo lembrar de qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação.

Por isso, lhe digo: Professor: trate de prestar atenção ao seu olhar. Ele é mais importante que os seus planos de aula. O olhar tem o poder de despertar ou, pelo contrário, de intimidar a inteligência. O seu olhar tem um poder mágico!

O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma criança florescer ou murchar. Ela continua lá, mas recusa-se a partir para a aventura de aprender. A criança de olhar amedrontado e vazio, de olhar distraído e perdido. Ela não aprende. Os psicólogos apressam-se em diagnosticar alguma perturbação cognitiva. Chamam os pais. Aconselham-nos a mandá-la para uma terapia. Pode até ser. Mas uma outra hipótese tem que ser levantada: que a inteligência dessa criança – que parece incapaz de aprender –, tenha sido petrificada pelo olhar do professor.

Por isso lhe digo, professor: cuide dos seus olhos…

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O homem deve reencontrar o Paraíso… – Rubem Alves



Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver a tempestades.

Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações eléctricas, os mares, os mapas…

Disse certo poeta: Navegar é preciso. A ciência da navegação é um saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Os barcos fazem-se com precisão, a astronomia aprende-se com o rigor da geometria, as velas fazem-se com saberes exactos sobre tecidos, cordas e ventos, os instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles tornaram-se cientistas, especialistas, cada um na sua – juntos para navegar.

Chegou então o momento da grande decisão – para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Noruega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam de nada serviam.

De nada valiam os números, as tabelas, os gráficos, as estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências – falta-lhes essa subtil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Inquiridos sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava a ir.

Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com os sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. É preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa imprecisa. Disse certo poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar.

Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia os seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mar/assestamos a quilha contra as vagas… Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/parece-nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar/ multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos…Viver é navegar no mar alto!

Não só os poetas. C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem remos novos, mais perfeitos. O ritmo das remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, inquiridos sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importa é a velocidade com que navegamos

C. Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direcção.

Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis… ora!/Não é motivo para não querê-las…Que tristes os caminhos, se não fora/A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos lêem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direcções, não escolhemos direcções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino.

Hoje, dizia ele, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objecto) e pelo objectivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco optimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo.

Nas nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidémica: cada especialista dedica-se, com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, a sua polia, a sua vela, o seu mastro.

Dizem que o seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem sucedidas, as suas pesquisas serão publicadas em revistas internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde está o seu barco a navegar?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos não são objecto de conhecimento científico...

E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderiam mostrar o rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a da realização do dito do poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso.

É necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para os destinos da navegação: a terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante… Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa. Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação. É inútil ensinar a ciência da navegação a quem mora nas montanhas…

O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard: O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso. O paraíso é jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres. Mas há um pesadelo que me atormenta: o deserto. Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamadoprogresso. A galera navega em direcção ao progresso, a uma velocidade cada vez maior, e ninguém questiona a direcção. E é assim que as florestas são destruídas, os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se enche de gases, os campos se cobrem de lixo – e tudo ficou feio e triste.

Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino – psicologias e quinquilharias – e tratem de sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Minha vitrine no ELO

Acessem aqui e vejam a minha nova vitrine.

Papel de parede para o dia dos Namorados

Papel de parede para o dia dos Namorados















O que é transtorno do pânico?


O Transtorno do Pânico é considerado um transtorno de ansiedade que é caracterizado por crises 
de intensa ansiedade e medo. 
Normalmente tais crises são repentinas e inesperadas e uma vez que a pessoa vivencia uma crise, 
ela fica com medo de ter novas crises, desenvolvendo nela o “medo de ter medo” novamente.

As pessoas que já passaram por uma crise de pânico sabem o quanto ela é desconfortável. 
A pessoa que apresenta a crise do pânico tem a sensação, no momento da crise, de estar morrendo 
ou tendo um ataque cardíaco por causa dos seguintes sintomas: taquicardia, sensação de falta de ar, 
sensação de aperto no peito, formigamento nas extremidades, calafrios ou ondas de calor, 
enjôo, sensação de estar perdendo o controle ou de estar ficando louco, sensação de desmaio, 
sudorese difusa (no corpo todo) ou localizada (mãos e pés), despersonalização 
(a pessoa tem a sensação de não ser ela mesma, sensação de sair do seu próprio corpo; 
esta sensação pode acontecer com pessoas ansiosas no momento ou fora do momento de crise do pânico) 
ou desrealização (sensação de o ambiente em volta ser ou estar diferente). 

Apesar da sensação de morte iminente, ataque cardíaco ou enlouquecimento, 
o pânico não mata ninguém! 
Mas é importante que, apresentando estes sintomas, a pessoa consulte um médico e se submeta a exames cardíacos e neurológicos para que qualquer possibilidade de presença de problemas físicos seja descartada.

Uma característica fundamental que diferencia um ataque de pânico de um ataque cardíaco 
ou enlouquecimento é o medo. 
Quando temos um ataque cardíaco ou surtos psicóticos, não há a sensação de medo envolvida, 
e no pânico sempre haverá o medo presente.

O ataque de pânico é autocontrolável, ou seja, por mais que você não faça nada para que ele termine, 
o próprio corpo fará com que ele cesse. 
Isto acontece porque quando o coração dispara e sentimos a taquicardia e a conseqüente falta de ar 
(sistema nervoso simpático funcionando), isto se torna um alerta para que o sistema nervoso parassimpático 
entre em ação, fazendo com que os movimentos do coração diminuam e sejam novamente equilibrados 
e isto faz com que muitos outros sintomas – falta de ar, formigamento, dor no peito, etc. – desapareçam. 

Por isso, não fique preocupado se não conseguir controlar o pânico porque o seu próprio corpo entrará em ação!
Aqui vão algumas dicas para quando você sentir que vai ter uma crise de pânico ou se você estiver tendo uma:

1) Primeiro de tudo, respire fundo, inspirando e expirando lentamente. 
É comprovado cientificamente que o exercício da respiração corta as crises de pânico em quase todos os casos! 
Isto acontece porque um dos sintomas na crise do pânico é a taquicardia, ou seja, a aceleração do coração, 
que nos dá a sensação de que vamos morrer, ter um ataque do coração ou nos descontrolarmos. 

Mas isto não acontece na crise do pânico; é só uma sensação! 
E quando respiramos lentamente, a respiração regula novamente os batimentos cardíacos, 
fazendo com que a os batimentos cardíacos voltem ao normal e, desta forma, diminua a sensação 
de falta de ar, de sufocamento e outras coisas ruins que sentimos quando temos o pânico.

2) Procure concentrar-se em alguma coisa fora de você quando sentir que terá o pânico ou se já estiver tendo. 
Olhe para alguma coisa que esteja acontecendo ao seu redor e preste atenção naquilo. 
Quando temos o pânico, a nossa tendência é de nos concentrarmos muito em nós mesmos, 
no que estamos pensando, no que estamos sentindo e quando desviamos a nossa atenção 
para algo fora de nós mesmos a sensação do pânico vai diminuindo. 
Faça isso junto com a respiração.

3) Aceite a sua ansiedade! 
Quando temos o pânico podemos não aceitar que estamos ansiosos e quanto mais pensarmos 
“eu não posso estar ansioso”, acabamos nos sentindo mais ansiosos ainda por percebermos 
que a ansiedade não vai embora!

4) Quando se sentir muito ansioso e com pânico, chame alguém e peça para que fique 
com você por alguns minutos. 
A companhia de alguém nestas horas pode ser importante para nos sentirmos melhor.
As crises de pânico duram poucos minutos e não matam, por mais que a sensação seja a de que você vai morrer!

Pessoas com Transtorno do Pânico podem freqüentemente desenvolver o que chamamos de Agorafobia. 
Agorafobia também é um transtorno de ansiedade que faz com que a pessoa evite permanecer ou até mesmo 
ir a lugares ou situações nos quais qualquer escape – no caso de ter pânico ou algum mal estar – seria 
difícil ou embaraçoso. 

A pessoa que já viveu ataques de pânico pode desenvolver também o medo de ir a lugares onde ela 
já teve o ataque de pânico anteriormente. 
Por isto, o Transtorno do Pânico pode prejudicar a vida profissional, social e estudantil da pessoa envolvida. 

Caso ela tenha um ataque de pânico no ambiente de trabalho, o medo de voltar àquele lugar pode ser grande
o suficiente para que a pessoa não queira mais ir até lá. 

Isto pode fazer com que os pacientes com o pânico fiquem dependentes de outras pessoas para saírem
de casa ou fazerem quaisquer atividades nas quais o medo de ter o pânico esteja presente.

Portanto, se você está com o Transtorno do Pânico procure ajuda especializada e adequada de um 
psiquiatra e um psicólogo. 

É possível que nos meses iniciais seja necessário o uso de algum medicamento, dependendo do grau 
da ansiedade, para que a ansiedade muito alta – que faz com que os ataques de pânico aconteçam – seja 
controlada e a pessoa volte às suas atividades normais. 

Mas é importante também que, além do medicamento (que normalmente é temporário), 
a pessoa procure entender e trabalhar com possíveis conflitos que estejam contribuindo para esta ansiedade. 
A ajuda do psicólogo, neste caso, é fundamental.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Chegou a minha sacola a leitora premiada!!!




Fiquei muito feliz que a sacola sorteada aqui no Agulha chegou na casa da minha leitora Jana, do blog Jana Artes manuais, parabéns novamente e espero que crie muitas coisas bonitas com estes produtos da Círculo,beijokas.




O que acham do meu Naninha Cachorrinho?