quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que é transtorno do pânico?


O Transtorno do Pânico é considerado um transtorno de ansiedade que é caracterizado por crises 
de intensa ansiedade e medo. 
Normalmente tais crises são repentinas e inesperadas e uma vez que a pessoa vivencia uma crise, 
ela fica com medo de ter novas crises, desenvolvendo nela o “medo de ter medo” novamente.

As pessoas que já passaram por uma crise de pânico sabem o quanto ela é desconfortável. 
A pessoa que apresenta a crise do pânico tem a sensação, no momento da crise, de estar morrendo 
ou tendo um ataque cardíaco por causa dos seguintes sintomas: taquicardia, sensação de falta de ar, 
sensação de aperto no peito, formigamento nas extremidades, calafrios ou ondas de calor, 
enjôo, sensação de estar perdendo o controle ou de estar ficando louco, sensação de desmaio, 
sudorese difusa (no corpo todo) ou localizada (mãos e pés), despersonalização 
(a pessoa tem a sensação de não ser ela mesma, sensação de sair do seu próprio corpo; 
esta sensação pode acontecer com pessoas ansiosas no momento ou fora do momento de crise do pânico) 
ou desrealização (sensação de o ambiente em volta ser ou estar diferente). 

Apesar da sensação de morte iminente, ataque cardíaco ou enlouquecimento, 
o pânico não mata ninguém! 
Mas é importante que, apresentando estes sintomas, a pessoa consulte um médico e se submeta a exames cardíacos e neurológicos para que qualquer possibilidade de presença de problemas físicos seja descartada.

Uma característica fundamental que diferencia um ataque de pânico de um ataque cardíaco 
ou enlouquecimento é o medo. 
Quando temos um ataque cardíaco ou surtos psicóticos, não há a sensação de medo envolvida, 
e no pânico sempre haverá o medo presente.

O ataque de pânico é autocontrolável, ou seja, por mais que você não faça nada para que ele termine, 
o próprio corpo fará com que ele cesse. 
Isto acontece porque quando o coração dispara e sentimos a taquicardia e a conseqüente falta de ar 
(sistema nervoso simpático funcionando), isto se torna um alerta para que o sistema nervoso parassimpático 
entre em ação, fazendo com que os movimentos do coração diminuam e sejam novamente equilibrados 
e isto faz com que muitos outros sintomas – falta de ar, formigamento, dor no peito, etc. – desapareçam. 

Por isso, não fique preocupado se não conseguir controlar o pânico porque o seu próprio corpo entrará em ação!
Aqui vão algumas dicas para quando você sentir que vai ter uma crise de pânico ou se você estiver tendo uma:

1) Primeiro de tudo, respire fundo, inspirando e expirando lentamente. 
É comprovado cientificamente que o exercício da respiração corta as crises de pânico em quase todos os casos! 
Isto acontece porque um dos sintomas na crise do pânico é a taquicardia, ou seja, a aceleração do coração, 
que nos dá a sensação de que vamos morrer, ter um ataque do coração ou nos descontrolarmos. 

Mas isto não acontece na crise do pânico; é só uma sensação! 
E quando respiramos lentamente, a respiração regula novamente os batimentos cardíacos, 
fazendo com que a os batimentos cardíacos voltem ao normal e, desta forma, diminua a sensação 
de falta de ar, de sufocamento e outras coisas ruins que sentimos quando temos o pânico.

2) Procure concentrar-se em alguma coisa fora de você quando sentir que terá o pânico ou se já estiver tendo. 
Olhe para alguma coisa que esteja acontecendo ao seu redor e preste atenção naquilo. 
Quando temos o pânico, a nossa tendência é de nos concentrarmos muito em nós mesmos, 
no que estamos pensando, no que estamos sentindo e quando desviamos a nossa atenção 
para algo fora de nós mesmos a sensação do pânico vai diminuindo. 
Faça isso junto com a respiração.

3) Aceite a sua ansiedade! 
Quando temos o pânico podemos não aceitar que estamos ansiosos e quanto mais pensarmos 
“eu não posso estar ansioso”, acabamos nos sentindo mais ansiosos ainda por percebermos 
que a ansiedade não vai embora!

4) Quando se sentir muito ansioso e com pânico, chame alguém e peça para que fique 
com você por alguns minutos. 
A companhia de alguém nestas horas pode ser importante para nos sentirmos melhor.
As crises de pânico duram poucos minutos e não matam, por mais que a sensação seja a de que você vai morrer!

Pessoas com Transtorno do Pânico podem freqüentemente desenvolver o que chamamos de Agorafobia. 
Agorafobia também é um transtorno de ansiedade que faz com que a pessoa evite permanecer ou até mesmo 
ir a lugares ou situações nos quais qualquer escape – no caso de ter pânico ou algum mal estar – seria 
difícil ou embaraçoso. 

A pessoa que já viveu ataques de pânico pode desenvolver também o medo de ir a lugares onde ela 
já teve o ataque de pânico anteriormente. 
Por isto, o Transtorno do Pânico pode prejudicar a vida profissional, social e estudantil da pessoa envolvida. 

Caso ela tenha um ataque de pânico no ambiente de trabalho, o medo de voltar àquele lugar pode ser grande
o suficiente para que a pessoa não queira mais ir até lá. 

Isto pode fazer com que os pacientes com o pânico fiquem dependentes de outras pessoas para saírem
de casa ou fazerem quaisquer atividades nas quais o medo de ter o pânico esteja presente.

Portanto, se você está com o Transtorno do Pânico procure ajuda especializada e adequada de um 
psiquiatra e um psicólogo. 

É possível que nos meses iniciais seja necessário o uso de algum medicamento, dependendo do grau 
da ansiedade, para que a ansiedade muito alta – que faz com que os ataques de pânico aconteçam – seja 
controlada e a pessoa volte às suas atividades normais. 

Mas é importante também que, além do medicamento (que normalmente é temporário), 
a pessoa procure entender e trabalhar com possíveis conflitos que estejam contribuindo para esta ansiedade. 
A ajuda do psicólogo, neste caso, é fundamental.

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