terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sofrimento maior

Conta-se que, quando Inácio de Antioquia foi preso, foi levado a Roma e colocado em um subterrâneo, onde encontrou amigos de fé.

Ali ele se recordou de Jesus e por várias horas falou-lhes a respeito das bem-aventuranças do Reino de Deus.

Uma semana depois, milhares de espectadores lotaram o circo e a arena se encheu de feras vindas de várias partes do mundo.

Eram feras que não tinham sido alimentadas por uma semana e sobre as quais se atiravam pedaços de carne ensangüentados, cheios de vida para lhes aguçar o paladar.

Naquela arena, os cristãos foram lançados e os animais, de forma rápida, despedaçaram aqueles corpos frágeis de anciãos, homens, mulheres e crianças, que não se intimidavam diante da morte.

Contudo, de uma forma estranha, Inácio, que se encontrava entre eles, não foi tocado. Esperou que uma patada no tórax lhe despedaçasse os ossos e os músculos. Entretanto, nenhuma fera lhe arrebentou o corpo.

Vendo que os cadáveres dos seus companheiros já estavam sendo rejeitados pelas feras saciadas, ele se ajoelhou na arena ensangüentada e orou a Jesus: “Por quê? Por que fui poupado? Por que não tive a honra de morrer?”

Então, um ser espiritual se apresentou à visão psíquica e lhe respondeu: “Inácio, morrer é muito fácil. Perder o corpo numa só vez é um testemunho pequeno para ti. Tu, que amas tanto Jesus, mereces algo mais penoso. Tu viverás. Viverás entre pessoas que não te compreendem, que desconfiarão de ti.”

“Estar firme no ideal, Inácio, no momento das dificuldades, este é o sacrifício maior. O Mestre deseja que vivas, para que a sua mensagem saia da tua boca e experimentes a perseguição continuada, sem desanimar. A morte na arena é uma morte muito rápida para os que são bons e fiéis.”

Inácio saiu da arena. Os cristãos supuseram que ele houvesse negado o Cristo e prestado sacrifício aos deuses de Roma, para ter a sua vida poupada.

A calúnia, a maledicência e a intriga semearam na comunidade cristã toda sorte de desconfianças.

Inácio jamais se defendeu, porque quem ama Jesus não tem tempo a perder com defesas improdutivas.

Jamais se justificou, porque ele deveria prestar contas ao seu Rei, Jesus, e não aos seus pares, súditos como ele.

Não disse uma palavra. Os anos demonstraram a sua grandeza. Ele passaria a ser o modelo do cristão verdadeiro, o modelo daquele servidor primitivo de Jesus, elevado á categoria de bem-aventurados por seu testemunho de amor.

Verdadeira homenagem

Foi em agosto de 2003 que um caminhão estacionado nas proximidades do escritório da ONU, em Bagdá, no Iraque, explodiu.

Foi mais um ataque terrorista e causou a morte de 22 funcionários. Entre eles, estava o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto comissário da ONU para os direitos humanos.

Quatro anos depois, no dia 28 de junho de 2007, a Organização das Nações Unidas inaugurou, em Genebra, um busto de bronze, em homenagem ao diplomata brasileiro.

O busto, colocado em um pedestal, conta, ainda, com o nome dos outros 21 funcionários mortos, no trágico atentado.

Justa, com certeza, a homenagem, a quem se doava em prol dos direitos humanos.

Enquanto isso, a notícia de que, nos próximos dias, seria enforcado, pela Justiça iraquiana, o suposto responsável pelo ataque, chegou aos ouvidos da família de Sérgio.

A mãe emitiu um comunicado, apelando para que a sentença de morte seja revista.

Também o relator especial da ONU sobre a independência do poder judiciário, emitiu o mesmo apelo ao governo iraquiano.

Tudo poderia passar como apenas uma notícia a mais, não fosse a justificativa, entre outras, da mãe de Sérgio: Ele sempre foi contra a pena de morte.

Esta, com certeza, foi a melhor e mais verdadeira homenagem que o brasileiro poderia receber.

Exatamente quando, em nosso País, vozes se alteiam para invocar a instauração da pena de morte, uma mãe, em memória de seu filho, a própria vítima, pede pelo seu algoz.

Isso nos leva a cogitar o quanto essa mãe ama seu filho, pois que, mesmo após a morte dele, suplantando a dor da separação e da saudade, o respeita e procura fazer valer a sua vontade.

Ela poderia deixar tudo como está. Afinal, o Iraque é tão longe e o suposto assassino lhe é desconhecido.

Poderia pensar que ela nada tem a ver com isso. Mas, como alguém que ama em profundidade, ela faz o apelo. E recorda os anseios que nortearam a vida do seu filho.

Ele lutava por direitos humanos. E a vida é o primeiro direito a ser assegurado.

Enquanto tantos se apressam em gritar palavras de ordem no sentido de que a pena de morte vigore em nosso País, oportuna se faz a manifestação dessa mãe.

Ela sabe que nada trará seu filho de volta. Ela o guarda no coração, colorindo as lembranças com as flores da sua terna e longa saudade.

Não pensa em vingança. Tem em mente respeitar o filho amado e, possivelmente, o coração de outra mãe, esposa, filha, irmã, que muito sofrerá com a morte do seu afeto, não importando o que ele tenha feito.

Se o seu apelo será atendido ou não, somente o tempo dirá. Contudo, seu gesto já estonteou a sociedade.

Com certeza, muitas mentes repensarão as suas posições destrutivas.

Outras tantas verão com olhos diversos a delicada questão da pena de morte.

Todos, no entanto, não esquecerão a especial, justa e verdadeira homenagem de uma mãe a seu filho.

Um respeito que suplanta a dor da separação, a ausência da presença física do filho amado para se expressar em nome de ideais defendidos por quem teve sua vida ceifada, tão violentamente.

Um exemplo a ser seguido.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Selo


Esse selinho eu ganhei do Blog Chrisgipebube , obrigado amiga.


Cansado da Vida...

Este será lembrado como um dos casos mais confusos de pessoa desaparecida.


Em agosto de 1930, Joseph Crater, de quarenta e cinco anos de idade, deu adeus

aos seus amigos.

Após um jantar num restaurante em Nova Iorque, chamou um taxi, e foi embora.

Nunca mais ninguém o viu ou mesmo ouviu falar dele.



Cinquenta anos de procura ofereceram inúmeras teorias sobre o caso,

mas nenhuma conclusão.



Uma vez que Crater era bem-sucedido Juiz da Corte Suprema de Nova Iorque,

muitos suspeitaram de assassinato, mas uma pista concreta nunca foi achada.



Outras opções foram apresentadas: sequestro, envolvimento mafioso,

ou até mesmo suicídio.



Uma procura em seu apartamento revelou uma idéia. era um bilhete anexado em

um cheque, e ambos foram deixados para sua esposa.

O cheque era de um valor considerável, e o bilhete dizia,

"Eu estou muito cansado.

Com amor, Joe".



O bilhete poderia ser nada mais do que um pensamento no final de um dia difícil.

Ou isso poderia significar algo maior - o epitáfio de um homem desesperado.



O cansaço é algo violento.



Eu não quero dizer o cansaço físico que vem ceifar a relva ou o cansaço mental

após um difícil dia de pensamentos e decisões.



Não, o cansaço que atacou o Juiz Crater é muito pior.

é o cansaço que vem somente antes de você desistir.



Aquela sensação de real desespero.



É o pai desanimado, a criança abandonada, ou o aposentado com o tempo em

suas mãos.



É aquele estágio da vida em que a motivação desaparece: as crianças cresceram,

perdeu-se um emprego, uma esposa faleceu.



O resultado é o cansaço - cansaço profundo, solitário e frustrado.



Na história, somente um homem alegou ter a resposta para isso.



Ele se coloca diante de todos os Joseph Craters que existem no mundo com a

mesma promessa:

O primeiro olhar

“O primeiro olhar é aquele momento em que a vida passa da sonolência para a alvorada.

É a primeira chama que ilumina o íntimo mais profundo do coração. É a primeira nota mágica arrancada das cordas de prata de um sentimento que poderá nascer.

É aquele momento instantâneo em que se abrem diante da alma as crônicas do tempo, e se revelam aos olhos as proezas da noite, e as vozes da consciência.

Ele é que abre os segredos da Eternidade para o futuro.

É a semente lançada, e espargida pelos olhos do ser amado na paisagem do amor, depois regada e cuidada pela afeição, e finalmente colhida pela alma.”

Nada mais cheio de esperança do que o primeiro olhar.

Nenhuma expectativa vã, pois não se teve tempo de esperar ainda. Nenhum sentir fugaz, pois ainda não chegou o tempo do sentir.

Nada interfere no primeiro olhar, durante os infinitos segundos que sobrevive.

Não há tempo. Não há espaço. Apenas olhares que se interpenetram pela primeira vez.

O que buscam ao deixarem-se perder? O que dizem? Quando dizem? Respostas que não virão.

Mesmo que após este, se sigam muitos outros, que os olhos decidam por enamorar-se, e que se visitem diariamente em cada aurora, a lembrança do primeiro fica na retina da alma, na história do Espírito.

E quantos “primeiros olhares” neste exato instante do tempo?

Quantas vidas alvorecem com eles enquanto observamos os carros passando apressados. Enquanto miramos janelas, pessoas. Enquanto consideramos – apenas, então, somente.

Quantas novas chances para a vida são dadas com esses arroubos singelos e transparentes...

Quantas novas forças, novas oportunidades, visões novas sobre um mundo velho...

Quantos reencontros velados pelo esquecimento da memória, se entregam pela lembrança do coração...

O que seria do amor sem o primeiro olhar.

Celebremos o amor que nasce, o amor que promete, o amor potencial.

Celebremos o germe da mesma forma que festejamos o fruto doce.

Exaltemos a vontade de ser borboleta, encontrada na lagarta que nasce.

Festejemos cada novo amor, da mesma maneira que exultamos ao receber no Mundo uma criança.

Não nos deixemos levar pelo pessimismo destruidor de corações partidos, que ainda não permitiram que o tempo cicatrizasse suas chagas.

Não desistamos tão facilmente das potencialidades humanas, debaixo de expressões autofágicas como “Não tem jeito”. “Está cada dia pior”. “É o fim de tudo”.

Acreditar no amor que está por vir é crer na sobrevivência da vida, e lutar por ela.

sábado, 27 de novembro de 2010

Pressão doméstica

Hoje em dia, talvez motivados pelo desejo de ver seus filhos bem sucedidos, muitos pais começam desde cedo a fazer grande pressão sobre eles.

Alguns dizem e repetem com freqüência: meu filho tem que ser o primeiro... Meu filho tem que ser o melhor... Ele tem que ser um vencedor.

A criança cresce ouvindo isto o tempo todo e entende que esse é o desejo de seus pais. E, porque gosta dos pais, não quer que estes se decepcionem.

Quiçá seja por essa razão que no dia da prova, quando se sente insegura, busca colar de alguém para obter uma boa nota e não infelicitar os pais, que esperam que ela seja a maior...

A criança precisa ser aceita, e entende que para que os pais gostem dela, deverá ser como eles desejam que seja.

Nesse caso, ela fará qualquer coisa para ser “gostada”.

Começa colando na escola, depois paga para que terceiros façam os trabalhos propostos pelos professores... E acabam roubando teses para conseguir a graduação que almejam.

Logo surgem os expedientes mais desonestos para subir de posto, no campo profissional. Não hesitam em caluniar colegas para conquistar o cargo que desejam.

Afinal, se os pais sempre esperaram que ele fosse o primeiro, é preciso ser o primeiro, mesmo que isso custe a sua dignidade, aliás, ele nem sabe o que quer dizer isto, pois seus pais não lhe falaram a respeito dessa virtude.

Cobraram-lhe resultados e ele foi à luta. Deveria ser o melhor, e ele tem se esforçado para isso... A que preço? Bem, isso é o de menos... O importante é que seja o primeiro.

Pais que agem dessa maneira, talvez pensem que o fazem por amor, mas estão cometendo um crime sem se dar conta disso.

Dizemos um crime porque incentivam o filho a se tornar um cidadão desonesto, irresponsável, tudo porque desejam que seja visto nos primeiros lugares no palco do mundo, ainda que isso o faça ser o último nos palcos celestes.

Um crime porque o espírito que lhes foi confiado pelo Criador para que o ajudassem a ser um gigante, foi convertido em um pigmeu moral.

Faz-se urgente pensar nesse problema que a tantos tem infelicitado.

Pais que pressionaram os filhos para que fossem sempre o primeiro, muitas vezes só se dão conta disso quando vêem seus nomes nas manchetes dos jornais, figurando como contraventores.

Há pouco tempo os noticiários falaram a respeito do primeiro ministro de um importante país europeu, que lançou mão de expedientes duvidosos para incriminar outro país e fomentar a guerra.

Aí é que se percebe a que ponto pode chegar um homem para conseguir o que deseja.

É para esse fato que muitos pais não atentam: que suas crianças um dia se tornarão adultos e poderão decidir os destinos de uma nação.

Por essas e outras razões, vale a pena investir no homem de amanhã, tomando-o pela mão quando ainda criança, e dar-lhe noções de dignidade e honradez, sem essa tolice de querer que sejam os primeiros em tudo.

Ensinar-lhe que não importa ser o melhor, mas que sejam bons o bastante para formar outros cidadãos de bem, exercer com honra e justiça suas profissões, construir um mundo melhor.

Presente sem igual

Ele era um foragido. Um judeu em meio ao tormento da Segunda Guerra Mundial.

Todos os dias sua consciência o acusava de covardia. Covardia moral por ter abandonado sua mãe, seus primos, quando lhe foi acenada a possibilidade de sobreviver, ocultando-se.

Por que somente ele? - Perguntava-se diariamente.

E todos os dias se desculpava com o casal que o mantinha escondido no porão frio naquele inverno interminável.

Desculpava-se por ter pensado mais na própria vida do que no risco a que expusera ambos, ao pedir asilo.

E havia a criança. Uma adorável menina que acabara de completar 12 anos.

Naqueles dias de tanta carestia, ela ganhara do pai um livro usado. Que tesouro!

Ele, o sobrevivente, se desculpara por não lhe dar nada. Afinal, nada tinha de seu.

Liesel, a garota encantadora, se aproximara e enrodilhara os braços em torno do pescoço dele:

Obrigada, Max.

Ela era a aniversariante e ele ganhava o presente.

Ao contato daquele abraço, ele levantou as próprias mãos e as encostou nos ombros de Liesel.

Aquele abraço lhe falava de afeto, família, carinho. Tudo tão distante, perdido na névoa dos meses, do medo e das incertezas diárias.

Nos dias que se seguiram, ele decidiu que lhe daria um presente.

Por isso, tomou do livro escrito por Hitler, que recebera para se instruir e destacou 40 páginas.

Imaginou que precisaria de 13, mas como deveria cometer alguns erros, resolveu se prevenir com maior número.

Da pilha de latas de tinta que o ocultava, destacou uma, abriu-a e pintou cada uma das páginas, deixando-as a secar em um varal improvisado.

Na sequência da semana, ele desenhou e escreveu a história de um fugitivo. A sua história.

E de seu encontro com uma menina que lhe ofereceu afeição. A ele, um judeu em terreno alemão.

As páginas receberam dois furos na margem, feitos à faca e depois foram unidas com barbante.

Então, numa madrugada silente, ele deixou seu esconderijo, subiu os degraus, foi ao quarto da menina e depositou a preciosidade ao lado da cama.

Ao despertar, vencendo o medo e o frio, ela desceu os degraus da escada. Embora não passasse de alguns metros, a distância pareceu de quilômetros.

O coração lhe batia descompassado no peito. Ela colocou sua mão no ombro dele, que dormia.

Não o despertou. Sentou-se, reclinou a cabeça, dobrando-se sobre si mesma e continuando com a mão no ombro dele, deixou-se ali ficar como quem vela o sono de alguém precioso e inestimável.

Nascia naquele momento uma verdadeira e profunda amizade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Seguidores de Cristo

Albert Schweitzer nasceu na Alsácia, no dia 14 de janeiro de 1875 e, por várias semanas, ninguém esperava que ele vivesse.

Mas ele venceu a morte e ela somente retornaria para beijá-lo aos 90 anos.

Aos 30 anos, ele tinha nas mãos o que a maior parte dos homens desejaria: um cargo público vitalício, numa das mais afamadas Universidades europeias, excelente reputação como músico e erudito, a delícia de pregar o que acreditava firmemente e, finalmente, a promessa de fama europeia e mundial.

Num dia muito frio, ele pôs de lado tudo isso para se tornar médico entre os selvagens da África Central.

Viveu entre os negros que lhe faziam perguntas simples e desconcertantes.

Durante o período de 1914-1917, os rumores da guerra que dominava as nações chegaram até Lambarené. Os nativos se mostravam preocupados com ela.

Toda vez que chegava o correio, o cozinheiro do bom doutor perguntava: Ainda há guerra?

Certo dia, espalhou-se a notícia de que os dez brancos que trabalhavam em Lambarené e haviam sido convocados para o conflito, haviam morrido.

Um velho nativo exclamou: Dez mortos, já? Por que as tribos não se reúnem e negociam a paz? Afinal, quem pagará por tantos homens mortos?

É que nas suas lutas, todos os que morressem em combate, não importando se pertencessem ao lado vencedor ou ao vencido, deviam ter pagas suas vidas pelo lado contrário.

Também não conseguiam entender os nativos como era possível que os homens brancos, que lhes haviam trazido a mensagem do Amor, esquecessem os ensinamentos do Senhor Jesus e pudessem cortar a garganta uns aos outros.

E tinham razão. É verdadeiramente incompreensível. A vida humana é inestimável. Nada que a possa pagar.

Os Evangelhos expressam a Lei do Amor, em todos os seus versículos. Mas o homem prossegue matando o seu semelhante.

Aí estão as guerras para prová-lo, todos os dias. Além das disputas entre irmãos, vizinhos, conterrâneos, companheiros de crença.

Tinham mesmo razão os nativos africanos em não entender porque agiam assim os brancos.

Se houvesse amor

Você já se perguntou, alguma vez, porque certas pessoas cometem crimes ou outros delitos contra si ou contra terceiros?

Talvez a resposta da maioria seria a de que essas pessoas são delinqüentes. Isso é verdade, mas por que se tornaram delinqüentes?

Tomemos como exemplo esses delinqüentes infantis e juvenis, que perambulam pelas ruas e cometem pequenos furtos contra os cidadãos.

Imaginemos que eles tivessem um lar decente, uma mãe amorosa que os acariciasse e educasse. Tivessem um pai equilibrado, empregado, com salário digno, que lhe permitisse sustentar a família com honradez.

Em última análise, se houvesse amor, eles não estariam pelas ruas, perambulando sem rumo.

Quando uma pessoa, num ato de desespero, põe fim à própria vida, é porque faltou o tempero do verdadeiro amor para envolver suas horas.

Se houvesse amor no lar desses “homens-bomba”, que são usados como explosivos, atirando-se para a morte num ato insano de autodestruição, com certeza não o fariam.

Se tivessem uma mãe ou esposa que os amasse verdadeiramente, envolvendo-os em carícias de afeto e compreensão, não fariam o que fazem.

Se em seu lar deixassem olhares carinhosos de filhos a lhes perguntar: “Papai, quando você volta? Não demore! Vou esperar você com saudades. Volte logo, papai!” - certamente ficariam longe do terrorismo.

Se houvesse mais amor na face da Terra, tudo seria diferente. O amor é antídoto eficaz contra todo tipo de violência.

Quando o amor adoece, o desespero se instala nos corações.

As explosões de ódios, de vinganças cegas, são resultados de um amor enfermo, pois não se pode odiar alguém que não se conhece.

Só pode haver traição por parte de alguém em quem foi depositada confiança plena.

Ah! Se houvesse amor...

Se houvesse amor não haveria crimes hediondos, nem guerra, nem fome, nem misérias, nem outra violência qualquer.

Se houvesse amor, não faltaria o necessário a nenhum ser humano, porque o amor fraternal não permitiria.

Se houvesse amor não haveria desemprego, nem subemprego, porque só o amor é capaz de desarmar o egoísmo, esse verdugo cruel que alimenta a ganância, a prepotência, o desejo desenfreado de posses materiais.

Ah! Se houvesse amor... Esse sentimento adormecido no íntimo de muitas criaturas...

Um dia, um homem chamado Jesus ensinou que o amor é a chave da felicidade. Resumiu toda a Lei e os profetas na máxima: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo”.

Mas, infelizmente muitos de nós, que nos dizemos cristãos, temos esquecido esse ensinamento.

Muitos de nós, que nos declaramos seguidores do Cristo, estamos alimentando as grandes guerras com nossas guerras familiares e nosso terrorismo particular e ainda com a nossa beligerância social.

Ah! Se houvesse amor...

Se o amor fosse uma realidade em nosso Mundo, seguramente aqui habitaria a paz.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Se eu tivesse uma segunda chance...

Uma mulher que já havia perdido a luta contra o câncer, nos seus últimos momentos da existência escreveu um desabafo que poderíamos intitular: Se eu tivesse uma segunda chance.

Diz mais ou menos assim:

Se eu tivesse minha vida para viver novamente eu falaria menos e ouviria mais. Eu convidaria os amigos para o jantar, mesmo que o carpete estivesse sujo e o sofá desbotado.

Eu comeria pipoca na sala de estar com as crianças e me preocuparia menos com a sujeira, quando alguém pensasse em acender a lareira.

Eu tiraria um tempo para ouvir meu avô contar-me sobre sua juventude e jamais insistiria para que as crianças fechassem as janelas do carro no verão, por causa do meu cabelo, que havia acabado de arrumar.

Eu acenderia aquela vela em forma de rosa, antes dela se desmanchar. Eu me sentaria no chão com meus filhos, sem me preocupar com a roupa. Eu choraria menos assistindo televisão e viveria mais intensamente a minha vida.

Eu iria para cama quando estivesse doente, ao invés de agir como se o mundo fosse acabar, caso eu não saísse naquele dia.

Ao invés de ficar reclamando durante os nove meses de gravidez, eu aproveitaria cada momento pensando em como a vida que se desenvolvia dentro de mim era um milagre de Deus.

Quando os meus filhos me beijassem e abraçassem espontaneamente, eu jamais diria: " Mais tarde! Agora vamos lavar as mãos para jantar."

Haveria mais "Te amo"... Mais "Me desculpe", mas, principalmente, se tivesse a minha existência prolongada, eu iria aproveitar cada minuto... Vivê-lo intensamente... E nunca desperdiçá-lo.

Mas isso tudo, era se eu tivesse uma segunda chance...

Seguir adiante

É natural: quando uma grande dor se abate sobre nós, a tendência é ficar paralisado, encolhido.

Parece que tudo para. O ar fica pesado e a melancolia, em toda parte, faz os ponteiros dos relógios se arrastarem. No coração, solidão, medo, angústia, sofrimento.

Nessa hora, a maioria de nós tem vontade de deixar todas as coisas de lado, de dormir, esquecer, desaparecer.

Mas a vida prossegue. E reclama de nós uma atitude: é preciso continuar.

O estômago pede comida, o corpo se revela com sede, a família precisa ser sustentada. Tudo segue normalmente.

Mas, como prosseguir quando nada parece ter sentido? Se um enorme vazio toma conta de todas as coisas?

Antes de tudo é preciso ter consciência de que há outras pessoas que dependem de nós, seja fisicamente ou emocionalmente.

Filhos, mulher, marido, pais, irmãos, amigos. Toda essa multidão sofre junto conosco. E, por amor a eles, é preciso lutar para superar o que nos magoa.

Se um filho morre, há outros que ficam. E esses aguardam gestos de amor, cuidados, sorrisos.

E, se não há outros filhos, há outros parentes, há amigos que nos querem bem.

Se perdemos algo, mesmo que seja muito importante, mesmo que seja o trabalho de toda uma vida, é a hora de buscar novos horizontes, novas oportunidades, novos olhares.

O mundo está cheio de descobertas à nossa espera.

Mas, para isso é preciso estar aberto ao mundo, com os braços prontos para abraçar as belezas que a vida oferece.

É preciso saber que não somos solitários no sofrimento. A dor que nos fere também vitima milhões de outras pessoas.

Cada um carrega a sua dor. Muitas vezes em segredo. Muitas vezes sem ninguém com quem compartilhar.

Apesar da dor, o Mundo continua a girar, tudo segue seu ritmo normal. E de nada adianta desejar que tudo pare para nos assistir chorar. Ou para nos consolar.

Temos dentro de nós uma força imensa para resistir a tudo, para suportar todas as provas. É algo que vem de Deus.

Jesus nos ensinou que Deus não dá provas superiores às nossas forças. Sim, pois Deus pôs em nosso coração a fortaleza que nos reergue.

É o espírito de luta que surge quando estamos abatidos. É a força que, de repente, toma conta da alma e nos faz sorrir de novo.

É um presente de Deus. Aproveite. Essa energia está viva na sua alma. Agita-se como um pássaro e espera que você a liberte.

Como alcançá-la em nossa intimidade e despertá-la?

Não há segredo e todos, sem exceção, podem conseguir. Chama-se oração.

Deixe seu coração falar com Deus. Abra-Lhe sua intimidade. Confesse-Lhe suas amarguras, ansiedades, tristezas.

E tenha certeza. Ele, o Amor infinito e a Misericórdia plena, não vai deixá-lo sem respostas.

A afirmativa é de Jesus, ao dizer que o Pai não dá pedras ao filho que pede pão.

Confie. Dê-se essa oportunidade de fé, com ela buscando fortalecer suas esperanças, renovar seu ânimo para o bem, consolidar sua coragem para retomar a caminhada, conquistar forças para prosseguir com destemor.

Faça isso por você, mas, principalmente pelos seus afetos. Eles precisam muito de você.

Lembre-se que Jesus cantou o Hino da esperança e do consolo para a Humanidade, com Seus ditos e feitos, e avisou-nos, afirmando: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cachecol Flower





Cachecol floral em crochet com vários motivos de flores e com acabamento em pérola e fita de cetim, super prático e com cores neutras, feito em lã macia e importada.
Esse cachecol foi para a Suiça, deve estar chegando neste fim de semana.

Segredos dos Homens que mudaram a história

No livro intitulado “Nunca desista de seus sonhos”, o autor Augusto Cury tece interessantes considerações a respeito da capacidade humana de alterar o curso da própria história.
Diz ele, em resumo, que a maior genialidade não é aquela que vem da carga genética, nem a que é produzida pela cultura acadêmica.
Mas sim, aquela que é construída nos vales dos medos, nos desertos das dificuldades, nos invernos da existência, no mercado dos desafios.
Muitos sonhadores desenvolveram áreas nobres da sua inteligência, atravessando turbulências aparentemente insuperáveis.
Suportaram pressões que poucos agüentam.
Viveram dias ansiosos, sentiram-se pequenos diante dos obstáculos.
Alguns foram chamados de loucos, outros, de tolos.
Zombaram de alguns, outros foram discriminados.
Tinham todos os motivos para desistir de seus sonhos, mas não desistiram.
Quais foram seus segredos?
Eles fizeram da vida uma aventura.
Não foram aprisionados pela rotina.
Embora não seja possível escapar da rotina, esses sonhadores passaram parte de suas vidas criando, inventando, descobrindo.
Tiveram uma visão panorâmica da existência mesmo em tempo nublado.
Foram empreendedores, estrategistas, persuasivos, amigos do otimismo.
Foram sociáveis, observadores, analíticos e críticos.
Fizeram escolhas, traçaram metas e as executaram com paciência.
Segundo o filósofo Kant, “a paciência é amarga, mas seus frutos são doces.”
A paciência é o diamante da personalidade.
Muitos discorrem sobre ela, mas são poucos os que a conquistam e colhem seus frutos.
Para Plutarco, “a paciência tem mais poder do que a força”.
Não se pode medir um ser humano pelo seu poder político e financeiro.
Ele pode ser avaliado pela grandeza de seus sonhos e pela paciência em executá-los.
No entanto, a paciência é um dos remos que impulsiona o barco dos sonhos.
O outro remo é a coragem.
É necessário ter-se coragem para correr riscos e superar os obstáculos.
Aqueles que têm medo jamais navegam em mares desconhecidos.
E por isso mesmo nunca serão capazes de conquistar outros continentes.
Os homens que transformaram seus sonhos em realidade aprenderam a ser líderes de si mesmos para depois liderar o mundo que os cercava.
Tinham uma ambição positiva, queriam transformar a sociedade em que estavam inseridos.
Foram dominados por um desejo de serem úteis para os outros.
É possível destruir o sonho de um ser humano quando ele sonha para si, mas é impossível destruir seu sonho quando ele sonha para os outros.
Os ditadores jamais conseguiram destruir os sonhos daqueles que sonharam com a liberdade do seu povo.
Morrem os ditadores, enferrujam-se as armas, mas não se pode destruir os sonhos de quem ama ser livre.

Recusar o perdão de Deus

Por causa de uma desavença durante uma partida de baralho,
um jovem norte-americano matou seu parceiro.
O assassino foi detido, julgado e condenado à morte.

Um dia, a porta de sua cela se abriu e entrou um homem que o condenado
confundiu com um capelão.
“Saia daqui, não quero te ver!
Já ouvi falar bastante de religião em casa”,
gritou o prisioneiro.“Jovem, escute-me”, falou o visitante

“Eu lhe trago uma boa notícia.”
O prisioneiro ameaçou expulsa-lo à força e o homem foi embora…
Alguns minutos mais tarde, entrou na cela um guarda e disse que o visitante
que acabara de ser expulso era o próprio governador.

Ele havia recebido a petição em favor do preso e fizera questão de levar
pessoalmente a carta que informava o perdão ao condenado.
“Como?!
Me dê um papel e um lápis, rápido”, exclamou o sentenciado,
absolutamente chocado.

Escreveu ao governador pedindo desculpas e suplicando que voltasse
com a carta de perdão.

Porém, quando o governador recebeu o bilhete, escreveu na margem:
“Esse caso já não me diz respeito.”
O assassino morreu dizendo:
“Morro porque recusei o perdão que me ofereceram”

Esse relato antigo, porém verdadeiro, ilustra o trágico desprezo à graça de Deus.
Seu Filho, Jesus Cristo, veio em pessoa para anunciá-la.

Recusá-la é o pior erro e a maior loucura que um ser humano pode cometer em vida!

Depois, na eternidade, não existe remédio.

Se eu fosse Deus

Certo dia, lendo o artigo de um poeta, publicado no jornal, um parágrafo nos chamou atenção.

O poeta falava sobre a hipótese de um ser humano ser Deus por uma semana.

E dizia que, caso ele fosse Deus, “um minuto seria suficiente para tomar uma única decisão.”

“Sob a humaníssima – e jurídica – forma de lei. Na qualidade de Deus, chamaria o meu anjo-secretário e ditaria os dois artigos singelos da minha lei:”

"Art. 1.º – ficam a partir deste instante abolidos, em todos os quadrantes do terceiro planeta do sistema solar, na periferia da Via-Láctea, a miséria, o desamor, a injustiça, a doença, a ignorância, a guerra e a morte.”

Art. 2.º – revogam-se as disposições em contrário".

Certamente muitos de nós, como o poeta, faríamos a mesma determinação, abolindo, para sempre, a miséria, o desamor, a injustiça, a doença, a ignorância, a guerra e a morte..

E Deus, que é a inteligência suprema do universo, já decretou isso nas suas soberanas leis.

É só uma questão de tempo para que essa situação se torne realidade.

No entanto, o Criador, que é a sabedoria suprema, não pode violentar o livre-arbítrio de seus filhos, impondo uma perfeição que estes ainda estão longe de alcançar.

Vejamos o que dizem os espíritos superiores, explicando porque Deus não criou todos os espíritos perfeitos:

Se Deus os houvesse criado perfeitos, nenhum mérito teriam para gozar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria o merecimento sem a luta? Além disso, a desigualdade entre eles existente é necessária às suas personalidades. Pois que, na vida social, todos os homens podem chegar às mais altas funções, seria o caso de perguntar-se por que o soberano de um país não faz de cada um de seus soldados um general; Por que todos os empregados subalternos não são funcionários superiores; por que todos os colegiais não são mestres.

Muito lógica e muito consoladora a resposta dos Sábios do espaço.

Se todos os espíritos encarnados na terra estivessem no nível de Ganhdi, Chico Xavier, Madre Teresa, Irmã Dulce e outros, não precisaria nenhum decreto proibindo a miséria, o desamor, a injustiça, a doença, a ignorância e a guerra.

Por outro lado, Jesus afirmou: “vós sois deuses”.

Assim sendo, se não somos Deus com “d” maiúsculo, somos filho dele e podemos fazer a nossa parte para que, um dia, a terra seja um planeta onde reine a paz.

Os espíritos foram criados simples e sem nenhum conhecimento, mas todos, sem exceção, chegarão à perfeição.

Vale lembrar, novamente, as palavras do mestre de Nazaré: “sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celestial.”

Portanto, todos nós seremos anjos um dia, só depende da nossa vontade. E essa vontade também inclui a busca das verdades que regem a vida, ou seja, as leis divinas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saudade e esperança

Tudo começou num dia claro de primavera, quando a brisa fresca da manhã espalhava suave perfume de flores no ar.

Voltei da maternidade carregando nos braços aquele pequeno tesouro com que Deus me havia presenteado.

Vê-lo crescer e observar cada gracinha da sua meiguice, era a maior felicidade que uma mãe pode esperar.

Os meses se somaram e se transformaram em anos...

E aqueles dois olhos azuis pareciam duas pedras preciosas engastadas num rosto angelical, observando tudo com atenção e vivacidade.

À medida que o tempo passava, mais se apertavam os laços do afeto... Mais se solidificava o amor...

Os meses pareciam horas, embalados pelos risos e a algazarra daquele ser singular.

Todavia, a vida nos reserva emoções das quais nem suspeitamos...

Era uma tarde de verão e o vento morno soprava, espalhando no ar um estranho sentimento de tristeza.

O pequeno se queixou de dor de cabeça e em meu coração senti profundo amargor...

O médico diagnosticou câncer...

Tive a sensação de que o chão havia sumido de sob os meus pés. Um aperto no coração me tomou de assalto e eu perdi os sentidos.

Voltando à realidade, muni-me de coragem para enfrentar a situação daquele momento amargo.

Ele estava ali, numa súplica silenciosa para que eu o ajudasse. E foi o que eu fiz, com a ajuda de Deus.

Os tratamentos eram cruéis...

As horas pareciam anos, arrastados pelos gemidos de dor...

Aqueles dois olhos perdiam o brilho a cada segundo...

E, por fim, a vida se extinguiu como uma chama que se apaga...

...era um dia de inverno e o vento soprava sem piedade... Trazendo consigo o manto escuro da morte...

Naquela tarde eu depositei seu corpinho imóvel na laje fria do túmulo...

De braços vazios e coração dilacerado, tive vontade de agarrar-me ao pequeno esquife para não deixá-lo sozinho, mas uma força estranha me conteve...

Lembrei que muitas mães já haviam partido para o Além e roguei para que elas amparassem meu anjinho...

Lembrei-me também que há muitos pequeninos órfãos deste lado da vida e fui ao encontro deles para preencher o vazio da minha alma...

Achei-os relegados à própria sorte e os envolvi em meus braços... Amei-os como se meus filhos fossem...

Os anos rolaram... A saudade se transformou em esperança...

Esperança de reencontrar aquele anjo que Deus me emprestou para valorizar meus dias e abrir em meu coração espaço para um sentimento maior, capaz de amar em cada filho alheio, meu próprio filho.

Essa é a minha mensagem de amor e esperança para todas as mães que já sentiram o amargo sabor da separação...

Selo


Ganhei esse selo do Blog da Gullo , obrigado amiga pelo teu carinho,beijokas...

Um sábio conselho

Geralmente as pessoas gostam de dar conselhos, mas nem sempre são conselhos dignos de serem seguidos.

No entanto, com aquele jovem médico foi diferente.

Quase ao término da festa de sua formatura, um de seus professores se aproximou, colocou a mão sobre seu ombro, e lhe disse:

Meu filho, vou lhe dar um conselho. Sempre que você for receitar um remédio para um paciente, pergunte-se primeiro: "Eu tomaria esse remédio? Eu o daria para minha esposa, minha mãe, meu pai? Receitaria para um filho ou um irmão?" Se a resposta for sim, então pode prescrever a medicação e guardar a consciência tranquila.

Aquele jovem recém-formado é hoje um grande médico e exerce a medicina há muitos anos, jamais esquecendo daquele sábio conselho.

Mais de vinte anos se passaram e as palavras do seu professor ficaram gravadas na sua mente, orientando suas ações no exercício da medicina.

Seus pacientes têm plena confiança em seus diagnósticos e em suas orientações médicas.

Quando alguém lhe fala de como o admira por sua dignidade e competência, ele atribui isso ao seu sábio mestre, dizendo: Isso é mérito de um professor que tive na Universidade. Foi ele que me deu uma receita infalível para me guiar nas decisões.

Bom seria que cada formando, ao deixar a Universidade, recebesse um conselho desses e o seguisse na sua vida profissional.

Se engenheiros e arquitetos se perguntassem sempre, antes de fazer um projeto, se morariam naquele edifício ou casa, se colocariam um ente querido para morar no seu interior;

se o fabricante desse ou daquele produto usasse o mesmo critério, e jamais colocasse em circulação mercadorias que não deseja para si nem para os seus, não teríamos reclamações de consumidores;

se políticos, advogados, magistrados refletissem sobre suas ações, perguntando-se se as aplicariam a si mesmos ou aos seus amores, teríamos uma sociedade bem melhor e mais justa;

se os professores, enfermeiros, farmacêuticos fizessem o mesmo, o mundo seria melhor.

Se os governantes, antes de fazer a guerra, se perguntassem se iriam para a frente de batalha, se mandariam a sua mãe, seu filho, sua esposa, seus mais diletos amigos, certamente optariam pela diplomacia.

Enfim, se todos os indivíduos, em qualquer atividade que desempenhem agissem sempre tendo por base fazer aos outros o que aceitariam de bom grado para si mesmos, não haveria violência, injustiça, desamor...

Isso tudo faz sentido para você?

E sabe o que isso significaria?

Sim, seria o cumprimento da regra áurea prescrita por Jesus, o mais sábio dos mestres.

Simples, não?

A solução de todos os problemas da Humanidade num preceito tão simples e fácil de entender...

No entanto, poucos estão dispostos a lançar mão desse recurso.

E sabe por quê?

Porque precisaria derrotar os vilões mais poderosos que ainda habitam o coração do homem: o orgulho e o egoísmo.

Mas você, que deseja construir um mundo mais feliz e mais justo, pode fazer a sua parte sem se preocupar com aqueles que ainda se comprazem na exploração dos semelhantes.

Será que vale a pena?

Sem dúvida, pois você só responderá pelos próprios atos, perante sua própria consciência.

Uma vez mais vamos encontrar na sabedoria de Jesus a afirmativa: A cada um segundo suas obras.

Por isso é que vale a pena agir com dignidade e honradez, pois somente uma consciência reta lhe dará paz de espírito, neste mundo e no outro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Salvar a vida

O trem estava por partir. Deixaria aquele lugar sórdido, levando os judeus jovens e sadios para a liberdade.

A notícia era a de preservação dos mais fortes, e naquele trem não havia lugar para velhos.

As portas seguiriam abertas, pois não sobrava espaço para fechá-las. Estava abarrotado de judeus.

Um ancião polonês, de cabelos alvos, segurou com as mãos encarquilhadas o paletó do jovem que estava por partir e suplicou-lhe com veemência, que desse a sua pela vida dele.

Estava velho e doente e desejava rever os familiares que deixara na distante Polônia. Seria sua última chance, implorou ao rapaz.

O velho apelou para o coração do jovem que lhe permitisse embarcar no seu lugar, em nome do Cristo.

O rapaz não era cristão, e pouco ouvira falar do Homem de Nazaré. Apenas uma frase atribuída a Ele pairava em sua memória: Aquele que quiser ganhar a vida, perdê-la-á, e aquele que a perder por amor de Mim, ganhá-la-a.

Olhou longamente para aquele velho desesperado e, embora a promessa de liberdade próxima o tentasse, resolveu descer e ceder seu lugar ao ancião.

O trem partiu e ele pôde contemplar pela janela o aceno de agradecimento daquele a quem salvara a vida com a sua própria, pensava.

Deteve-se ali por alguns instantes, como adorno vivo de uma paisagem de horror e desolação, observando o trem que se afastava lentamente.

Após alguns dias chegou a notícia do engodo. O trem que partira em direção à liberdade, aportara no Campo de Concentração de Auschwitz, na Áustria, e todos os passageiros pereceram sob os chuveiros de gás letal.

Os meses rolaram e levaram com eles o horror da guerra. O jovem sobreviveu para escrever sua história e conhecer melhor Aquele Homem que um dia dissera que aquele que quisesse ganhar a vida perdê-la-ía, e aquele que a perdesse por amor a Ele, ganhá-la-ía.

Paternidade responsável

Quanto você ganha, papai?

Esta foi a pergunta que o filho de 7 anos fez ao seu pai, homem de negócios com quem ele pouco convivia.

Tragado pelos compromissos profissionais do dia-a-dia, quando chegava em casa era facilmente vencido pelo cansaço e não sobrava tempo nem para um breve diálogo com o pequeno.

Os dias passavam, os meses se somavam e os anos se sucediam.

Na vida daquele homem de negócios, a rotina era sempre a mesma. Chegar em casa exaurido, assistir o último telejornal e entregar-se ao repouso.

No dia seguinte, as cenas se repetiam. O tempo passava tão rápido que ele nem cogitava de como estava crescendo seu menino.

Não sabia quem eram seus professores, não conhecia os seus amigos, não sabia se o filho tinha alguma dificuldade na escola, se era feliz ou não.

Afinal, pensava, um empresário não pode perder tempo com coisas pequenas.

Numa noite, igual a tantas outras que já haviam passado, o homem de negócios foi abordado pelo filho com uma pergunta inesperada:

Quanto você ganha, papai?

O pai imediatamente respondeu, como de costume, que já estava tarde e que não havia tempo para conversas.

O filho insistiu: Eu só quero saber quanto é que você ganha por hora, papai. Pode me responder, por favor?

O pai, vencido pela insistência do garoto, respondeu sem pensar muito:

Ganho dez reais por hora. Agora, vá para a cama.

O filho obedeceu e o pai foi tomar seu banho e ficou pensando o porquê daquela pergunta.

Será que o menino estava precisando de dinheiro?

Após o banho dirigiu-se ao quarto do filho, que ainda estava acordado, e lhe perguntou: Filho, por acaso você está precisando de dinheiro?

Sim, papai. Na verdade, preciso só de 3 reais.

Ora, não seja por isso, filho. Por que não falou antes?

Tirou o dinheiro do bolso e o entregou ao filho.

O garotinho pegou as cédulas e, rapidamente, retirou algumas notas que estavam debaixo do travesseiro e juntou às demais, dizendo:

Agora já tenho o suficiente para comprar uma hora do seu tempo, papai. Há algum tempo venho guardando esse dinheiro para poder pagar o seu tempo, que é muito precioso, como o senhor mesmo diz.

Tome os 10 reais e converse comigo por uma hora. Uma hora inteirinha só para nós dois.

O pai sentiu como se uma lança incandescente lhe perfurasse a alma.

Deu-se conta de como havia sido egoísta e displicente na sua posição de pai.

Triunfara nos negócios e negligenciara a missão da paternidade.

domingo, 21 de novembro de 2010

Saberes diferentes

Narra-se que, num largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para outro.

Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.

Como quem gosta de falar muito e com ar altivo, o advogado pergunta ao barqueiro:

Companheiro, você entende de leis?

Não. Responde o barqueiro.

E o advogado compadecido acrescenta:

É pena... Você perdeu metade de sua vida!

A professora, então, muito social, adentra na conversa:

Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?

Também não. Responde o remador.

Que pena! - condói-se a mestra. Você perdeu metade de sua vida!

Nisso, uma onda muito forte vira o barco

O canoeiro, preocupado, pergunta:

Vocês dois sabem nadar?

Não! Responderam eles rapidamente, em conjunto.

Então é pena! - conclui o barqueiro - vocês perderam toda sua vida!

sábado, 20 de novembro de 2010

Saber ouvir

Thomas Edison, o inventor da lâmpada, perdeu boa parte de sua capacidade auditiva quando tinha doze anos de idade.

Só podia ouvir os ruídos e gritos mais fortes.

Isso, no entanto, não o incomodava.

Certa vez, indagado a respeito da sua deficiência, respondeu com serenidade: Não ouço um passarinho desde meus doze anos mas, em vez disso constituir uma desvantagem, minha surdez talvez tenha sido benéfica para mim. Ela encaminhou-me muito cedo à leitura e, além disso, pude sempre concentrar-me com rapidez, já que me encontrava naturalmente desligado de conversações inúteis.

A singela observação guarda grande ensinamento.

A maior parte de nós tem plena capacidade auditiva, mas isso não significa necessariamente que tenhamos o dom de saber ouvir.

Embora a audição seja uma dádiva maravilhosa, não há como negar que poucos, muito poucos de nós dominamos a arte de ouvir.

Ainda não conseguimos ouvir os queixumes dos outros sem que atravessemos um comentário a respeito da nossa própria desdita.

Deixamos assim de escutar as histórias dos outros para narrar a nossa própria, como se apenas essa fosse digna de ser registrada e conhecida.

Ainda não conseguimos ouvir as críticas que nos fazem.

Em poucos instantes já estamos irritados e ofendidos, mais preocupados em nos defender ou até em agredir verbalmente o outro.

Ouvir com serenidade tudo o que nos querem falar, por ora, parece ser superior às nossas forças.

Ainda não conseguimos ouvir conselhos e orientações que sejam dirigidas à nossa melhoria íntima.

Esse tipo de conversa sempre nos parece aborrecida e sem sentido, afinal, muitas dessas palavras sábias representariam necessária mudança de conduta e o abandono de alguns vícios.

Não estamos dispostos a isso.

Mas, se a conversa gira em torno de maledicências, aí então, os ouvidos parecem ficar mais capazes de registrar sons e nosso interesse fica aguçado.

O sono passa e sempre há tempo para querer saber algum detalhe a mais a respeito do assunto.

Muita conversa inútil preenche nossas horas e consome nosso tempo.

Muitos exemplos infelizes são tomados como modelos de atitude, por equívoco daqueles que os ouvem.

Inúmeras dificuldades são criadas em nossa intimidade pelo desequilíbrio gerado pela maledicência.

Por outro lado, muitos amigos precisam de nós para um diálogo saudável e não temos sensibilidade suficiente para deixá-los falar.

Muitas palavras acertadas, que nos auxiliariam a não incidir mais uma vez no mesmo erro, deixam de ser escutadas por desatenção.

Pássaros sem ninho

As imagens da guerra são chocantes. A tela da televisão, por maior que seja, não consegue retratar com fidelidade o horror em suas amplas dimensões.

Pessoas do povo trazem no rosto as marcas da dor esculpida pelos adversários que nem sequer conhecem.

Por que seus governantes estão ordenando ataques ao seu povo eles não sabem, mas sentem, no peito ferido, o sofrimento provocado pelas vidas ceifadas por motivos mesquinhos.

São pais e mães desesperados em busca de filhos perdidos em meio aos escombros e à fumaça das bombas.

São crianças que correm desarvoradas, sem saber para onde ir, à procura dos pais que tombaram sem vida em uma esquina qualquer.

Parecem aves sem ninho, buscando braços que as socorram, que as amparem e protejam da crueldade dos que matam sem escrúpulos nem compaixão.

Quando isso acontece em pleno alvorecer do século XXI, a Humanidade perde, se degrada, se embrutece...

Países ditos de Primeiro Mundo, não conseguem proteger a preciosa vida dos seus cidadãos...

Matam em nome do quê?

Talvez seja pela simples conquista de mais terras, mas também pode ser em nome de uma divergência política. Ou será por diferenças religiosas?

Não importam os motivos, a verdade é que as imagens são chocantes e injustificáveis.

Não há quem não se sensibilize diante da crueldade das guerras.

Todavia, há outras situações que passam despercebidas no dia-a-dia: são as crianças que perambulam pelas ruas sem destino, sem proteção, sem carinho...

São também aves sem ninho, à procura de alguém que lhes ouça os gritos silenciosos da inocência confiante...

Há mães que não têm sequer uma colher de alimento para dar ao filho que chora de fome. Há crianças que morrem, em tenra idade, por inanição.

Mas as imagens da guerra nos chocam sobremaneira. Será que essas outras situações não nos comovem mais? Será que nos acostumamos tanto com elas que já nos são indiferentes?

Ou será que é mais cruel a bomba, que ceifa instantaneamente uma vida, do que a fome ou o frio que matam lentamente?

O que será mais triste: as batalhas de uma guerra ou a batalha silenciosa de morrer de fome em meio à abundância?

Quando será que os nossos corações se enternecerão a ponto de mover nossas mãos na direção dessas carências que a tantos destroem?

Pelos crimes de guerra responderão os culpados perante as Leis Divinas, mas pelos crimes de omissão e indiferença responderemos todos os que estamos de braços cruzados diante dos infortúnios.

Lembremo-nos de que Deus ajuda os homens através dos próprios homens e que espera de nós as providências cabíveis em cada situação.

Só o bem prevalece

Você sabe quem foi John Wilkes Booth? Já ouviu falar desse homem alguma vez? Certamente não.

Mas se perguntarmos se sabe quem foi Abraham Lincoln, a grande maioria das pessoas dirá que se trata de um dos Presidentes dos Estados Unidos mais conhecidos, e que contribuiu grandemente com a Humanidade, abolindo o horror da escravidão em seu País.

Pois bem, o primeiro nome que declinamos é do ator norteamericano que, de forma covarde e traiçoeira, desferiu um tiro certeiro na cabeça de Lincoln, enquanto este assistia a uma peça teatral.

O mesmo aconteceu com tantos outros covardes da nossa História.

A morte moral dessas criaturas é decretada por seus próprios atos de covardia e traição. Recebem da Humanidade o esquecimento e desprezo.

Quem não ouviu falar de Ghandi? O homem que, em nome da não-violência, libertou seu povo do jugo da Inglaterra.

Ele também foi covardemente assassinado, mas quem lembra o nome do seu algoz?

Martin Luther King dizia: Eu tenho um sonho. E seu sonho era que brancos e negros pudessem se sentar juntos à mesa da fraternidade.

A bala assassina disparada por um covarde que se escondia entre a multidão, na tentativa de matar seu sonho, conseguiu esfacelar o cérebro daquele homem, mas suas ideias continuaram e continuam vivas.

Seu sonho se realizou, se não completamente, pelo menos em parte.

Quem sabe o nome do assassino? A Humanidade sequer o registrou na História.

Quem não ouviu falar de Sócrates, um dos Pais da Filosofia? Mas seus algozes foram esquecidos pela Humanidade.

Vários outros personagens, que lutaram pelo bem, estão nos registros da História da Humanidade. Muitos assassinados, mas de seus assassinos ninguém ouve falar.

Queremos lembrar dessa forma, que só o bem prevalece. Que aqueles que foram algozes, certamente já voltaram ou voltarão em novas existências. Terão uma chance de reparar os equívocos cometidos.

Mas o bem realizado por quem quer que seja, esse está registrado. Esse valeu a pena. O mal terá que ser reparado de uma forma ou de outra.

Jesus Cristo é o maior exemplo de que se tem notícia. Viveu o bem, exemplificou-o e Seus ensinos são lembrados pela Humanidade, há mais de dois milênios.

Seu cérebro físico foi apagado, mas ninguém jamais logrou erradicar da face da Terra Suas ideias, embora muito se tenha tentado.

Elas vivem e viverão para sempre, porque vindas de Deus.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sorrindo na tempestade

Aquela menininha diariamente fazia o caminho para a escola sozinha e a pé.

Naquela manhã, apesar do mau tempo, do vento forte e das nuvens ameaçadoras, ela seguiu em direção à escola.

Ao longo do dia, o vento foi aumentando. Formou-se uma tempestade com muitos raios e trovões.

A mãe pensou que sua filha poderia sentir medo de voltar sozinha em meio ao temporal. Afinal, ela mesma estava bastante assustada.

Preocupada, ela entrou em seu carro e dirigiu, em meio à tempestade, para apanhar a filha na escola.

Não demorou muito, e ela avistou a sua filha andando pela estrada.

Chamou-lhe a atenção, no entanto, o fato de que, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria.

Outro e outro relâmpago. E ela sempre parava, olhava para cima e sorria.

Finalmente, a menina entrou no carro. A mãe, curiosa, foi logo perguntando: Filha, o que você estava fazendo?

E a garotinha, alegre e despreocupada, respondeu: Eu estava sorrindo. Deus não para de tirar fotos minhas!

O sonho de Rafaela

Rafaela era uma camponesa muito pobre que vivia em uma rústica região italiana.

Ela tinha uma filha de nome Adda, a qual desencarnara com aproximadamente três anos de idade.

Decorridos seis meses do falecimento, a mãe não se conformava e se sentia injustiçada pelos céus.

Mas, certa noite, ela teve um sonho que reformulou sua percepção a respeito do ocorrido.

No sonho, ela fora convidada para uma festa que se realizaria em um local próximo do céu.

Muitas crianças compareceriam no evento para se divertir.

Quando ela chegou, ficou extasiada.

Tudo era muito belo e as crianças dançavam e cantavam, bastante alegres.

Todas as crianças tinham asas reluzentes e Rafaela as contemplava embevecida.

Entretanto, ficou muito surpresa ao notar sua própria filha sentada em um canto.

A menina estava triste e chorosa, com roupas e asas molhadas, pesadas e sem brilho.

A mãe indagou à filha o que aquilo significava, pois ela sempre fora muito alegre.

A pequena Adda disse que não poderia brincar com as outras crianças, mesmo se quisesse.

A pobre camponesa ainda argumentou que a filha tinha asas, era um anjo e deveria voar com alegria.

A menina esclareceu que não podia voar, pois estava toda molhada, com as asas pesadas e coladas no corpo.

A mãe se dispôs a ajudar, como fosse possível, pois queria que a filha fosse feliz e pudesse brincar.

Adda afirmou que a culpada de tudo era a própria Rafaela.

Com sua grande tristeza e suas blasfêmias contra Deus, a mãe a mantinha colada a si e a impedia de voar.

O excesso de mágoas de Rafaela aprisionava a pequena Adda e as lágrimas que vertia sem cessar molhavam suas asas.

Aterrada, a pobre camponesa compreendeu que estava prejudicando a filha, ao não acatar a Vontade Divina.

Prometeu que não mais choraria e nem reclamaria, pois queria que a menina fosse livre e feliz.

Ao acordar, tomou-se de grande felicidade pela certeza de ter visto e falado com sua filha.

Chamou as amigas e relatou o sonho.

Também tratou de relatá-lo a outra mãe que havia perdido um filho recentemente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CICATRIZES DO AMOR

Um menino tinha uma cicatriz no rosto,
as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado,
na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia.

Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não freqüentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.

A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:

Que não poderia tirar o menino do colégio,
e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula,
e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino,
a não ser que olhassem para trás.

O professor achou magnífica a idéia da diretoria,
sabia que os alunos não olhariam mais para trás.

Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio,
com uma condição:

Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula,
para dizer o por quê daquela CICATRIZ.

A turma concordou,
e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:

- Sabe turma eu entendo vocês,
na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:

- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora,
eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silencio atenta a tudo .

O menino continuou: além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.

Silêncio total em sala.

-... Foi aí que não sei como,
a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente...

Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar,
pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama.
Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali,
não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:

- " Minha filhinha está lá dentro!"
Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava,
mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...

Foi aí que decidi.
Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar.
Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa.
Havia muita fumaça, estava muito quente,
mas eu tinha que pegar minha irmãzinha.
Eu sabia o quarto em que ela estava.

Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito...
Neste momento vi caindo alguma coisa,
então me joguei em cima dela para protegê-la,
e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...

A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada então o menino continuou:
Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR.

Vários alunos choravam,
sem saberem o que dizerem ou fazerem,
mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.

Para você que leu esta história,
queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZ.

Não falo da CICATRIZ visível mas das cicatrizes que não se vêem,
estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas,
seja com palavras ou nossas ações.

Há aproximadamente 2000 anos JESUS CRISTO,
adquiriu algumas CICATRIZES em suas mãos, seus pés e sua cabeça.

Essas cicatrizes eram nossas,
mas Ele, pulou em cima da gente,
protegeu-nos e ficou com todas as nossas CICATRIZES..

Essas também são marcas de AMOR.

Vidros coloridos

Conta-se que, há muito tempo, um habilidoso calculista persa, chamado Beremiz Samir, prestava serviços de secretário a um poderoso Vizir.

Sua capacidade de raciocínio matemático a todos causava profundo espanto. Ele era capaz de, em poucos segundos, elaborar cálculos de extrema complexidade, resolvendo questões intrigantes.

Formulava, às vezes, sobre os acontecimentos mais banais da vida, comparações inesperadas, que denotavam grande agudeza de espírito e raro talento matemático.

Sabia, também, contar histórias e narrar episódios, que muito ilustravam suas palestras, por si só atraentes e curiosas.

Em função disso, a fama de Beremiz ganhou excepcional realce.

Na modesta hospedaria em que vivia, os visitantes e conhecidos não perdiam a oportunidade de lisonjeá-lo, com repetidas demonstrações de simpatia e de consideração.

Além disso, diariamente o calculista via-se obrigado a atender a dezenas de consultas.

Todos o buscavam a fim de obter as mais variadas orientações e conselhos. Beremiz os atendia sempre com paciência e bondade.

Esclarecia a alguns, dava conselhos a outros.

Procurava destruir as superstições e crendices dos fracos e ignorantes, mostrando-lhes que nenhuma relação poderá existir, pela vontade de Deus, entre os números e as alegrias, tristezas e angústias do coração.

E procedia dessa forma, guiado por elevado sentimento de altruísmo, sem visar lucro ou recompensa.

Recusava sistematicamente o dinheiro que lhe ofereciam e, quando um rico insistia em pagar a consulta, Beremiz recebia a bolsa cheia, agradecia e mandava distribuir integralmente a quantia entre os pobres do bairro.

Certa vez, um mercador, chamado Aziz, empunhando um papel cheio de números e contas, veio queixar-se de um sócio a quem tratava de ladrão miserável e outros qualificativos não menos insultosos.

Beremiz tentou acalmar o ânimo exaltadíssimo do homem e chamá-lo ao caminho da mansidão.

Aproximou-se e falou-lhe calmamente:

Acautelai-vos contra os juízos arrebatados pela paixão, porque esta desfigura muitas vezes a verdade.

Aquele que olha por um vidro de cor, vê todos os objetos da cor desse vidro: se o vidro é vermelho, tudo lhe parece rubro; se é amarelo, vê tudo amarelado.

A paixão está para nós como a cor do vidro para os olhos.

Quando alguém nos agrada, é fácil desculpar; se, ao contrário, nos aborrece, condenamos ou interpretamos de modo desfavorável.

A seguir, examinou com paciência as contas e descobriu nelas vários enganos que desvirtuavam os resultados.

Aziz certificou-se de que havia sido injusto para com o sócio, e tão encantado ficou com a maneira inteligente e conciliadora de Beremiz, que saiu dali com o coração modificado.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bolero White Flower - Disponível - Peça Única

Bolero White Flower - Disponível - Peça Única

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Bolero White Flower - Disponível - Peça Única

Bolero feito em crochet com linha de algodão com motivos florais ,tamanho 40/42.
Peça única, super prático para dar um charme no seu visual.
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Oi Jesus, eu sou o Zé...

Cada dia, ao meio dia, um pobre velho entrava na igreja e, poucos minutos depois, saía. Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia, pois havia objetos de valor na igreja.

Venho rezar, respondeu o velho.

Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.

Bem, retrucou o velho, eu não sei rezar aquelas orações compridas. Mas todo dia, ao meio dia, eu entro na igreja e falo:

"Oi Jesus, eu sou o Zé. Vim visitar você."

Num minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.

Alguns dias depois, Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital. Na enfermaria, passou a exercer grande influência sobre todos.

Os doentes mais tristes tornaram-se alegres e, naquele ambiente onde antes só se ouviam lamentos, agora muitos risos passaram a ser ouvidos.

Um dia, a freira responsável pela enfermaria aproximou-se do Zé e comentou: Os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre, Zé...

O pobre enfermo respondeu prontamente: É verdade, irmã. Estou sempre muito alegre! E digo-lhe que é por causa daquela visita que recebo todos os dias. Ela me faz imensamente feliz.

A irmã ficou intrigada. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Aquele velho era um solitário, sem ninguém.

Quem o visita? E a que horas? perguntou-lhe.

Bem, irmã, todos os dias, ao meio dia, Ele vem ficar ao pé da cama por alguns minutos, talvez segundos... Quando olho para Ele, Ele sorri e me diz:

"Oi Zé, eu sou Jesus, vim te visitar".



A história é singela e seu autor é desconhecido.

No entanto, o ensinamento que contém nos faz refletir profundamente.

Fala-nos da fé, da simplicidade, da dedicação e da perseverança.

Quem de nós dispõe, como o Zé, diariamente, de alguns minutos para falar com Jesus?

Muitos ainda confundimos a oração com um amontoado de palavras que vão saindo da boca, destituídas de sentimento e de humildade.

Quantos de nós temos tal perseverança, tanto nas horas de alegria quanto nas de dor, para elevar o pensamento a Jesus, confiando-lhe a nossa intimidade, com a certeza de que Ele nos ouvirá?

A oração é uma ponte que se distende da alma opressa para que o alívio possa chegar.

É o fio misterioso, que nos coloca em comunhão com as esferas divinas.

É um bálsamo que cura nossas chagas interiores.

É um templo, em cuja doce intimidade encontraremos paz e refúgio.

Enfim, para as sombras da nossa alma, a oração será sempre libertadora alvorada, repleta de renovação e luz.

É importante que cultivemos a fé inabalável nas soberanas leis que regem a vida e das quais o Sublime Galileu nos trouxe notícias.

É preciso orar, ainda que a nossa oração seja singela, mas que seja movida pelo sentimento.

"Vergonha de ser honesto"

O brasileiro Rui Barbosa, grande jurista e diplomata, notável escritor, além de extraordinário orador, deixou um escrito que nos faz refletir sobre a atual situação da nossa sociedade.

Escreveu ele: "de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto..."

A indignação de Rui Barbosa, ainda que tenha sido há muito tempo, faz sentido e é digna de nossas reflexões.

Pessoas que se deixam levar pela opinião da maioria, facilmente se enredam na desonestidade com a justificativa de que “todo mundo faz”.

Esse é um lamentável equívoco, fácil de perceber com algumas reflexões.

Considere que você é um espírito livre e independente, que sobrevive à morte do corpo físico, e que receberá das leis da vida, conforme suas obras.

Considere, ainda, que você chegou ao mundo só, e só retornará, quando chegar a sua hora.

Você, e somente você, responderá por suas ações, ninguém mais.

Mesmo que “todo mundo faça”, cada um será responsabilizado, individualmente, diante da própria consciência.

Dessa forma, não permita que essa onda de desonestidade e corrupção, que assola grande parte da população, arraste você também para o lodaçal.

Lembre-se de que diante da sua consciência você estará sempre só, sem testemunha de defesa, a não ser seus atos nobres.

Não vale a pena abrir mão do único patrimônio que realmente lhe pertence, que é a honradez, por algum dinheiro ou benefício escuso, que terá que deixar na aduana do túmulo.

A dignidade é o patrimônio mais valioso que alguém pode ter. Não o desperdice com coisas efêmeras que pertencem à terra.

E o que é mais interessante, é que até as pessoas desonestas preferem contar com pessoas dignas, em quem possam confiar... Estranho paradoxo!

Por mais que se diga que a desonestidade está em alta, temos visto verdadeiros impérios desabando por causa da falta de ética.

Temos visto empresas e instituições de prestígio, bancos sólidos, vindo abaixo por forjar resultados, fraudar documentos, enganar, extorquir...

Empresas que não trabalham com transparência estão perdendo seus investidores, que preferem apostar numa relação de confiança.

Pode-se perceber que no meio econômico a confiança ainda é o capital que mais atrai e multiplica o dinheiro.

Ninguém, em sã consciência, investe em instituições ou empresas nas quais não confia.

E é importante lembrar que as empresas são dirigidas por pessoas. E são as pessoas que dão confiabilidade ou não aos negócios.

Portanto, é sempre o indivíduo o portador dos valores morais capazes de gerar confiança, a única base capaz de sustentar tanto os negócios quanto as amizades.

Sem dúvida essas reflexões são oportunas e devem nos fazer pensar a respeito.

Afinal, se a desonestidade se tornar regra geral de conduta, o que será da nossa sociedade?

Portanto, vergonha de ser honesto: jamais!

Pense nisso, e não contribua para turvar o lago da esperança com os detritos da desonestidade.

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma razão para viver

Por que você nasceu? Já se fez essa pergunta alguma vez?

Se já pensou sobre isso e ainda não teve resposta, preste atenção nesta história.

Trata-se de uma velhinha que havia perdido toda sua família na guerra. Vendeu a grande casa que possuía e morava agora num pequeno cômodo no canto da sua antiga propriedade.

Um dia ela soube que um jovem de dezessete anos tentara o suicídio jogando-se no mar.

O rapaz era metade negro, metade japonês e fora salvo pela polícia, contra sua vontade. Estava cheio de ódio, revolta e total desespero.

A velhinha foi à polícia e pediu permissão para ver o moço. Tendo em conta a pessoa que era, os policiais a deixaram falar com ele.

Menino, disse ela. O rapaz voltou-lhe a face mas permaneceu sentado, feito pedra, indiferente a tudo e a todos.

A velhinha tornou a lhe falar, suavemente, lentamente, e com muito carinho: Menino, então você não sabe que veio ao mundo para algo maravilhoso, que só você pode fazer?

Depois de ter repetido isso várias vezes, Jorge voltou-se subitamente para ela e perguntou com ironia: Um negro? Um filho que não tem pais?

Calmamente a velhinha insistiu: Porque é negro, porque não tem pais, é que pode fazer algo maravilhoso.

O jovem riu e considerou: Sim, é claro. E a senhora quer que eu acredite nisso?

Mas a senhora não se perturbou e falou-lhe novamente: Venha comigo e eu lhe mostro.

O rapaz, um tanto desconfiado, resolveu acompanhá-la. Afinal, não tinha para onde ir...

Ela o levou para seu pequeno cômodo e pediu-lhe que cuidasse do jardim. Era uma vida simples, mas aquela mulher o tratava com muito amor.

Pouco a pouco a revolta começou a ceder. A velhinha lhe deu sementes de rabanete e lhe pediu que semeasse. Ele atendeu.

Em dez dias as plantinhas brotaram. Jorge começou a assobiar. Poucos dias depois os rabanetes apareceram e com eles a velhinha fez conservas deliciosas e deu de comer ao seu jovem amigo.

Um dia, com um pedaço de bambu, ele fez uma flauta. Passou a tocar e alegrar sua própria vida e dar grande felicidade à velhinha..

Pouco tempo depois, sua avó adotiva o fez matricular-se no colégio. Durante os quatro anos do ginásio continuou a plantar vegetais, e ajudava também fazendo artigos de couro.

Enquanto frequentava a Universidade à noite, Jorge ajudava nas obras do metrô. Formou-se e foi trabalhar numa escola para cegos.

Seus alunos tocavam com as mãos os ombros fortes e jovens de Jorge e diziam: Oh, você é tão grande, tão forte! É porque seu peito é largo que você tem fôlego para tocar a flauta, não é? Quando você toca, consigo entender a forma e as cores de uma porção de coisas.

Após ouvir aquelas coisas dos seus alunos cegos, Jorge finalmente chegou em casa e falou à velhinha: Agora realmente acredito que há algo maravilhoso que só eu posso fazer.

E aquela senhora, de cabelos alvos, respondeu: Sim, meu filho, todos nós temos uma razão para viver. Todos nascemos para uma tarefa muito especial que só nós podemos executar.

E, por fim, perguntou ao jovem: E se você não fosse negro e não fosse órfão, será que teria compaixão dos que não enxergam?

Realidade Divina

Narra o gênio francês Victor Hugo que na França de 1815, vivia no sudeste daquele país, numa pequena cidade chamada Digne, um bispo de notáveis qualidades morais.

Monsenhor Bienvenu, como era conhecido, vivia no Palácio Episcopal.

Certo dia, quando caminhava a passos largos pela estrada, percebeu que, em sentido contrário, vinha uma carruagem.

Pouco depois, quando ela parou ao seu lado, ele pôde perceber a figura de um ex-senador do império de Napoleão, agora detentor do título de Conde.

Aonde vai, Monsenhor, com tanta pressa? Perguntou o Conde.

Atender a um chamado. Vou ao encontro de um pobre homem que me informaram se encontra à morte.

Ora, Monsenhor, lhe falou o Conde, o senhor é uma figura muito importante do clero francês. Não deveria estar se preocupando com pobres e criminosos. Não deveria andar a pé, pelas estradas poeirentas. Deveria dispor de sua própria carruagem.

O velho bispo o interrompeu, dizendo:

Não se preocupe, senhor Conde. Faço o que posso por aqueles que não gozam da assistência dos homens. Eles precisam do amparo de Deus.

É mesmo, atalhou o nobre. Na verdade, só os pobres precisam de Deus.

E debochando, falou:

Pelo jeito, se Deus não existir, vamos ter que dar um jeito e inventá-Lo, não é mesmo?

O religioso ignorou a observação e prosseguiu no seu caminho.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?