segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A alegria dos outros

Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:
Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.

sábado, 29 de outubro de 2011

Crônica de Martha Medeiros

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos..

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado)

podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sem lenha o fogo apaga

Seis homens ficaram presos numa caverna gelada
por causa de uma avalanche de neve.

O socorro só viria ao amanhecer.
Cada um deles trazia um pouco de lenha, mas,
quando a equipe de resgate chegou a fogueira estava
apagada e eles, mortos, congelados, cada qual abraçado
ao seu feixe de lenha.

Os soldados não entenderam o que se passou naquela caverna,
mas, se eles pudessem voltar no tempo e ler o pensamento
daquelas pessoas, talvez ficassem mais uma vez surpresos
com a raça humana:

O preconceituoso pensava:
Jamais darei minha lenha para aquecer essa gente esquisita!

O rico avarento pensava:
Vou ser o último a queimar minha lenha.
Quem sabe, até posso vendê-la para esses otários.
Vai valer uma boa grana.
É a lei da oferta e procura.

O forte pensava:
Não vou dar a minha lenha para aquecer esses fracotes.
Eles que façam ginástica até o amanhecer, se quiserem
se manter aquecidos.

O fraco pensava:
É bem provável que eu precise desta lenha para me defender.

O sabe-tudo pensava:
Esta nevasca vai durar vários dias.
Vou guardar minha lenha por enquanto.

O alienado: … (não pensava nada, especificamente).

Por fim, um dos soldados desabafou:
– Acho que não foi o frio de fora que os matou;
acho que foi o frio de dentro.
O frio do coração.
O frio da alma.

“Não deixe que o frio deste mundo mate você.

Abra o seu coração e seja o primeiro a ceder
a seu feixe de lenha, para manter a fogueira acesa”.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Escondido na Penumbra

O famoso pintor holandês Rembrandt em seu quadro
da crucificação consegue inicialmente atrair a sua atenção
para a cruz e para Jesus.

Logo os seus olhos serão atraídos para a multidão reunida
ao redor da cruz.

O que mais se destaca são os rostos daqueles responsáveis
pela crucificação do Filho de Deus.

Finalmente os seus olhos perceberão na margem da pintura
um outro personagem escondido na penumbra.

A história nos informa que ali está um auto-retrato de Rembrandt!
Ele reconhecia assim que os seus pecados também ajudaram
a pregar Jesus naquela cruz.

Alguém pode muito facilmente dizer que Jesus morreu por
todos os pecadores.
Isto é muito diferente de alguém dizer que Cristo morreu
por causa dos seus pecados.

É muito fácil condenarmos aqueles que crucificaram Jesus.
Podemos até ficar um pouco assustados quando percebemos
que temos a capacidade de ser tão indiferentes quanto Pilatos
lavando as mãos, ardilosos como os religiosos da época,
rudes como os soldados, inconseqüentes como a multidão
e covardes como os discípulos.

Nestes dias em que celebramos a Páscoa não pense apenas
no que eles fizeram com Jesus – eu e você também pregamos
Jesus naquela cruz!

Nós fazemos parte daquela multidão que gritava – “Crucifique!”

Pense de novo na pintura de Rembrandt.
Se você olhar com cuidado verá que nas sombras daquela pintura
está o pintor, eu, você, … neste momento especial você poderá
dizer de todo o coração:

Ele morreu por mim!

É por isto que a Bíblia nos fala que

“Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu
por nós sendo nós ainda pecadores.”

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sou o que somos

Todos temos sempre algo mais a aprender. Não somos pessoas acabadas às quais nada mais possa ser acrescentado.
É por isso que os que temos ouvidos de ouvir e olhos de ver nos encantamos com as pérolas que descobrimos em toda parte.
Quando menos se espera, eis uma preciosidade a se apresentar.
Não foi diferente com um antropólogo que foi à África com o objetivo de estudar usos e costumes tribais. Concluída sua tarefa, aguardava o transporte que o conduziria ao aeroporto, de retorno ao lar.
Observando as crianças que brincavam, resolveu propor uma brincadeira-desafio.
Adquiriu doces variados e os colocou em um cesto, com um belo laço de fita, debaixo de uma árvore.
Aí, chamou as crianças e lhes disse que quando ele gritasse a palavra: Já!, elas deveriam correr até o cesto.
O vencedor ganharia todas as guloseimas que ele continha.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse Já!, elas se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e lhes perguntou por que tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?
* * *
Ubuntu é uma antiga palavra africana, cujo significado é humanidade para todos. Ubuntu também quer dizer sou o que sou devido ao que todos nós somos.
Que bela filosofia! Totalmente acorde ao amor ao próximo como a si mesmo, ensinado por Jesus.
Como posso ser feliz tendo tanto se meu irmão padece fome e frio?
Como posso ser feliz enquanto meu irmão padece por falta de medicamentos?
Por que devo desejar tudo para mim e não deixar nada para meu irmão?
Verifiquemos como, em tantas oportunidades, nós mesmos, na qualidade de pais, incentivamos nossos filhos a apanharem tudo que podem para si.
Basta que recordemos das festinhas, onde são distribuídos brindes e guloseimas.
Alguns pais chegam a entrar na brincadeira para conseguir algo mais para os seus filhos.
Estamos incentivando o egoísmo em detrimento do amor ao próximo, do partilhar, do ficar feliz repartindo com o outro.
Isso é um grande promotor do tudo para mim, sem me importar com o semelhante.
Pensemos nisso e principiemos a vivenciar mais o partilhar, o dividir, ensinando, ao demais, nossos filhos, desde pequeninos, a assim proceder.
Recordemos que todos ansiamos por um mundo melhor, mais justo. Façamos a nossa parte, desde o hoje.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Padre CORAJOSO

O Ministério Público Federal de São Paulo ajuizou ação pedindo a retirada dos símbolos religiosas das repartições publicas.
Pois bem, veja o que diz o Frade Demetrius dos Santos Silva.
... Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas…
...
Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!
Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são

barganhadas, vendidas e compradas.

Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
Não quero ver, também, a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados.

Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais,onde pessoas pobres morrem sem atendimento.
É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças, das misérias e sofrimentos dos pequenos, dos pobres e dos menos favorecidos.

Frade Demetrius dos Santos Silva
* São Paulo/SP

domingo, 23 de outubro de 2011

Riscos - Festividades


















Anjos de guarda

Quem cuida de seu filho quando ele não está sob seus olhos?
Você diz que, na escola, os professores são os responsáveis; que em seu lar, você tem uma babá igualmente responsável.
Enfim, você sempre acredita que alguém, quando você não estiver por perto, estará de olho nele.
Parentes, amigos, contratados à parte, há, também, uma proteção invisível que zela por seu filho.
Você pode dizer que é seu anjo de guarda, seu anjo bom. A denominação, em verdade, não importa.
O que realmente se faz de importância é esta certeza de que um ser invisível debruça sua atenção sobre seu filho, onde quer que ele esteja.
E também sobre você. Não se trata de uma teoria para consolar as mães que ficam distantes de seus filhos longas horas.
Ou para quem caminha só nas estradas do mundo. Refere-se a uma verdade que o homem desde muito tempo percebeu.
Basta que nos recordemos de gravuras antigas que mostram crianças atravessando uma ponte em mau estado, sob o olhar atento de um mensageiro celeste.
Ou que evoquemos o livro bíblico de Tobias, onde um anjo acompanha o jovem em seu longo itinerário, devolvendo-o ao pai zeloso, são e salvo.
É doce e encantador saber que cada um de nós tem seu anjo de guarda. Um ser que lhe é superior, que o ampara e aconselha.
É ele que nos sussurra aos ouvidos: Detenha o passo! Acalme-se! Espere para agir!
Ou nos incentiva: Vá em frente! Esforce-se! Estou com você!
É esse ser que nos ajuda na ascensão da montanha do bem. Um amigo sincero e dedicado, que permanece ao nosso lado por ordem de Deus.
Foi Deus quem aí o colocou. e ele permanece por amor a Deus, desempenhando o que lhe constitui bela, mas também penosa missão.
Isso porque em muitas ocasiões, ele nos aconselha, sugere e fazemos ouvidos surdos. Ele se entristece, nesses momentos, por saber que logo mais sofreremos pela nossa rebeldia.
Mas não afronta nosso livre-arbítrio. Permanece à distância, para agir adiante, outra vez, em nova tentativa.
Sua ação é sempre regulada, porque se fôssemos simplesmente teleguiados por ele não seríamos responsáveis pelos nossos atos.
Também não progrediríamos se não tivéssemos que pensar, reflexionar e tomar decisões.
O fato de não o vermos também tem um fim providencial. Não vendo quem o ampara, o homem confia em suas próprias forças.
E batalha. Executa. Combate para alcançar os objetivos que pretende.
Não importa onde estejamos: no cárcere, no hospital, nos lugares de viciação, na solidão, ele sempre estará presente.
Esse anjo silencioso e amigo nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, na vida espiritual.
E mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.

sábado, 22 de outubro de 2011

Riscos - Ladies












Oração atendida

Será que Deus atende mesmo a todas as orações? Jesus nos afirmou que tudo o que pedíssemos ao Pai em Seu nome, Ele nos concederia.
Mesmo assim, a debilidade da nossa fé, vez ou outra, faz com que nos perguntemos: Será que atende?
Afinal, quantos de nós já fizemos rogativas ao Criador, que jamais foram atendidas?
Será preciso algum detalhe que nos possibilite ser atendidos por Deus?
Os mais revoltados, ante seus problemas não solucionados pela Divindade, chegam a admitir a parcialidade Divina que atende a uns e não atende a outros.
Contudo, não é assim. Ocorre que, inúmeras vezes, não nos apercebemos que Deus nos responde, embora nem sempre da forma que desejamos.
Mas, com certeza, sempre é o melhor que o Pai dispõe.
Recordamo-nos de um soldado americano, ferido durante a Guerra Civil. Após o ferimento, seguiram-se meses e meses de sofrimentos. A sua dor atingiu o auge quando ele se deu conta de que havia se tornado um deficiente físico.
No entanto, a transformação radical em sua vida lhe abriu novos horizontes que ele sintetizou em uma oração.
Oração que talvez se constitua em uma das mais belas páginas escritas por um deficiente físico.
Conforme a tradução livre, do original inglês, diz ele:
Pedi a Deus que me desse forças, para tudo conseguir...
Fui feito fraco para aprender a obedecer.
Pedi a Deus a saúde para realizar coisas grandiosas...
Fui feito doente para realizar coisas difíceis.
Pedi a Deus por riquezas, para comprar felicidade...
Fui feito pobre, para vender sabedoria.
Pedi a Deus que me concedesse poder, para que os homens necessitassem de mim...
Fui feito insignificante, para sentir a necessidade de Deus ...
Pedi a Deus por tudo isso, para poder gozar a vida...
E Deus me deu a vida para poder avaliar seu gozo.
Não recebi nada do que pedi, mas obtive tudo aquilo que esperava ganhar.
A despeito dos meus erros, as preces que não fiz foram atendidas.
E, dentre todos os homens, eu me considero o mais ricamente abençoado.
* * *
O entendimento do soldado ferido que se tornou um paralítico anônimo nos dá a tônica de como Deus ouve nossas preces e as atende, sempre de acordo com o que seja melhor para nós.
Afinal, muitas vezes passamos a valorizar as pequeninas e preciosas coisas da vida, quando elas nos são retiradas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A LIÇÃO DO RATO

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa!!

A galinha:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e:
- Há ratoeira na casa, ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca e:
- Há ratoeira na casa!
- O que? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.


Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.

O problema de um é problema de todos!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Flua como Rio

Algumas regiões do Nordeste de nosso país estão em estado de alerta
devido a sequidão e a falta de perspectiva de chuvas.

É aterrador ver as imagens veiculadas pela imprensa mostrando rios e
açudes totalmente secos e o solo totalmente rachado pelo sol escaldante.

O pouco de água que existe em alguns lugares tem sido usado para as
necessidades mais básicas, e é notável o sofrimento e aflição daquele povo
que tenta sobreviver de uma forma sub-humana bebendo água enlameada.

Como conseguem viver indagam alguns?
Como conseguem beber aquela água?
Por que eles não saem daquela região?
Por que as autoridades não tomam uma providência a estes sofridos irmãos
nordestinos?

Seja lá qual for a indagação o certo é que vendo uma situação destas todas
as pessoas "humanas" sentem-se incomodadas diante de tal tragéia.
E os questionamentos são inevitáveis.
Como cristão temos que nos preocuparmos com as vidas que lá sofrem.

Também a pessoas que estão vivendo dentro de si a maior sequidão de sua
vida, sem expectativas de mudanças.

Estão com a alma desidratada e o coração rachado com terra seca.
Pessoas que fluíam como rios estão secas e desesperadas numa contagem
regrassiva para a última gota de esperança.

Gente do bem que se decepcionou com a religião, com a igreja, que se traumatizou
diante do não acontecido que fora prometido por alguns "pastores", gente
escandalizada, gente sugada inescrupulosamente, tratada como fonte de
recursos.

Gente que secou a alma num evangelho que se descambou na barganha
com Deus, que rachou o coração em igrejas que mais parecem organizações
bem administradas do que igrejas dirigidas pela Bíblia, que cresceram em
tamanho, porém tornaram-se nanicas na fé, no amor, na unção e no poder
de Deus.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

20 ANOS CEGO

Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e ambos se amavam muito.
Eram felizes. Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa
quando começa a pegar fogo na cozinha
e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua

procura, quando a vê coberta pelas chamas e

imediatamente tenta ajudá-la.
O fogo também atinge seus braços e,
mesmo em chamas,
consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros
já não havia muito da casa,
apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo,
onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo
aquele senhor menos atingido pelo fogo
saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada,
pensava em não viver mais,
pois estava toda deformada,
queimara todo o seu rosto.
Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
-Tudo bem com você meu amor?
-Sim, respondeu ele,
pena que o fogo atingiu os meus olhos
e não posso mais enxergar,
mas fique tranqüila amor
que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
"Como Deus é bom,
vendo tudo o que aconteceu a meu marido,
tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim.
As chamas queimaram todo o meu rosto
e estou parecendo um monstro.
E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim,
como um monstro
Obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados milagrosamente,
voltaram para uma nova casa,
onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo,
e o esposo agradecido por tanto amor,
afeto e carinho,
todos os dias dizia-lhe:
-COMO EU TE AMO.
Você é linda demais.
Saiba que você é e será sempre,
a mulher da minha vida!
E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer.
No dia de seu enterro,
quando todos se despediam da bondosa senhora,
veio aquele marido com os olhos em lágrimas,
sem seus óculos escuros
e com sua bengala nas mãos.
Chegou perto do caixão,
beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
-"Como você é linda meu amor, eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena
um amigo que esta ao seu lado
perguntou se o que tinha acontecido era milagre.
Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.
O velhinho olhando nos olhos do amigo,
apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face:
-Nunca estive cego,
apenas fingia,
pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada,
sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira.
Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.
E emocionou a todos os que ali estavam presentes.
CONCLUSÃO
Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil ...
E, para sermos felizes,
temos de fechar os olhos para muitas coisas,
mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?