sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Suave convite


Nos tempos modernos, torna-se cada vez mais frequente o surgimento de transtornos emocionais e diversos tipos de fobias e angústias sociais.

Isso demonstra o grau de infelicidade de muitas criaturas.

Tem sido comum a alma humana buscar o alento e apoio nas coisas materiais ou nas pessoas.

Viagens, compras, jogos de azar, entrega às fartas mesas e à embriaguez, férias prolongadas – tudo constitui um caminho comum na busca incessante de se equilibrar emocionalmente.

A desilusão é certa quando se busca o alívio em algo material.

Com o tempo, tudo isso leva ao enfado e ao descontentamento.

As amizades, quando não são sinceras, se esvaem com o tempo.

As variadas terapias que temos à disposição, muitas vezes não trazem o resultado que o indivíduo busca.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Prece eficaz



Em sua passagem pelo mundo, Jesus se notabilizou pela pureza, pela bondade e pela sabedoria.

A meditação sobre Sua vida é sempre salutar.

Um aspecto interessante para refletir consiste no hábito que Jesus tinha de orar.

Nas mais diversas oportunidades, buscava se conectar com o Pai.

A pedido dos Apóstolos, ensinou-lhes a oração dominical.

Em Suas derradeiras instruções, antes de experimentar o martírio, Ele também tratou da prece.

Disse que, até aquele momento, os discípulos nada haviam pedido em Seu nome.

Mas que, ao pedirem, receberiam, para que sua alegria se cumprisse.

Com base nessa assertiva, muitos cristãos entendem que toda e qualquer oração deve ser atendida.

Não têm pudor de rogar ao Senhor da Vida a satisfação de fantasias e caprichos.

Ou então pedem para que a morte poupe um ente querido.

De outras vezes, rogam para ter vida tranquila, ao abrigo de imprevistos e desastres.

Imaginam que todos os seus problemas se solucionarão, ao simples custo de uma rogativa.

Olvidam a lei do trabalho, para se lançarem no simples petitório.

Desejam facilidades, sucesso sem esforço.

Acreditam que sua condição de cristãos lhes garante uma posição privilegiada no mundo.

Com isso, esquecem outra afirmativa do Messias Divino, no sentido de ser necessário tomar a própria cruz.

Ou seja, esforçar-se para superar os percalços do mundo.

Guardar dignidade frente às tentações.

Servir de exemplo, com uma vida laboriosa e serena.

Na ausência de pronto atendimento a suas rogativas, quedam desalentados.

Entretanto, há um aspecto importante a ser observado.

Jesus prometeu a resposta do céu aos que pedissem em Seu nome.

Por isso mesmo, a alma crente, convicta da sua fragilidade, precisa interrogar a própria consciência.

Deve analisar o conteúdo de suas rogativas ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.

Estará ela suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo?

A título de orar, não estará apenas cultivando o hábito da reclamação?

Pedir, em nome de Jesus, implica aceitar a Vontade Divina sábia e amorosa.

Essa rogativa tão especial pressupõe a entrega do próprio coração.

E quem se entrega ao Divino Amigo sabe se contentar com o necessário que lhe é concedido.

Nessa entrega reside o segredo da compreensão perfeita da sublimidade do amor de Deus.

Ele não envolve Suas criaturas em padecimentos com o propósito de vê-las sofrer.

Experiências dilaceradoras destinam-se a fazer surgir a pureza dos anjos.

Elas propiciam a superação do estágio de infância espiritual.

Chamam a atenção para o que realmente importa: a consciência tranquila, a fraternidade e a fé.

Nisso reside a genuína alegria do cristão, que jamais perece.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Riscos 2












A melhor idade do amor



Sábado, dez horas e vinte e um minutos da manhã. Chuva insistente de outono.Um casal adentra uma panificadora para tomar café.

Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.

Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele.Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.

A diferença de idade é gritante. Não mais de quarenta, ela. Próximo aos oitenta, ele.

Ele olha para fora pela janela entreaberta.

Ela sorri, carinhosa.

Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?

Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.

E você? Onde nasceu?– Volta a inquirir a mulher.

Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.

E o que você lembra de lá?

Ah... Muitas coisas... – Responde ele, com leve sorriso.

Então, silencia. Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste. Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.

Sabe... Acho que tive uma vida feliz...

Ela permanece interessada. Um interesse de primeiro encontro. Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.

Respira fundo. Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.

Você só casou uma vez? – Pergunta ela, com certo embaraço na voz.

Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.

Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente. Esboça um sorriso para disfarçar. Olha para a mesa. Ainda resta um pão.

Pode comer. Já estou satisfeita.

Almoçamos juntos amanhã? – Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.

Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos. Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...

Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...

Não tem problema. – Diz ela, carinhosa. -Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.

Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre. Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não “enferrujar”. – Conclui ele.

É verdade... – Ela suspira. – Precisamos cuidar da memória...

Novamente um longo silêncio entre os dois.

Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.

Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.

Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.

Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:

Pai...Pai... Posso pedir a conta?

Ele acena positivamente. A conta chega. Ela se levanta primeiro, vai em direção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.

Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mais papel de carta










A Vida é Luz e União


Na estrada da vida, uns seguem apoiados nas suas crenças e outros nas crenças de seus semelhantes.

Uns falam de seus ideais politicos e arrastam multidões, outros apoiam-se em doutrinas e instalam-se como deuses das suas próprias Religiões.

Uns falam de Democracia, outros de Capitalismo, outros de Comunismo, e dividem os povos em nome de suas convicções.

Os mais crentes noutras coisas falam das Escrituras e assim uns apoiam-se na Bíblia, outros no Alcorão, outros no Talmude, outros na Torat, outros nos Vedas, etc., e milhões de seres humanos dispersam-se por inúmeros caminhos buscando a Luz ou as 'trevas' ao longo de gerações...

A verdade, porém, é que chegou o tempo de entendermos que Todos Somos Um, a Humanidade é só uma, todos os Povos vivem no mesmo Mundo e se não pararmos com nossas loucuras políticas, religiosas ou outras, cedo virá o dia em que acabaremos todos sepultados nos escombros de nossos erros, dos ódios, do egoismo, do fanatismo, da obstinação, enquanto há um Deus que nos ensina a sermos perfeitos e a entendermos que a Vida é Luz e União...

Na verdade deveriamos todos sermos como as cores do Arco Iris que apesar de serem todas diferentes umas das outras, elas refletem a mesma luz do Sol que lhes dá o tom e a beleza que se apresenta aos nossos olhos.

Os homens escolhem caminhos de divisão (politica, religiosa, étnica, ou outra) mas os Anjos de Deus mostram o caminho da vida inspirando poetas, escritores, mestres, e professores, para a Nova Cultura da Paz, do Amor e da Compreensão

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O PÁSSARO CATIVO - Olavo Bilac

Armas, num galho de árvore, o alçapão. E, em breve, uma avezinha descuidada, batendo as asas cai na escravidão. Dás-lhe então, por esplêndida morada, a gaiola dourada. 
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo. 
Por que é que, tendo tudo, há de ficar o passarinho mudo, arrepiado e triste, sem cantar? É que, criança, os pássaros não falam. 
Só gorgeando a sua dor exalam, sem que os homens os possam entender. 
Se os pássaros falassem, talvez os teus ouvidos escutassem este cativo pássaro dizer: "Não quero o teu alpiste! Gosto mais do alimento que procuro na mata livre em que a voar me viste. 
Tenho água fresca num recanto escuro. 
Da selva em que nasci; da mata entre os verdores, tenho frutos e flores, sem precisar de ti! Não quero a tua esplêndida gaiola! Pois nenhuma riqueza me consola de haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde, construído de folhas secas, plácido, e escondido. Entre os galhos das árvores amigas... 
Solta-me ao vento e ao sol! Com que direito à escravidão me obrigas? Quero saudar as pompas do arrebol!
 Quero, ao cair da tarde, entoar minhas tristíssimas cantigas! Por que me prendes? Solta-me, covarde! Deus me deu por gaiola a imensidade! Não me roubes a minha liberdade... Quero voar! Voar! ..."
Estas coisas o pássaro diria, se pudesse falar. E a tua alma, criança, tremeria, vendo tanta aflição. E a tua mão, tremendo, lhe abriria a porta da prisão...

domingo, 26 de agosto de 2012

papel de carta




















10 características que fazem os vencedores continuarem vencendo



O artigo de hoje foi escrito por Rosabeth Moss Kanter no blog da Harvard Business Review




Após comparar atletas de diversas áreas, descobri que os vendedores possui 10 vantagens importantes criadas pelo seu histórico anterior de vitórias.




1. Bom humor

Claramente todo mundo se sente bem quando ganha, porém as emoções ficam fortes na falha.




Como as emoções afetam a performance, bom humor cria energia física e perseverança para superar obstáculos.




Enquanto perdedores usam qualquer desculpa para parar, vencedores normalmente jogam mesmo quando estão machucados, usando algum tipo de “onda vencedora”.




Cada vez mais os psicólogos descobrem que o humor é contagioso. A comemoração do vencedor se espalha, enquanto a tristeza do perdedor pode ser tóxica.




2. Presença

Não importa se falamos de futebol infantil ou da vida corporativa, perdedores desistem cedo e vencedores ficam mais tempo.




Meus estudos mostram que organizações de sucesso possuem uma taxa menor de faltas e atrasos.




Também há mais colaboração, já que pessoas que passam mais tempo juntas se sentem bem com o que alcançam. Mais tempo juntos aumenta a chance de compartilhamento de informação e mentoria.




3. Aprendizado

Perdedores ficam na defensiva e não querem ouvir sobre suas falhas, por isso evitam receber feedbacks.




Vencedores normalmente gostam de discutir seus erros e aceitam feedbacks, já que eles sabem que isso não os impede de vencer.




Como eles sabem que podem ganhar, eles enxergam o treino como uma rota para o resultado positivo e não como uma punição. Para atletas, treino faz a diferença.




A vitória normalmente é construída no domínio dos detalhes. Comparando nadadores que não se qualificaram para as Olimpíadas com os que conseguiram, vemos que excelência consiste em examinar e melhorar muitos pequenos processos e rotinas.




4. Liberdade para focar

Como todo tenista e jogador de golfe sabe, você precisa manter o olho na bola.




Perdedores normalmente ficam se punindo enquanto vencedores têm menos distrações.




Não é à toa que Tiger Woods ganhou praticamente todos os campeonatos que disputou até criar problemas na vida pessoal, que trouxeram derrotas no campo de golfe.




5. Cultura positiva de respeito mútuo

Ao fazer parte de uma equipe vencedora, fica mais fácil respeitar e ouvir os outros. Afinal, se vocês venceram juntos, todos são bons jogadores.




Vencedores mantém objetivos ambiciosos e agem de forma generosa com os outros. Perdedores normalmente colocam a culpa em alguém, criando uma cultura de apontar erros.




6. Sistemas de suporte sólidos

Atrás de todo atleta ou time de alta performance existe uma equipe de técnicos, amigos e fãs que ajudam na motivação.




A vitória aumenta o ciclo de apoiadores enquanto a derrota reduz o suporte.




Por exemplo, um time universitário que sempre perde provavelmente verá sua torcida o abandonando no meio do jogo. Quando nem a torcida acha que o time pode vencer, como os atletas podem ficar motivados?




7. Melhor exposição

Não é apenas a atenção momentânea da vitória, mas também a história favorável sobre o passado e sobre o futuro.




A vitória gera uma aura de que tudo é próspero enquanto a derrota faz com que analistas busquem fatos no passado que mostrem que a derrota futura pareça inevitável.




8. Convites para as melhores festas

Sério, vencedores são chamados para jantares com o presidente, grandes conferências e eventos. Isso dá acesso a uma rede de relacionamento que ajuda a manter o ritmo do vencedor.




9. Liberdade para treinar

Vencedores possuem maior controle sobre seus destinos. Pensamos: “Pra que mexer em time que está ganhando?”.




Perdedores normalmente recebem “ajuda” na forma de comitês, revisões constantes e outras formas de cobrança. Isso faz com que os perdedores fiquem muito tempo em reuniões de acompanhamento ao invés de ficarem treinando para melhorar sua performance.




10. Continuidade

Perca com certa frequência e cabeças vão rolar, como vemos em diversas empresas. Essa alta rotação custa tempo. Quando mais tempo se gasta substituindo as pessoas, menos tempo para executar uma estratégia. É difícil começar a ganhar enquanto a situação não está estável.




Vencedores possuem o luxo de implementar estratégias de longo prazo e fazer um bom planejamento que não muda toda hora.




Sequências de vitórias normalmente se encerram quando vencedores ficam arrogantes ou quando a concorrência fica melhor. Porém, líderes podem aproveitar as vantagens em um time vencedor para encorajar um espírito positivo, disciplina focada, respeito, atenção aos detalhes e criação de sistemas que fazem com que os sucessos anteriores aumentem a chance de sucessos no futuro.




O que acham do meu Naninha Cachorrinho?