Filipe Bonavina escreveu essa carta resposta para o ex-general José Benedito de Barros Moreira. Em entrevista o general disse que o Brasil precisava construir uma bomba atômica para conseguir respeito. Como ele não conseguiu o e-mail dele, resolveu mandar para o seu site, quem sabe alguém lê e pensa um pouco!
Caro Senhor Ex-General José Benedito de Barros Moreira
Em entrevista, o senhor afirmou que "Nós temos de ter no Brasil a possibilidade futura de, se o Estado assim entender, desenvolver um artefato nuclear. Não podemos ficar alheios à realidade do mundo." Visto que este fato indignou milhões de pessoas, inclusive políticos, eu gostaria de esclarecer algumas coisas. Apoiar a idéia do Ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, não foi uma boa maneira de dizer que o Brasil precisa impor mais respeito. No entanto, se o Brasil dominasse a tecnologia nuclear poderia usar este recurso para outros meios.
Uma bomba atômica é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso — uma única bomba é capaz de destruir uma cidade grande inteira. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerras, ambas pelos Estados Unidos contra o Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial (consistindo em um dos maiores ataques à uma população civil, quase 200 mil mortos, já ocorridos na história). O dano difere de acordo com o tamanho da Bomba. A energia liberada na explosão segue a equação de Einstein, E=mc², onde E é a energia liberada, m é a massa da bomba que “some” na explosão e c é a velocidade da Luz. Oficialmente, a mais poderosa bomba detonada foi de 57 Megatons - conhecida como Tsar Bomba - em um teste realizado pela URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) em outubro de 1961. Esta bomba tinha mais de 5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima, e maior poder explosivo que todas as bombas usadas na II Guerra Mundial somadas (incluindo as 2 bombas nucleares lançadas sobre o Japão). Podemos lembrar que as bombas jogadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki mataram quase 200 mil pessoas, e dizem que até hoje os povos dessas regiões sofrem com a radiação local.
O Brasil tem a capacidade de impor qualquer tipo de respeito a qualquer país, seja ele da América ou não.
Poderíamos por exemplo ter preservado melhor as nossas matas, pois possuímos 20% da biodiversidade mundial, sendo exemplo desta riqueza a Floresta Tropical Amazônica, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados, tendo em vista que alguns países invejam nossa riqueza natural e queiram possuir parte desta. Porém, ao invés disso, o governo resolve privatizar parte desta área para empresas, assim elas podem aproveitar tudo que a natureza, nesta região, oferece, como a madeira das árvores, substituindo-as por pasto. Sem pensar que na região há uma enorme biodiversidade e há muitas espécies de animais raros, e ainda que o homem estaria contribuindo para o aquecimento global fazendo as queimadas, o país perde o respeito do restante do mundo.
Poderíamos ser mais respeitados por sermos uma das sociedades mais multirraciais do mundo, sendo formada por descendentes de europeus, indígenas, africanos e asiáticos. No entanto o que vemos é cada vez mais desigualdade e um preconceito com a população que parte do próprio governo, que considera uma família miserável aquela que tem renda inferior a R$ 125,00 mensais por pessoa. É certo dizer que o país atualmente estaria com uma nota de 0,800 no IDH (Indice de Desenvolvimento humano), visto que a nota é dada de 0(zero) à 1(um), mas este número certamente subiria se ao invés de aumentar salários políticos, os políticos aumentassem o salário mínimo. Com isto, com certeza o Brasil perde o respeito lá fora, sendo este um país atualmente “mal visto”, como afirma o senhor, ao dizer que precisamos impor respeito.
Com um PIB anual superior a 800 bilhões de dólares o Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo. No ano de 2007 as exportações brasileiras atingiram cerca 150 bilhões de dólares gerando um superávit na balança comercial de aproximadamente 40 bilhões de dólares. A inflação, que sempre foi um problema sério no país, tem sido mantida sob controle nos últimos anos, na faixa de 4% ao ano. A taxa de crescimento da economia em 2004 foi de 5,2%. Com os ajustes que tem sido feitos nas contas públicas, com o crescimento expressivo das exportações e também do mercado interno, a expectativa é que o país venha apresentar um novo ciclo de crescimento com taxas de expansão da economia superiores a 4% ao ano. O Brasil pelo seu potencial econômico é seguramente uma das melhores opções de investimento entre todas as nações do mundo e deverá nos próximos anos ocupar cada vez mais uma posição de destaque no cenário político e econômico mundial. Isto, certamente, se não forem descobertos mais algum “mensalão” partindo do próprio senado!
É um dos lideres mundiais na produção e exportação de vários produtos, entre eles o café, açúcar, suco de frutas, soja, carne bovina e de frango e de alimentos industrializados. A produção anual de grãos tem atingido uma média de 130 milhões de toneladas. É claro que faz parte do desenvolvimento de um país exportar e importar produtos, porém se o Brasil consumisse mais o que produz ao invés de importar mais, certamente a renda que gira no próprio país seria maior, e se melhor fosse aplicada, com certeza o desenvolvimento seria mais rápido.
No Brasil se localizam superlativos da geografia mundial, como o Pantanal Mato-Grossense, uma das maiores áreas alagadas do mundo, considerada pela UNESCO como reserva da biosfera. Este já seria um importante fator para merecermos respeito mundial. Mas entre os problemas ambientais do Pantanal estão o desequilíbrio ecológico provocado pela pecuária extensiva, que destrói a vegetação nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do jacaré; o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e contaminação das águas dos rios Paraguai e São Lourenço; o turismo descontrolado que produz o lixo, esgoto e que ameaça a tranqüilidade dos animais. Visto que NINGUÉM faz nada para tentar contornar este problema, a região que faz parte do Brasil, país que “precisa impor respeito”, perde toda sua credibilidade no exterior e é julgado como “país sujo”.
O país possui, também, a maior reserva de água doce do PLANETA, servindo como exemplo a Bacia Amazônica e o Aqüífero Guarani. Entretanto um artigo publicado no jornal O Globo, o ministro Waldemar Zveiter lembrou que surgiram informações, a partir do noticiário da imprensa argentina, sobre a existência de um tratado, que teria sido firmado entre Paraguai e os Estados Unidos, pelo qual seria instalada, exatamente na área do aqüífero, uma base militar, que realizaria ali exercícios militares conjuntos, bem próximo às fronteiras brasileiras. A base militar estadunidense foi construída próxima ao aeroporto Mariscal Estigarribia, a 200 km da Argentina e Bolívia e 300 km do Brasil. O aeroporto pode receber aviões grandes como o B-52 e o C-130 Hercules, que a Força Aérea Paraguaia, aliás, não possui. De acordo com o jornal argentino, O Clarín, a base do exército dos EUA é estratégica, devido a sua locação próxima à Tríplice Fronteira e ao Aqüífero Guarani. Talvez esta seja a forma tática de conseguirem nossa água logo depois desta atual guerra por posse do petróleo. E acredite, se isto acontecer, o tão esperado respeito que o Brasil precisa, se perderia e sem poder recuperá-lo, alguns Políticos ou mesmo oficiais do Exercito dariam idéias tais como: “bombas nucleares”.
Como já citado, o Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta, ou pelo menos era, já que o Governo privatizou uma área onde se encontra toda essa biodiversidade. A ponto de vista populacional, esta é uma forma de perder o respeito até mesmo dos próprios brasileiros.
Dono de sofisticação tecnológica, o Brasil desenvolve de submarinos a aeronaves, e também está presente na pesquisa aeroespacial, possui Centro de Lançamento de Veículos Leves e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe de construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Poderia usar estes recursos de estudo para um avanço no mundo cientifico, e ficaria melhor visto se o fizesse para o bem, talvez imporia mais respeito que o esperado, e todos sairiam ganhando.
Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir as dez maiores empresas montadoras de automóvel em seu território. Porém tudo acaba um dia, e com o petróleo não seria diferente. Talvez se não houvesse apenas dois ônibus movidos a hidrogênio no País, e se o Brasil reforçasse esta iniciativa, ao invés de poluentes emitidos dos carros, teríamos mais vapor de água na atmosfera, o que ajudaria bastante a manter o equilíbrio ambiental que o homem destruiu. E francamente, se o país fizesse isso, teria respeito e até mesmo poderia dizer: “Não precisamos de bombas nucleares ou armas para impormos respeito. Pois além de contribuir com a melhoria do Planeta, estamos evitando GUERRA”.
E por falar em GUERRA, o Brasil também tem a capacidade de conseguir respeito, e muito, pelo fato da ONU (Organizações das Nações Unidas) ter renovado o mandato da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. O novo mandato das forças, lideradas pelo Brasil, deve expirar em outubro de 2008. Em particular, considero este um importante ponto de respeito, já que na busca pela PAZ, é difícil encontrar alguém disposto a ajudar, e ainda receber elogios pela atuação. Na maioria das vezes vemos pessoas querendo sempre consegui-la de forma “bruta”, com mortes e danos. E desse modo é praticamente impossível chegar a um “denominador comum”, a Paz.
Os brasileiros acham que o mundo todo presta menos o Brasil. E realmente parece que é um vício falar mal do Brasil.
O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
É o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma, que visa desvendar os códigos genéticos de um organismo.
Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundial: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
Das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, 97,3% estão estudando.
O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISSO 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
Por que temos esse vicio de falar mal do Brasil? Por que não nos orgulhamos em dizer que nosso mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano? Que nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? Por que não falamos que somos o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários? Por que não dizemos que somos hoje a terceira maior democracia do mundo? Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
Infelizmente, senhor Ex-General José Benedito de Barros Moreira, sei que o senhor não irá ler esta carta, pois “alguém de sua confiança” não deixaráa isso acontecer, para não irritar o patrão. E mesmo que esta chegue a suas mãos, duvido que seja respondida pelo senhor. E agora fica a pergunta: Como alguém quer o respeito Mundial, se não conseguiu estabelecer nem ao menos o respeito Nacional?
Este é apenas um dos fatos pelo qual o Brasil não precisa desenvolver Bomba Atômica para impor respeito ou para corresponder a realidade do mundo.
Lembrando que 2008 é considerado o ano do planeta, devemos não só nos conscientizar, mas agir. Com certeza construir artefatos nucleares não ajudaria o planeta em nada.
Filipe Bonavina
Caro Senhor Ex-General José Benedito de Barros Moreira
Em entrevista, o senhor afirmou que "Nós temos de ter no Brasil a possibilidade futura de, se o Estado assim entender, desenvolver um artefato nuclear. Não podemos ficar alheios à realidade do mundo." Visto que este fato indignou milhões de pessoas, inclusive políticos, eu gostaria de esclarecer algumas coisas. Apoiar a idéia do Ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, não foi uma boa maneira de dizer que o Brasil precisa impor mais respeito. No entanto, se o Brasil dominasse a tecnologia nuclear poderia usar este recurso para outros meios.
Uma bomba atômica é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso — uma única bomba é capaz de destruir uma cidade grande inteira. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerras, ambas pelos Estados Unidos contra o Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial (consistindo em um dos maiores ataques à uma população civil, quase 200 mil mortos, já ocorridos na história). O dano difere de acordo com o tamanho da Bomba. A energia liberada na explosão segue a equação de Einstein, E=mc², onde E é a energia liberada, m é a massa da bomba que “some” na explosão e c é a velocidade da Luz. Oficialmente, a mais poderosa bomba detonada foi de 57 Megatons - conhecida como Tsar Bomba - em um teste realizado pela URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) em outubro de 1961. Esta bomba tinha mais de 5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima, e maior poder explosivo que todas as bombas usadas na II Guerra Mundial somadas (incluindo as 2 bombas nucleares lançadas sobre o Japão). Podemos lembrar que as bombas jogadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki mataram quase 200 mil pessoas, e dizem que até hoje os povos dessas regiões sofrem com a radiação local.
O Brasil tem a capacidade de impor qualquer tipo de respeito a qualquer país, seja ele da América ou não.
Poderíamos por exemplo ter preservado melhor as nossas matas, pois possuímos 20% da biodiversidade mundial, sendo exemplo desta riqueza a Floresta Tropical Amazônica, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados, tendo em vista que alguns países invejam nossa riqueza natural e queiram possuir parte desta. Porém, ao invés disso, o governo resolve privatizar parte desta área para empresas, assim elas podem aproveitar tudo que a natureza, nesta região, oferece, como a madeira das árvores, substituindo-as por pasto. Sem pensar que na região há uma enorme biodiversidade e há muitas espécies de animais raros, e ainda que o homem estaria contribuindo para o aquecimento global fazendo as queimadas, o país perde o respeito do restante do mundo.
Poderíamos ser mais respeitados por sermos uma das sociedades mais multirraciais do mundo, sendo formada por descendentes de europeus, indígenas, africanos e asiáticos. No entanto o que vemos é cada vez mais desigualdade e um preconceito com a população que parte do próprio governo, que considera uma família miserável aquela que tem renda inferior a R$ 125,00 mensais por pessoa. É certo dizer que o país atualmente estaria com uma nota de 0,800 no IDH (Indice de Desenvolvimento humano), visto que a nota é dada de 0(zero) à 1(um), mas este número certamente subiria se ao invés de aumentar salários políticos, os políticos aumentassem o salário mínimo. Com isto, com certeza o Brasil perde o respeito lá fora, sendo este um país atualmente “mal visto”, como afirma o senhor, ao dizer que precisamos impor respeito.
Com um PIB anual superior a 800 bilhões de dólares o Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo. No ano de 2007 as exportações brasileiras atingiram cerca 150 bilhões de dólares gerando um superávit na balança comercial de aproximadamente 40 bilhões de dólares. A inflação, que sempre foi um problema sério no país, tem sido mantida sob controle nos últimos anos, na faixa de 4% ao ano. A taxa de crescimento da economia em 2004 foi de 5,2%. Com os ajustes que tem sido feitos nas contas públicas, com o crescimento expressivo das exportações e também do mercado interno, a expectativa é que o país venha apresentar um novo ciclo de crescimento com taxas de expansão da economia superiores a 4% ao ano. O Brasil pelo seu potencial econômico é seguramente uma das melhores opções de investimento entre todas as nações do mundo e deverá nos próximos anos ocupar cada vez mais uma posição de destaque no cenário político e econômico mundial. Isto, certamente, se não forem descobertos mais algum “mensalão” partindo do próprio senado!
É um dos lideres mundiais na produção e exportação de vários produtos, entre eles o café, açúcar, suco de frutas, soja, carne bovina e de frango e de alimentos industrializados. A produção anual de grãos tem atingido uma média de 130 milhões de toneladas. É claro que faz parte do desenvolvimento de um país exportar e importar produtos, porém se o Brasil consumisse mais o que produz ao invés de importar mais, certamente a renda que gira no próprio país seria maior, e se melhor fosse aplicada, com certeza o desenvolvimento seria mais rápido.
No Brasil se localizam superlativos da geografia mundial, como o Pantanal Mato-Grossense, uma das maiores áreas alagadas do mundo, considerada pela UNESCO como reserva da biosfera. Este já seria um importante fator para merecermos respeito mundial. Mas entre os problemas ambientais do Pantanal estão o desequilíbrio ecológico provocado pela pecuária extensiva, que destrói a vegetação nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do jacaré; o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e contaminação das águas dos rios Paraguai e São Lourenço; o turismo descontrolado que produz o lixo, esgoto e que ameaça a tranqüilidade dos animais. Visto que NINGUÉM faz nada para tentar contornar este problema, a região que faz parte do Brasil, país que “precisa impor respeito”, perde toda sua credibilidade no exterior e é julgado como “país sujo”.
O país possui, também, a maior reserva de água doce do PLANETA, servindo como exemplo a Bacia Amazônica e o Aqüífero Guarani. Entretanto um artigo publicado no jornal O Globo, o ministro Waldemar Zveiter lembrou que surgiram informações, a partir do noticiário da imprensa argentina, sobre a existência de um tratado, que teria sido firmado entre Paraguai e os Estados Unidos, pelo qual seria instalada, exatamente na área do aqüífero, uma base militar, que realizaria ali exercícios militares conjuntos, bem próximo às fronteiras brasileiras. A base militar estadunidense foi construída próxima ao aeroporto Mariscal Estigarribia, a 200 km da Argentina e Bolívia e 300 km do Brasil. O aeroporto pode receber aviões grandes como o B-52 e o C-130 Hercules, que a Força Aérea Paraguaia, aliás, não possui. De acordo com o jornal argentino, O Clarín, a base do exército dos EUA é estratégica, devido a sua locação próxima à Tríplice Fronteira e ao Aqüífero Guarani. Talvez esta seja a forma tática de conseguirem nossa água logo depois desta atual guerra por posse do petróleo. E acredite, se isto acontecer, o tão esperado respeito que o Brasil precisa, se perderia e sem poder recuperá-lo, alguns Políticos ou mesmo oficiais do Exercito dariam idéias tais como: “bombas nucleares”.
Como já citado, o Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta, ou pelo menos era, já que o Governo privatizou uma área onde se encontra toda essa biodiversidade. A ponto de vista populacional, esta é uma forma de perder o respeito até mesmo dos próprios brasileiros.
Dono de sofisticação tecnológica, o Brasil desenvolve de submarinos a aeronaves, e também está presente na pesquisa aeroespacial, possui Centro de Lançamento de Veículos Leves e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe de construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Poderia usar estes recursos de estudo para um avanço no mundo cientifico, e ficaria melhor visto se o fizesse para o bem, talvez imporia mais respeito que o esperado, e todos sairiam ganhando.
Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir as dez maiores empresas montadoras de automóvel em seu território. Porém tudo acaba um dia, e com o petróleo não seria diferente. Talvez se não houvesse apenas dois ônibus movidos a hidrogênio no País, e se o Brasil reforçasse esta iniciativa, ao invés de poluentes emitidos dos carros, teríamos mais vapor de água na atmosfera, o que ajudaria bastante a manter o equilíbrio ambiental que o homem destruiu. E francamente, se o país fizesse isso, teria respeito e até mesmo poderia dizer: “Não precisamos de bombas nucleares ou armas para impormos respeito. Pois além de contribuir com a melhoria do Planeta, estamos evitando GUERRA”.
E por falar em GUERRA, o Brasil também tem a capacidade de conseguir respeito, e muito, pelo fato da ONU (Organizações das Nações Unidas) ter renovado o mandato da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. O novo mandato das forças, lideradas pelo Brasil, deve expirar em outubro de 2008. Em particular, considero este um importante ponto de respeito, já que na busca pela PAZ, é difícil encontrar alguém disposto a ajudar, e ainda receber elogios pela atuação. Na maioria das vezes vemos pessoas querendo sempre consegui-la de forma “bruta”, com mortes e danos. E desse modo é praticamente impossível chegar a um “denominador comum”, a Paz.
Os brasileiros acham que o mundo todo presta menos o Brasil. E realmente parece que é um vício falar mal do Brasil.
O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
É o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma, que visa desvendar os códigos genéticos de um organismo.
Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundial: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
Das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, 97,3% estão estudando.
O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISSO 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
Por que temos esse vicio de falar mal do Brasil? Por que não nos orgulhamos em dizer que nosso mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano? Que nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? Por que não falamos que somos o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários? Por que não dizemos que somos hoje a terceira maior democracia do mundo? Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
Infelizmente, senhor Ex-General José Benedito de Barros Moreira, sei que o senhor não irá ler esta carta, pois “alguém de sua confiança” não deixaráa isso acontecer, para não irritar o patrão. E mesmo que esta chegue a suas mãos, duvido que seja respondida pelo senhor. E agora fica a pergunta: Como alguém quer o respeito Mundial, se não conseguiu estabelecer nem ao menos o respeito Nacional?
Este é apenas um dos fatos pelo qual o Brasil não precisa desenvolver Bomba Atômica para impor respeito ou para corresponder a realidade do mundo.
Lembrando que 2008 é considerado o ano do planeta, devemos não só nos conscientizar, mas agir. Com certeza construir artefatos nucleares não ajudaria o planeta em nada.
Filipe Bonavina