domingo, 18 de abril de 2010

Pai, quanto custa?

Um dia, Pedro foi se queixar com a mãe:

- Por que meu pai não brinca comigo?

- Seu pai é um homem muito ocupado, o tempo dele é muito precioso – respondeu ela. A criança foi para o quarto, muito pensativa. Pegou o cofrinho e foi contar quanto havia economizado de sua mesada. Adormeceu, chorando de saudade do pai.

Mais tarde, ele acordou com a chegada do Sr. Rafael e correu para encontrá-lo:

- Papai, é verdade que o seu tempo é muito precioso?

- É verdade – disse, desviando o olhar do filho.

- Quanto custa uma hora do seu tempo? – O Sr. Rafael disse que não sabia. O pequeno Pedro insistiu para obter uma resposta até que o pai perdeu a paciência e brigou com ele. Com medo, voltou para o quarto.

Depois que esfriou a cabeça, o Sr. Rafael refletiu sobre a maneira como havia tratado o pequeno e foi até o quarto do filho. Como viu que o garoto ainda estava acordado, o pai tenta um diálogo:

- Você ainda quer saber quanto eu ganho por hora?

O menino balançou a cabeça afirmando que sim.

O pai estufou o peito e suspirou fundo. Parecia que a atmosfera do quarto trazia-lhe o ar da satisfação, de enfim dizer ao seu filho o valor do pai que ele tinha.

- Eu ganho 300 reais por hora.

O menino levou um susto, mas animou-se o suficiente para pedir:

- O senhor pode me emprestar 100 reais?

Para continuar impressionando o filho, o pai entregou-lhe o dinheiro. Curioso, perguntou:

- Posso saber pra quê?

O garoto puxou um bolo de notinhas enroladas, de debaixo do travesseiro.

- Eu já consegui juntar 200 reais, mais estes 100 que o senhor me emprestou, dá 300. Agora o senhor pode me vender uma hora do seu tempo, pra brincar comigo?

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?