segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Lamparina

Algumas de minhas irmãs trabalham na Austrália.

Numa reserva, entre os aborígines, havia um homem bastante velho.

Posso assegurar-lhes que vocês nunca viram uma situação de pobreza tão alarmante como a desse pobre ancião.

Todos o ignoravam. Seu lar era desarrumado e sujo.

Por favor, disse-lhe eu certa vez, deixe-me limpar sua casa, lavar suas roupas e fazer sua cama.

Estou bem assim, respondeu ele, não se preocupe.

Pois ficará ainda melhor, insisti, se permitir que eu faça isso.

Ele concordou finalmente. Pude, portanto, limpar sua casa e lavar as suas roupas.

Encontrei no meio da bagunça uma lamparina inteiramente coberta de poeira. Só Deus sabe o tempo transcorrido desde que o homem a acendera pela última vez.

O senhor não acende a sua lamparina? - perguntei-lhe. Não costuma usá-la?

Não, respondeu ele, não recebo a visita de ninguém. Não preciso de luz. Para quem deveria acendê-la?

O senhor a acenderia todas as noites se as irmãs passassem a visita-lo?

Naturalmente! respondeu ele.

Desse dia em diante, as irmãs combinaram entre si, visitar o pobre ancião todas as noites.

Dois anos se passaram.

Eu tinha esquecido completamente esse homem, quando ele enviou esta mensagem:

"Contem à minha amiga, que a luz que ela acendeu em minha vida continua brilhando."

Madre Tereza de Calcutá

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?