Uma casa pintada de branco com nuances de paz e raios de luz por todos os cantos.
É imprescindível que possua claridade transparente.
Uma casa com amores-perfeitos plantados no jardim e gerânios, ao redor
dela, acariciando as pedras dos seus alicerces.
Algumas roseiras são indispensáveis.
Além do mais, necessário é que exista um banco com nomes gravados
a canivete com juras de eternidade.
E, que junto a esse banco, haja uma árvore com galhos cheios
de ninhos de pássaros.
O entardecer requer gorjeios melodiosos e a manhã exige
o despertar sonoro de aves várias.
Procura-se uma casa que tenha, em seu interior mais secreto, uma
lareira constantemente aquecendo o inverno e, no teto, uma claraboia
imensa por onde se possa ver as estrelas nas noites de verão.
Mas só se fecha negócio se houver um quintal, nos fundos da moradia,
com tesouros escondidos de infâncias múltiplas e antigas que, ainda,
ninguém descobriu.
Precisa-se de uma casa de memórias guardadas porque é urgente
desenterrar lembranças.
O tempo passa veloz e quer levar consigo histórias para contar.
Preciso escrevê-las!
Desconheço a autoria