sábado, 6 de novembro de 2010

A mais nobre profissão

Qual será a profissão mais nobre? Quem será mais importante: o médico que salva vidas ou o motorista do coletivo que conduz centenas de passageiros, todos os dias, em segurança?

Quem terá maiores méritos perante a Divindade? O professor que ensina à criança as primeiras letras, descortinando-lhe o mundo encantado do alfabeto ou o professor universitário que prepara os jovens para o mercado de trabalho, para a sociedade, ensinando-lhes com a própria experiência?

Analisando as tantas profissões que existem no mundo, conclui-se que nenhuma pode ser descartada. Ao menos não enquanto vivemos a situação de planeta de provas e expiações.

Senão vejamos: o escritor utiliza dos seus recursos e escreve livros que renovam o pensamento do mundo.

A sua é a possibilidade de encantar, de proporcionar viagens fantásticas pela imaginação, de utilizar sabedoria, arte e beleza, dentro da vida.

Contudo, uma vassoura simples faz a alegria da limpeza. E, sem limpeza, o poeta não consegue trabalhar.

As máquinas agrícolas abrem sulcos profundos na terra, revolvendo-a e a preparam para o plantio. Logo mais, as linhas que ela traça no solo transbordarão de milho, arroz, batata, trigo, enchendo os celeiros e as mesas.

O marceneiro trabalha com cuidado a madeira e lhe confere formas que cooperam na construção do lar.

O pedreiro ergue muros, coloca alicerces para os edifícios grandiosos. Organiza o seu pensamento e os seus esforços e faz surgir obras fenomenais.

Mas por mais belo que seja o edifício, os seus mármores, cristais, tapetes luxuosos, não dispensarão a mão amiga da faxineira que lhes dará brilho.

Os magistrados usam a pena e a justiça e sentenciam. Das suas sentenças dependem vidas. Vidas que prosseguirão a ter alegrias ou se encherão de tristezas.

Os políticos orientam e governam, elaboram leis e as votam, decidindo o que seja melhor para o povo.

Entretanto, todos eles necessitam das mãos hábeis que conduzem as máquinas que lhes tecem as roupas que os defendem do frio.

Se os juízes se reúnem nas mesas de paz e justiça, os lavradores e agricultores são os que lhes ofertam os recursos para as refeições.

Ninguém suponha que perante Deus, os grandes homens sejam somente aqueles que usam a autoridade intelectual.

Que seria da Humanidade se, de repente, não tivéssemos mais cozinheiros, recepcionistas, lavadeiras, arrumadeiras, babás?

Que faríamos sem essa gama enorme de servidores da Humanidade?

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?