sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Você já pensou na diferença entre ser e estar?

Você já pensou na diferença entre ser e estar?

Embora estes dois verbos sejam utilizados muitas vezes com o mesmo significado, uma reflexão mais detida nos sugere alguma diferença.

Quando dizemos, por exemplo: Eu estou nesta cidade, sugerimos que a nossa estada é passageira e que, em determinado momento, não estaremos mais ali.

Mas se dizemos: Eu sou desta cidade, pode-se entender que vivemos ali e que permaneceremos naquele lugar.

Do mesmo modo quando dizemos: Eu estou faminto. Todos entenderão que é uma situação passageira e que, tão logo me alimente, ela se modifica.

Ora, se observarmos as coisas do ponto de vista do Espírito imortal, as diferenças entre ser e estar se tornam ainda mais perceptíveis.

É por não entender bem o que isso representa que muitos de nós fazemos confusão entre ser e estar. Talvez por gostar da situação em que estamos, desejamos que ela seja permanente.

Assim é no campo do poder e das posses do mundo em que nos encontramos, apenas de passagem, que é o mundo físico.

Neste mundo, nem o corpo físico nos pertence de fato. É apenas um empréstimo para a nossa evolução enquanto Ser Imortal.

Dessa forma, eu não sou um corpo que tenho um Espírito, mas sou um Espírito que estou temporariamente num corpo, que posso deixar a qualquer momento.

Se ocupo uma determinada posição social, estou nessa posição até que a deixe por um motivo ou por outro.

Quando dizemos que somos proprietários de muitos bens materiais, usamos o verbo incorreto, pois na realidade estamos proprietários, por determinado tempo.

Quando dizemos: Eu sou paciente, usamos o verbo inadequado, pois se ainda perdemos a paciência, é que estamos pacientes em determinados momentos.

Nesse particular, Jesus foi o protótipo da paciência, pois essa virtude já fazia parte de Sua intimidade, portanto, uma conquista efetiva.

Por essa razão, é inútil que tentemos dar importância demasiada ao que tem apenas importância relativa e passageira.

No campo do conhecimento não é diferente. Muitos nos dizemos conhecedores desta ou daquela filosofia, mas enquanto não as vivenciamos de fato, temos a teoria, mas não somos verdadeiramente sábios.

Não foi outro o motivo pelo qual Jesus fez a advertência: Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

Isso nos prova que há uma grande diferença entre saber e fazer. Entre ter conhecimento e ser sábio. Entre ser e estar.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?