quarta-feira, 6 de abril de 2011

Indelével

Por ser indelével, toda lembrança constrói universos n´alma...

São mundos inexplicáveis, inextinguíveis, invioláveis.

Mundos dentro de mundos, dentro de mundos, dentro de nós.

Cosmos imateriais, intocáveis, inexplorados, intactos.

Por ser indelével, cada encontro com o amor planta jardins n´alma...

E incontáveis espécimes de florescências perpetuam-se pelo infinito de dentro.

Nunca se perdem, nunca murcham, nunca morrem...

De valor inestimável, de tons inatingíveis, de fé inabalável.

Por ser indelével, a saudade é a alegria do desejo de rever... Espera do ainda inatingível.

Por ser indelével, o amor é a certeza do sempre vislumbrar... Uma verdade sempre irrefutável.

* * *

Vivemos interessantíssima realidade de sentidos e sentimentos como seres humanos.

De um lado o mundo dos sentidos, tangível, material.

De outro uma esfera imaterial, dos sentimentos, da alma, das virtudes e imperfeições.

Embora sejamos, em essência, Espíritos, isto é, nosso eu verdadeiro pertence à esfera intangível, vestimos um corpo material na Terra. E isso traz muitas consequências importantes.

Vestir-se de matéria, necessitando dela diariamente, sem deixar-se controlar por ela, é talvez o maior desafio para os seres que buscam nas vidas sucessivas a felicidade sonhada.

Entender que os bens da matéria são um meio e não um fim, é ainda complicado para a maioria no planeta.

Falar em bens da alma, nas conquistas verdadeiras, as que se levam realmente deste mundo, parece ainda um pouco distante para a grande massa.

Em função disso, ainda temos nos perdido como Humanidade, nas teias das necessidades materiais, das seduções do ter, do parecer e do enriquecer.

Porém, não há mais tempo. Já tivemos muitas chances de entender e o momento atual nos coloca em plenas condições de poder escolher melhor os caminhos a serem trilhados de agora em diante.

Sábios, mestres, estudiosos - muitos já nos apontaram a trilha mais segura. Muitos já entregaram suas vidas para nos fazer compreender, de uma vez por todas, o que nos traz aqui, encarnação após encarnação.

Não estamos a passeio. Não estamos por mero acaso.

Aqui voltamos, mais uma vez, para aprender a amar.

Sim, o dom supremo é o nosso maior objetivo. Tudo mais é acessório, é instrumento, é meio.

Uma vez conquistado, todo amor se torna parte de nossa alma para sempre. Não se apaga. É indelével.

Não perdemos as pessoas, não perdemos o amor que construímos com elas - nada que seja conquista verdadeira da alma se perde.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?