Graça é a mais clara demonstração de carinho que você e eu já recebemos;
é o transbordar generoso do amor de Deus por meio de Jesus Cristo!
Vejo isto muito claramente na vida de três homens.
O primeiro deles é o inglês William Cowper, nascido em 1731.
Aos 6 anos ele perdeu sua mãe; aos 10 anos seu pai o enviou para um
internato onde viveu uma vida horrível e cheia de desapontamentos.
Aos 32 anos desistiu do sonho de ser um magistrado em consequência de
uma profunda depressão, que o levou a tentar o suicídio muitas vezes.
Tentou pular no rio Tâmisa, mas foi impedido; ingeriu veneno, porém
foi encontrado a tempo por alguém que o socorreu; atirou-se sobre uma
faca, mas a lâmina quebrou com o peso do seu corpo;
tentou enforcar-se, contudo um vizinho o encontrou e cortou a corda antes
que ele morresse; tomou muitos comprimidos antidepressivos,
mas foi salvo por sua empregada.
Sofrendo de depressão aguda e profunda inquietação mental,
beirando a loucura, voltou-se cada vez mais para Cristo.
Um ano após suas tentativas de suicídio, lendo a Bíblia no jardim
de sua casa, uma passagem o marcou:
“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.
Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de
Cristo Jesus, que os salva.
Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que pela sua morte na cruz,
Cristo se tornasse o meio das pessoas receberem o perdão dos seus
pecados, pela fé nele” (Rm 3.24-25).
O Espírito Santo atuou em seu coração através daquelas palavras e ali
mesmo rendeu-se a Cristo, sendo salvo dos seus pecados.
O próprio Cowper afirma:
"Não sei como, mas num momento, recebi poder para crer
e o sol da justiça brilhou em meu coração.
Vi claramente a suficiência do sacrifício feito por Cristo;
o perdão através do seu sangue;
a completa e ampla justificação".
Aos 34 anos, restaurado da depressão, Cowper compôs 64 hinos cristãos
e muitas poesias, sendo considerado um dos maiores poetas inglês.
Além da música e da poesia, ele lutou pela causa dos pobres e dos escravos!
O segundo homem a receber a graça de Deus foi o inglês John Newton,
nascido em 1725.
Coincidentemente ele também perdeu sua mãe muito cedo, mas sempre
se lembrava das orações que ela fazia por ele, ajoelhada ao lado da cama.
Quando jovem, Newton tentou desertar da marinha inglesa, porém,
como punição, foi açoitado.
Aos 25 anos iniciou seu trabalho como comandante de navio negreiro.
Ele transportava escravos africanos para América.
Os escravos eram marcados com ferro quente e transportados no porão do
navio com os pés, mãos e pescoço acorrentados, sentados lado a lado ao
longo da viagem.
Quando algum escravo apresentasse diarreia, algo muito comum
naquela situação, eram feitos supositórios de cordas para controlar o fluxo;
se morressem, eram arremessados ao mar.
Estas coisas eram feitas sob a supervisão do comandante do navio,
que por vezes também açoitava os escravos.
E esta era a função de John Newton.
Em uma dessas viagens, o navio enfrentou uma grande tempestade
e estava prestes a afundar.
Temendo a morte, e ouvindo o gemido dos negros acorrentados no
porão, Newton ofereceu sua vida à Cristo:
“Senhor, tem misericórdia de nós”.
O Senhor veio em seu auxílio e acalmou as águas.
Quando voltou para a cabine, Newton refletiu e entendeu que Deus falava
com ele através da tempestade, e que a sua graça havia se manifestado.
Newton converteu-se, abandonou os navios negreiros e começou a estudar
para ser pastor, função que exerceu nos últimos 43 anos de sua vida
trabalhando em uma capela em Londres.
Lá se tornou amigo do poeta William Cowper e juntos eles trabalharam nos
cultos semanais e nas reuniões de oração.
Também compuseram hinos, entre eles “Amazing Grace”, que Newton dedica
ao dia da sua salvação na tempestade, dentro do navio negreiro:
“Maravilhosa graça! Como é doce o som
que salvou um pecador como eu!
Estava perdido uma vez, mas agora fui encontrado;
era cego, mas agora posso ver.
Essa graça ensinou meu coração a temer,
é a graça que alivia meus medos;
como é preciosa a graça que apareceu
no momento em que eu acreditei nela.
Terminados muitos perigos, labutas, e armadilhas,
eu estou voltando;
essa graça trouxe-me seguro até aqui,
e a graça conduzir-me-á para casa.
O senhor prometeu-me bondade,
sua palavra me dá esperança;
meu escudo e porção será,
enquanto minha vida existir.
Sim, quando esta carne e coração falharem,
e a vida mortal cessar,
eu possuirei, atravessando o véu,
uma vida da alegria e da paz.
Quando nós estivermos lá por dez mil anos,
brilhando como o sol,
não teremos menos dias para louvar a Deus
do que quando nós começamos.”
Mas o plano de Deus não se limitou apenas em juntar Willian Cowper
e John Newton.
Em um culto onde os amigos cantavam, um jovem chamado
William Wilbeforce, recém convertido ao cristianismo, procurou o pastor
Newton para ser seu conselheiro.
A amizade entre eles fez brotar um anseio ardente pelo fim da escravatura,
e, inspirado pelo pastor, Wilbeforce começou a levantar mais cedo para orar e
ler a Bíblia.
Em uma de suas devocionais, ele entendeu que sua missão era lutar pelo fim
da escravatura.
Então disse:
“A perversidade da escravatura é tão grande, medonha e irremediável que
estou completamente preparado para lutar pela abolição, seja qual forem
as consequências.
Nunca descansarei até conseguir a abolição da escravatura”.
Apesar da fragilidade de sua saúde, ele lutou diariamente contra a escravidão.
Estes três homens ilustram a graça de Deus.
Suas histórias foram entrelaçadas, como um bordado; antes da graça,
víamos o bordado pelo lado avesso, sem entender como um emaranhado
de fios poderia resultar em alguma coisa.
Mas Deus sabe o que está bordando.
Cowper morreu em 1800, com 69 anos de idade.
William Wilbeforce, em 1833, e alcançou o seu objetivo: o fim da escravatura.
O hino composto por seu pastor, “Amazing Grace”, foi o hino de sua luta.
Newton, antes de morrer em 1807, com 82 anos, disse:
"Minha memória quase se foi, mas recordo duas coisas: eu sou um
grande pecador e Cristo é meu grande salvador!".
Ele foi enterrado no jardim da igreja que pastoreava e em sua lápide
está escrito a frase que ele mesmo havia escolhido:
“John Newton, pastor, uma vez um infiel e libertino, foi pela rica misericórdia
do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, preservado, restaurado, perdoado
e chamado para pregar a fé que eu mesmo antes tentei destruir”.
é o transbordar generoso do amor de Deus por meio de Jesus Cristo!
Vejo isto muito claramente na vida de três homens.
O primeiro deles é o inglês William Cowper, nascido em 1731.
Aos 6 anos ele perdeu sua mãe; aos 10 anos seu pai o enviou para um
internato onde viveu uma vida horrível e cheia de desapontamentos.
Aos 32 anos desistiu do sonho de ser um magistrado em consequência de
uma profunda depressão, que o levou a tentar o suicídio muitas vezes.
Tentou pular no rio Tâmisa, mas foi impedido; ingeriu veneno, porém
foi encontrado a tempo por alguém que o socorreu; atirou-se sobre uma
faca, mas a lâmina quebrou com o peso do seu corpo;
tentou enforcar-se, contudo um vizinho o encontrou e cortou a corda antes
que ele morresse; tomou muitos comprimidos antidepressivos,
mas foi salvo por sua empregada.
Sofrendo de depressão aguda e profunda inquietação mental,
beirando a loucura, voltou-se cada vez mais para Cristo.
Um ano após suas tentativas de suicídio, lendo a Bíblia no jardim
de sua casa, uma passagem o marcou:
“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.
Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de
Cristo Jesus, que os salva.
Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que pela sua morte na cruz,
Cristo se tornasse o meio das pessoas receberem o perdão dos seus
pecados, pela fé nele” (Rm 3.24-25).
O Espírito Santo atuou em seu coração através daquelas palavras e ali
mesmo rendeu-se a Cristo, sendo salvo dos seus pecados.
O próprio Cowper afirma:
"Não sei como, mas num momento, recebi poder para crer
e o sol da justiça brilhou em meu coração.
Vi claramente a suficiência do sacrifício feito por Cristo;
o perdão através do seu sangue;
a completa e ampla justificação".
Aos 34 anos, restaurado da depressão, Cowper compôs 64 hinos cristãos
e muitas poesias, sendo considerado um dos maiores poetas inglês.
Além da música e da poesia, ele lutou pela causa dos pobres e dos escravos!
O segundo homem a receber a graça de Deus foi o inglês John Newton,
nascido em 1725.
Coincidentemente ele também perdeu sua mãe muito cedo, mas sempre
se lembrava das orações que ela fazia por ele, ajoelhada ao lado da cama.
Quando jovem, Newton tentou desertar da marinha inglesa, porém,
como punição, foi açoitado.
Aos 25 anos iniciou seu trabalho como comandante de navio negreiro.
Ele transportava escravos africanos para América.
Os escravos eram marcados com ferro quente e transportados no porão do
navio com os pés, mãos e pescoço acorrentados, sentados lado a lado ao
longo da viagem.
Quando algum escravo apresentasse diarreia, algo muito comum
naquela situação, eram feitos supositórios de cordas para controlar o fluxo;
se morressem, eram arremessados ao mar.
Estas coisas eram feitas sob a supervisão do comandante do navio,
que por vezes também açoitava os escravos.
E esta era a função de John Newton.
Em uma dessas viagens, o navio enfrentou uma grande tempestade
e estava prestes a afundar.
Temendo a morte, e ouvindo o gemido dos negros acorrentados no
porão, Newton ofereceu sua vida à Cristo:
“Senhor, tem misericórdia de nós”.
O Senhor veio em seu auxílio e acalmou as águas.
Quando voltou para a cabine, Newton refletiu e entendeu que Deus falava
com ele através da tempestade, e que a sua graça havia se manifestado.
Newton converteu-se, abandonou os navios negreiros e começou a estudar
para ser pastor, função que exerceu nos últimos 43 anos de sua vida
trabalhando em uma capela em Londres.
Lá se tornou amigo do poeta William Cowper e juntos eles trabalharam nos
cultos semanais e nas reuniões de oração.
Também compuseram hinos, entre eles “Amazing Grace”, que Newton dedica
ao dia da sua salvação na tempestade, dentro do navio negreiro:
“Maravilhosa graça! Como é doce o som
que salvou um pecador como eu!
Estava perdido uma vez, mas agora fui encontrado;
era cego, mas agora posso ver.
Essa graça ensinou meu coração a temer,
é a graça que alivia meus medos;
como é preciosa a graça que apareceu
no momento em que eu acreditei nela.
Terminados muitos perigos, labutas, e armadilhas,
eu estou voltando;
essa graça trouxe-me seguro até aqui,
e a graça conduzir-me-á para casa.
O senhor prometeu-me bondade,
sua palavra me dá esperança;
meu escudo e porção será,
enquanto minha vida existir.
Sim, quando esta carne e coração falharem,
e a vida mortal cessar,
eu possuirei, atravessando o véu,
uma vida da alegria e da paz.
Quando nós estivermos lá por dez mil anos,
brilhando como o sol,
não teremos menos dias para louvar a Deus
do que quando nós começamos.”
Mas o plano de Deus não se limitou apenas em juntar Willian Cowper
e John Newton.
Em um culto onde os amigos cantavam, um jovem chamado
William Wilbeforce, recém convertido ao cristianismo, procurou o pastor
Newton para ser seu conselheiro.
A amizade entre eles fez brotar um anseio ardente pelo fim da escravatura,
e, inspirado pelo pastor, Wilbeforce começou a levantar mais cedo para orar e
ler a Bíblia.
Em uma de suas devocionais, ele entendeu que sua missão era lutar pelo fim
da escravatura.
Então disse:
“A perversidade da escravatura é tão grande, medonha e irremediável que
estou completamente preparado para lutar pela abolição, seja qual forem
as consequências.
Nunca descansarei até conseguir a abolição da escravatura”.
Apesar da fragilidade de sua saúde, ele lutou diariamente contra a escravidão.
Estes três homens ilustram a graça de Deus.
Suas histórias foram entrelaçadas, como um bordado; antes da graça,
víamos o bordado pelo lado avesso, sem entender como um emaranhado
de fios poderia resultar em alguma coisa.
Mas Deus sabe o que está bordando.
Cowper morreu em 1800, com 69 anos de idade.
William Wilbeforce, em 1833, e alcançou o seu objetivo: o fim da escravatura.
O hino composto por seu pastor, “Amazing Grace”, foi o hino de sua luta.
Newton, antes de morrer em 1807, com 82 anos, disse:
"Minha memória quase se foi, mas recordo duas coisas: eu sou um
grande pecador e Cristo é meu grande salvador!".
Ele foi enterrado no jardim da igreja que pastoreava e em sua lápide
está escrito a frase que ele mesmo havia escolhido:
“John Newton, pastor, uma vez um infiel e libertino, foi pela rica misericórdia
do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, preservado, restaurado, perdoado
e chamado para pregar a fé que eu mesmo antes tentei destruir”.