quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Uma história linda

Acordei nesse primeiro dia de Dezembro com vontade de comprar
um presente para Jesus, afinal, não existe maior amigo que o
Mestre dos Mestres.

Sai cedo de casa e fui ao maior shopping-center da cidade, pensei primeiramente
numa camisa branca, mas quando vi que o branco mais branco da Terra ainda
era cinza perto da sua pureza, fiquei com vergonha e desisti.

Em outra vitrine vi um sapato de couro, lindo e caríssimo, mas quando lembrei
dos seus pés calçados pelas sandálias da missão cumprida, achei que não existiria
na Terra algo tão confortável que merecesse seus pés.

Uma caneta, foi isso que a próxima vitrine me apresentou, uma linda caneta de
marca famosa, seria um lindo presente, mas lembrei-me que Ele nunca escreveu
nada, tudo que Ele falou, mostrou na prática, servindo e amando sempre.

Lembrei-me, que um dia Ele falou que não tinha sequer um travesseiro para
recostar sua cabeça, e pensei no melhor travesseiro de plumas de uma loja
especializada em sono, era importado e muito confortável, mas lembrei-me
que os justos dormiam tranqüilos e que Ele jamais usaria o travesseiro.

E, assim fui olhando as vitrines, abotoaduras de ouro, malas de viagem,
comidas importadas, tudo supérfluo, tudo matéria que o tempo iria corroer.

Confesso que sai um pouco chateado do Shopping, afinal eu saíra para
comprar um presente para o Senhor Jesus, e não havia achado nada.

Na porta do Shopping um menino muito miudinho sorriu para mim,
perguntou meu nome e eu o dele, ele riu e me estendeu a mão,
tinha o rosto muito sujo, as mãos encardidas, perguntei pela sua mãe,
ele deu de ombros, sobre o pai, nem sabia onde estava...perguntei se ele
queria tomar um lanche, ele sorriu um sim, pegou na minha mão.

Na porta do Shopping olhou para suas roupas e olhou para mim, sabia
que não estava corretamente vestido, peguei-o no meu colo, era a senha
para ser feliz, seus olhinhos miúdos percorriam aquelas luzes, enfeites
e pessoas bonitas como se fosse um filme de Walt Disney...

Na lanchonete sentou na cadeirinha giratória e sorriu como "reizinho",
e entre uma montanha de batatas fritas, ríamos felizes como dois velhos amigos.

Falamos sobre bolinha de gude, pipas e bola de futebol, coisas importantes
para o ser humano, principalmente quando somos crianças

Devoramos dois lanches, e quando perguntei se ele queria um sorvete gigante
como sobremesa, seus olhos brilharam feito o sol, pedi um instante, fui até o caixa,
quando voltei com os sorvetes na mão ele já não estava ali...

Por instantes pensei que ele tinha ido ao banheiro, ou estaria olhando a lanchonete,
mas não estava ali mesmo.

Foi quando sobre a caixa de batatas vazias vi um papelzinho, um bilhetinho
escrito com letra miúda que dizia assim:

"Obrigado pelo melhor presente de aniversário que poderia me dar:
Fizeste feliz um dos pequeninos do mundo!" assinado, Jesus.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?