Ruy Barbosa foi um dos homens mais brilhantes de seu tempo.
Como jurista, político, diplomata, escritor e orador, deixou sua contribuição ao povo brasileiro de uma forma toda especial.
Um dos intelectuais mais sábios de seu tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da Constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Morais.
Ruy Barbosa trabalhou na defesa do Federalismo e do Abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais.
Em especial, sua noção a respeito de Pátria e de patriotismo é verdadeiro tesouro que temos na literatura brasileira. E que merece ser melhor estudado.
Eis um breve extrato de texto seu a respeito do tema:
A Pátria não é ninguém: são todos. E cada qual tem noseio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
Os que servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.
Porque todos os sentimentos grandes são benignos, e residem originariamente no amor.
No próprio patriotismo armado, o mais difícil da vocação, e a sua dignidade, não está no matar, mas no morrer.
A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é simplesmente a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia.