sábado, 2 de março de 2013

Seja Um Hereford - Por Robert D. Foster


Um velho vaqueiro passou anos trabalhando em fazendas de gado,
onde tempestades de inverno cobravam tributo pesado do rebanho,
devido às gélidas chuvas e ventos ferozes que faziam a neve
se acumular em enormes montes.
As temperaturas geralmente desciam abaixo de zero.
A maioria dos animais voltava as costas para as lufadas de gelo
e lentamente caminhava a favor do vento,
até que a cerca os detivesse e ali acabava morrendo.

Mas a raça hereford agia de modo diferente.
Animais desta raça instintivamente voltavam-se contra o vento,
posicionando-se lado a lado, enfrentando as rajadas da tempestade,
cabeças abaixadas contra a violência do ataque.
O resultado era a sobrevivência do rebanho.
Que lição valiosa a ser aprendida:
"Enfrente as tempestades da vida de frente" !

É preciso entender os ventos da adversidade.
Lembro-me de tempos extremamente difíceis quando me sentia
tentado a “jogar a toalha”, enfiar a cabeça na areia ou esperar soar o gongo
e encerrar o combate.
Meu bom amigo e escritor Jerry Bridges apresentou algumas boas respostas
para mim em seu livro, “Trusting God Even When Life Hurts”
(Confiando em Deus Mesmo Quando a Vida o Fere”, especialmente no capítulo,
“Growing Through Adversity” (Crescendo na  Adversidade).
Também memorizei o Salmo 46.1 e encontrei socorro nas horas de crise:
“Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade”.

O escritor e orador Napoleon Hill declarou:
“Cada adversidade, cada fracasso, cada sofrimento carrega em si a semente
de um benefício igual ou maior”.
Que semente é essa da qual ele fala? Na Bíblia encontramos vários exemplos:
Abraão, no livro de Gênesis, passou muitos anos aprendendo como obedecer,
a quem obedecer e quando obedecer.
Ao longo do processo ele encontrou desvios, disputas e decepções,
mas Deus recompensou sua fé e obediência,
mesmo em face da adversidade e incerteza.
Jó, no livro que leva seu nome, viveu anos de prosperidade, felicidade e sucesso.
Depois, o teto desabou sobre sua vida, as paredes ruíram
e ele se tornou um total fracasso.
Perdeu família, fortuna, fama e saúde.
Compreensivelmente ele lamentou:
“Deus me esmaga com uma tempestade e sem motivo aumenta
as minhas feridas”(Jó 9.17).
Foi então que ele descobriu a importância de esperar, semanas ou meses.
Aprendeu o valor da paciência na adversidade. Jó declarou:
 “Mesmo que Ele me mate, Nele confiarei”.
Quando a promessa parecia falhar, descobriu que sempre se pode confiar
Naquele que faz a promessa.
José, também em Gênesis, viveu em uma montanha-russa 24 horas por dia durante anos.
Em instantes passou de favorito do pai para o fundo do poço;
de posição de destaque para prisão; da cela para o palácio;
da penúria para o posto de primeiro-ministro.
E foi capaz de declarar aos irmãos traidores:
“Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem” (Gênesis 50.20).
A Bíblia ensina o que poderíamos chamar de “lei do aumento”.
“Ouçam com atenção: a menos que um grão de trigo seja enterrado no solo
e  morra para o mundo, nunca será nada mais do que um grão de trigo.
Mas se é enterrado, ele germina e se reproduz muitas vezes” (João 12.24).
Às vezes, aparência de morte é simplesmente prenúncio de vida!

Quando a adversidade surgir – e ela surgirá – lembre-se e firme-se nesta verdade:
“Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade”
(Salmo 46.1).

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?