sexta-feira, 10 de maio de 2013

Tanchemos boas estacas

O verbo tanchar já caiu da moda. 
Quase só se usa no antigo provérbio: “Quem muitas estacas tancha, alguma lhe há de tachar”.
Mas deixemos passar o têrmo arcaico. Quem viaja nos grandes rios ou em certos mares nota que o piloto está sempre a observar as balizas que marcam o canal. 
Sem esses balizas é inevitável o encalhe ou abalroamento da embarcação. 
Essas balizas são, muitas vezes, simples estacas tanchadas ao longo do canal. 
O barco da nossa vida navega em rios tortuosos. Aqui, um banco de areia, ali um escolho. 
Ah! Se não estiver bem balizado o canal! “Mas quem nos tanchará as estacas-baliza?”
 – Nós mesmos. O moço já sabe que aquela leitura lhe foi prejudicial – tanche ali uma estaca. Aquela taberna causou tanto mal à sua vida passada – tanche ali uma estaca. 
A mesa do pano verde quanta lágrima já fez derramar a sua família! 
Tanche ali uma estaca. Já sabe que aquele é um mau inimigo, tanche ali uma estaca.
Aí está um roteiro traçado pela experiência pessoal

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?