sábado, 27 de julho de 2013

A melhor Maneira de tratar o inimigo

O soldado japonês típico da Segunda Guerra Mundial é lembrado por sua
cruel insensibilidade para com o sofrimento humano.
Como ex-prisioneiro, sei disso.

Cheguei a compreender, entretanto, que esses homens foram, vítimas do
sistema satânico sob o qual serviam, pois eram tão indiferentes ao sofrimento
de seus próprios feridos como o eram para com o dos inimigos.

Apesar dessa realidade, nem todos os soldados japoneses eram insensíveis.
Recordo bem de uma vez em que, tarde da noite, um de nossos guardas foi
na ponta dos pés até nossas barracas e cuidadosamente cobriu os presos que
se haviam descoberto durante o sono.

Também fiquei sabendo que o Tenente Tomibe Rokuro, que foi nosso
comandante por algum tempo, chorou quando viu como a Kempeitai (polícia
secreta) havia torturado alguns de nossos homens.

Houve também exemplos de compaixão revelados pelos aliados.
Na Tailândia, onde minha esposa e eu trabalhamos como voluntários de
1990 a 1992, soubemos que um trem cheio de soldados britânicos que durante
a Segunda Guerra foi desviado para outra linha férrea para uma espera
demorada.

Os britânicos ouviram os gemidos de japoneses feridos em um trem próximo.
Alguns foram investigar e viram aqueles pobres homens num estado chocante
de abandono.

Sem dizer palavras, e sob protestos da guarda japonesa, os britânicos repartiram
sua ração e a água, limparam e fizeram curativos nos ferimentos dos japoneses
da melhor forma que puderam.

Ao saírem, ouviram os agradecidos soldados inimigos dizendo:
"Arigato" (muito obrigado).

Um oficial ailado que havia observado a cena criticou os bons samaritanos por
terem "prestado ajuda e dado consolo ao inimigo".

Fizeram-no recordar, entretanto, que o Bom Samaritano original ajudara um
inimigo (João 4.9 Lucar 10.33) e, assim, por que não poderiam eles fazer a
mesma coisa?

Autor não mencionado

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