Quando Alexandre, o Grande, tinha 19 anos, foi certa vez assistir a um rodeio com seu pai,
Filipe II.
E notou que ninguém conseguia montar um dos cavalos.
Todos os cavaleiros eram jogados ao chão.
Finalmente, Alexandre disse ao pai: “Gostaria de ter sua permissão para montar aquele cavalo.
Acho que consigo.”
O pai, embora hesitante, deu-lhe permissão e Alexandre desceu à arena,
colocou a mão sobre o elegante garanhão negro, virou-lhe a cabeça na direção do Sol e montou-o.
Cavalgou nele em volta do estádio, parou, desmontou e o amarrou num poste.
A multidão se pôs em pé para aplaudi-lo.
Quando Alexandre voltou para junto de seu pai, que estava na galeria real, Filipe lhe perguntou:
“Filho, como é que você conseguiu fazer isso?”
Alexandre respondeu:
“Foi simples, pai.
Eu apenas virei a cabeça do cavalo para o Sol, de modo que ele não ficasse assustado com minha sombra.
Com a sombra atrás dele, o cavalo não ficou com medo de mim.”
Alexandre mais tarde relembrou que seu mestre, Aristóteles, lhe dissera:
“Mantenha sempre sua sombra atrás de você, e conquistará o mundo.”
Paulo não era nenhum iniciante quando escreveu a epístola aos Filipenses.
Já era idoso e havia alcançado uma experiência espiritual bem mais rica do que a maioria dos cristãos.
Mas ainda assim ele reconhecia não ter alcançado a perfeição.
E esquecendo-se das coisas passadas, ele mantinha os olhos fitos em seu alvo: Cristo.
Nós também não devemos nos culpar porque ainda não atingimos o alvo.
Seremos culpados se não prosseguirmos e nos acomodarmos com as realizações passadas.
Algumas pessoas olham para o Oeste, lamentando o Sol poente.
Outros contemplam o nascer do Sol, animados com os primeiros clarões da alvorada.
É melhor olhar para a frente, para o caminho que precisamos trilhar,
do que olhar para o caminho já percorrido.
Como cristãos, devemos manter as sombras e fracassos do passado atrás de nós
e virar o rosto na direção do Sol da Justiça.
Os olhos precisam preceder os pés. Se nosso olhar não estiver nEle, os pés se desviarão.