Quando eu tinha sete anos, fugi de casa.
Estava farto das regras do meu pai e decidi que poderia ditar meus
princípios, sem a ajuda de ninguém.
Coloquei minha roupas numa sacola de papel, saí em disparada pelo portão
dos fundos e caminhei pela viela.
Feito o filho pródigo, decidi que não precisava de pai.
Ao chegar ao fim da viela, lembrei que estava com fome e voltei para casa.
Apesar de a rebelião ter sido breve, não deixou de ser uma rebelião.
E se voce me tivesse parado naquele caminho pródigo entre as cercas e me
perguntasse quem era meu pai, eu poderia ter lhe contado como me sentia.
Talvez tivesse dito: "Não preciso de pai.
Já estou grande demais para aceitar as regras da minha família.
Agora somos só eu e minha sacola de papel".
Não ouvi o galo cantar como Pedro ouviu.
Não senti o peixe me vomitar como Jonas sentiu.
Não recebi um manto, um anel e sandálias como o filho pródigo recebeu.
Mas aprendi com meu pai terreno aquilo que os três aprenderam com o Pai celestial.
Nosso Deus não é um Pai que só nos ama quando tudo vai bem.
Ele não é adepto do "ame-o ou deixe-o".
Posso contar com ele para estar do meu lado seja qual for meu comportamento.
E voce também pode.