quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dando a vida por amor

A paisagem era triste e desoladora... O luto e a dor davam notícias da devastação que a guerra propiciara...

Os gritos de horror se faziam ouvir nas almas dilaceradas daqueles que a morte não arrebatara...

Aquelas pessoas estavam ali como adornos vivos do quadro de miséria e fome que restara da Segunda Grande Guerra...

Entre os sobreviventes havia uma mãe buscando, desesperadamente, saciar a fome do filho querido.

O pequenino sugava o seio materno em vão, pois o leite já havia acabado há muito, por falta de alimentação da mãe.

As horas se escoavam e a solução não chegava...

A fome do filho amado se fazia ouvir nas profundezas da alma, no choro de agonia...

Aquela mãe sentia a vida se extinguir como uma vela que se apaga lentamente...

E porque o seu amor era maior que a própria existência, tomou de uma lâmina e cortou a veia do braço para saciar com o próprio sangue a fome do filho querido.

Na medida em que o filho sugava, com voracidade, o alimento, os braços maternos iam perdendo as forças, e em poucos dias, aquela mãe se despedia da vida física, deixando o fruto do seu amor na face da Terra.

O socorro chegou e fez com que o esforço daquela mãe não fosse em vão...

O filho cresceu e pôde, durante toda a existência, homenagear a heroína que dera a vida para salvar a sua.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?