sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quando deixei de ver a lua



Num final de noite frio, de noite estrelada, um homem dirige seu carro pelas ruas da cidade.

No banco de trás ele carrega um tesouro: seu filhinho de dois anos de idade.

Parados no semáforo, ele observa que o filho está com o olhar fixado no alto, longe, para fora da janela.

Uma luz azul suave adentra o veículo, iluminando o rosto da criança, proporcionando uma beleza sem igual para o pai apaixonado.

Então, com aquela voz tenra, a voz pequena da descoberta das primeiras palavras, o filho diz: lua.

Sim, é mesmo! - diz o pai. É a lua! Que linda é a lua, não é, meu filho?

A criança nada responde, e continua observando, encantada, o satélite natural da Terra.

As crianças sabem que o belo precisa ser contemplado, e que qualquer palavra é pequena e insuficiente para descrevê-lo.

Após isto, o pai torna o olhar para fora também, e consegue observar a maravilha de uma noite enluarada de outono.

Consigo então pensa: Quando deixei de ver a lua?...

Lembrou-se que fazia muito tempo, desde a última vez que pôde contemplar o fulgurante brilho lunar.

Será que me esqueci da lua?... Ela certamente não esqueceu de mim, pois há pouco conversava com meu filho, em pensamento...

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?