garoto, de apenas oito anos de idade, chega feliz da festa de aniversário do seu melhor amigo e vai contar as novidades para sua mãe.
Com toda a espontaneidade de uma criança fala das brincadeiras, dos amigos que estavam presentes, de como havia se divertido e, o que é mais importante, conta uma de suas atitudes, que deixa a mãe com lágrimas nos olhos, pela sua grandeza.
Diz ele que, em determinado momento, procura a mãe do aniversariante para pegar uma ficha e jogar fliperama, que era uma das brincadeiras proporcionadas na festa.
Tia, o que é preciso para ganhar uma ficha e brincar no fliperama?
Ah!, é preciso jogar boliche pelo menos cinco minutos, depois ganha a ficha. Mas você não precisa fazer isto, pois é o melhor amigo de meu filho. Tome a ficha. Pode brincar.
Não, tia, eu vou jogar boliche depois venho pegar a ficha como todos os meus amigos.
A mãe do amigo tentou entregar-lhe a ficha mas ele já estava longe, correndo na direção dos demais garotos que estavam jogando boliche para adquirir direito ao fliperama.
A mãezinha, emocionada, perguntou por que ele não aceitou a oferta e ele respondeu simplesmente:
Eu não quero ser diferente dos outros. Isso não é justo.
Naquele momento, a mãe se deu conta da importância da educação para a construção de um mundo mais justo e mais humano.
Parabenizou o filho pela grandeza da sua atitude, pois ele havia sacrificado um interesse pessoal por amor à justiça.