segunda-feira, 14 de julho de 2014

As prioridades de alguém

Quando eu era garoto, conheci um homem que, para mim,
parecia ser maior que a vida.
Seu nome era Edwin E.Bailey.
Ele dirigia o observatório astronômico do Instituto Franklin, da Filadélfia.
Eu ia ao Instituto Franklin quase todos os sábados, só para passar um pouco
de tempo com ele.
Sua mente enciclopédica fascinava-me.
Ele parecia conhecer um pouco de tudo.
Minha amizade com Ed Bailey durou até o dia em que ele morreu, vários anos atrás.
Fui visitá-lo quando ele esteve internato no hospital, após ter sofrido um grave derrame cerebral.
Na tentativa de conversar sobre algumas amenidades, comecei a falar dos lugares em que fiz
palestras e contei que viera direto do aeroporto para visitá-lo.
Ele me ouviu atentamente e, em seguida, disse-me de maneira um tanto sarcástica:
-Você viaja pelo mundo inteiro para atender pessoas que, daqui a dez anos, não se lembrarão
de seu nome.
Mas não reserva tempo para as pessoas que realmente se importa com você.
A quelas palavras simples me atingiram em cheio e mudaram minha vida.
Decidi, a partir de então, não permitir que meu tempo fosse gasto com pessoas para quem eu
não fizesse diferença, enquanto negligenciava aquelas para quem eu era insubstituível.
Recentemente, um amigo meu recebeu um telefonema da Casa Branca, convidando-o a falar
com o presidente dos Estados Unidos.
Ele recusou, porque prometera passar aquele dia com sua netinha na praia.
O país sobreviveu sem ele, o presidente não sentiu sua falta, e sua netinha passou
momentos preciosos com o vovô.
As prioridades sempre devem ser respeitadas.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?