terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Segurando um ao outro

A dedicada enfermeira, sobrecarregada com tantos pacientes a atender, viu um jovem entrar no quarto e, inclinando-se sobre o paciente idoso em estado grave, disse-lhe em voz alta: Seu filho está aqui.

Com grande esforço, o velho moribundo abriu os olhos e, a seguir, fechou-os outra vez.

O jovem apertou a mão envelhecida do enfermo e sentou-se ao lado da cama.

Por toda a noite, ficou sentado ali, segurando a mão e sussurrando palavras de conforto ao velho homem.

Ao amanhecer, o manto escuro da morte caiu sobre o corpo cansado do enfermo. Ele partiu com uma expressão de paz, no rosto sulcado pelo tempo. Em instantes, a equipe de funcionários do hospital encheu o quarto para desligar as máquinas e remover as agulhas.

A enfermeira aproximou-se do jovem e começou a lhe dizer palavras de conforto, mas ele a interrompeu com uma pergunta: Quem era esse homem?

Assustada, a enfermeira respondeu: Eu achei que fosse seu pai!

Não. Não era meu pai. - Falou o jovem.

Eu nunca o havia visto antes.

Então, por que você não falou nada quando o anunciei para ele?

Eu percebi que ele precisava do filho e o filho não estava aqui.E como ele estava por demais doente para reconhecer que eu não era seu filho, resolvi segurar a sua mão para que se sentisse amparado. Senti que ele precisava de mim.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?