terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pátria – um lugar para amar

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi foi um compositor de óperas do período romântico italiano. Considerado, então, o m! aior compositor nacionalista da Itália.
Foi um dos compositores mais influentes do século XIX. Suas obras são executadas com frequência em Casas de Ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do gênero, alguns de seus temas estão, há muito, enraizados na cultura popular.
Entre esses, Va, pensiero, o coro dos escravos hebreus, da ópera Nabucco.
Nabucco é uma ópera em quatro atos, escrita em 1842. Conta a história do rei Nabucodonosor da Babilônia.
Por ter sido escrita durante a ocupação austríaca no norte da Itália, dadas as tantas analogias que apresenta, suscitou o sentimento nacionalista italiano.
O coro dos escravos hebreus, no terceiro ato da ópera, tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época.
No mês de março do ano em curso [2011], no Teatro da Ópera de Roma, esse coro levou os cantores e músicos à muita emoção. E o público presente, ao delírio, numa grande demonstração de fé patriótica.
O maestro Riccardo Muti acabara de reger o célebre coro dos escravos, Va pensiero. O público aplaudia incessantemente e bradava bis!
O maestro, então, se volta para a plateia e recorda o significado patriótico do Va pensiero que, além de sua intrínseca beleza, que é inexcedível, tem enorme apelo emocional, até hoje, entre os italianos.
Riccardo pede ao público presente que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos planejados cortes do orçamento da cultura.
Ele rege o público, enquanto a orquestra e o coro se irmanam na execução do hino, cujos versos podemos assim traduzir:
Voa, pensamento, com tuas asas douradas. Voa, pousa nas encostas e no topo das colinas, onde perfumam mornas e macias as brisas doces do solo natal!
Cumprimenta as margens do rio Jordão, as torres derrubadas de Jerusalém...
Oh, minha pátria tão bela e perdida! Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada dos grandes poetas, por que agora estás muda?
Reacende as memórias no nosso peito, fala-nos do bom tempo que foi!
Traduz em música o nosso sofrimento, deixa-te inspirar pelo Senhor para que nossa dor se torne virtude!

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?