terça-feira, 18 de setembro de 2012

Duas Mulheres



A mente do homem que não anda nos caminhos de Deus trabalha de um modo estranho. 

Busca prazer e encontra dor, corre atrás da alegria e só acha tristeza. 

Ele pensa que as coisas são agradáveis unicamente quando trazem o sabor do proibido. 




As águas, para serem doces, precisam ser roubadas; e o pão, para ser agradável, deve ser comido às ocultas.




O proibido, no entanto, é como o cavalo de Tróia: 

deslumbrante, massageia o ego, inflama as paixões humanas. 

Só que, ocultas dentro dele, estão a vergonha, a miséria e a morte.




No capítulo nove do livro de Provérbios, encontramos duas mulheres à beira do caminho 

disputando a atenção dos homens. 

É uma alegoria da sabedoria e da insensatez. 




A primeira convida as pessoas para a vida. 

O segredo da vida consiste em andar nos caminhos estabelecidos por Deus.




A segunda é a mulher louca ou insensata. 

Ela também convida as pessoas, oferecendo águas roubadas e pão comido às ocultas. 

Água é sinônimo de vida. 

O deserto é terra de morte porque não tem água. 

A semente brota por causa da água. 

Os campos florescem porque recebem água. 

A mulher louca oferece água. Água roubada. Vida roubada não é vida. 

Prazer roubado não é prazer. 

Felicidade “desfrutada às ocultas”, não é felicidade.




A criatura descobre isso com dor. 

Quando já é tarde. 

Quando a família foi destruída, a dignidade enxovalhada e os valores deteriorados.




O pão é alimentação básica e indispensável; não envolve nada de extravagância nem luxo. 

Quando é comido às ocultas, pode ser agradável na hora, mas depois deixa o sabor amargo da insatisfação. 

Você come e come e não se farta. 

Busca e busca e nunca acha. 

O coração está sempre vazio.




A mente natural do homem é estranha. Oculta-se. Ele não deseja ser visto. 

Mas a sua atitude insensata, mais cedo ou mais tarde, o expõe à vergonha pública.




Nada melhor do que viver às claras. 

Com transparência e verdade. 

Viva hoje desse modo. 

Ouça a voz da sabedoria e não preste atenção à voz da sedução, mesmo que esta grite nos caminhos:

“As águas roubadas são doces e o pão comido às ocultas é agradável.”

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?