segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Inspiração do poeta



Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada. Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.

Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:

Ando devagar... ao que o amigo emendou... porque já tive pressa.

Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la para nós.

Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?

Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.

E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.

Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.

Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.

Assim dizem os versos:

Ando devagar porque já tive pressa.

E levo esse sorriso, porque já chorei demais. 

Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...

Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...

Há tanto para aprender. E quantos cremos ser superiores, por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?