sábado, 25 de janeiro de 2014

A ideia de Deus



Do livro As mais belas orações de todos os tempos, colhemos um depoimento do famoso Albert Einstein, que merece ser lido, ouvido e meditado.

Diz ele:

A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.

Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.

Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.

Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.

No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor.

Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis.

Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.

Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no Mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos.

Querem pô-Lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas.

É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.

Outros O representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.

Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.

A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico.

Este é o semeador da verdadeira ciência.

Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas.

Esse conhecimento, esse sentimento, está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.

Minha religião consiste em humilde admiração do Espírito Superior e Ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos Espíritos frágeis e incertos.

Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de Deus.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?