sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A imaginação maravilhosa da infância



A sempre lúcida e inspirada Cecília Meirelles, traz-nos alguns de seus pensamentos sobre a infância:

É porque nós, desgraçadamente, já andamos esquecidos; mas, quando fomos pequenos, tivemos também essa maravilhosa imaginação com que qualquer criança deslumbra o mais requintado poeta.

Nosso mundo foi feito de coisas prodigiosas: os milagres das fadas, os encantos dos bruxos, toda a mágica das histórias mais assombrosas...

Tudo foi sempre muito verossímil, porque tínhamos em nós uma força misteriosa geradora das mais extraordinárias possibilidades.

Talvez porque convivíamos mais diretamente com a natureza, e a natureza é por si mesma assombrosa.

Depois de ver uma borboleta voar, uma flor desenrolar-se do botão, uma semente transformar-se em planta, um passarinho sair do ovo e mais tarde a cantar;

Uma estrela revelar-se, depois de feita a noite, um campo encher-se de pirilampos, as nuvens crescerem, unirem-se, viajarem, desfazerem-se...

Depois de tudo isso, com que é que se vai admirar uma criança?

E éramos tão senhores da vida, com todos os seus cenários e as suas aparências...

Acreditávamos tanto na eternidade profunda das coisas, malgrado as suas superficiais e parciais extinções.

Que a morte era pra nós qualquer coisa enganosa, que os adultos não tinham ainda encarado bem, que ainda não conheciam de perto e só por isso, com certeza, não sabiam ainda vencer...

A infância traz encerradas em si todas as condições superiores do destino humano.

Ela mesma não sabe disso, porque a sabedoria tem qualquer coisa de inconsciente. Mas vivem dentro dela todas as capacidades da vida, por mais difíceis, inacreditáveis, longínquas e indefiníveis que sejam.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Tita Carré está de Férias!!!


Estou de férias, mas nunca do meu crochet, começando novos projetos, logo estarei postando aqui o resultado de algumas inspirações...
Estarei postando algumas fotos bem legais, beijokas

Iluminando o Universo



Quando temos a feliz oportunidade de olhar para o céu à noite, longe das luzes da cidade, ficamos maravilhados com o esplendor estrelado acima de nós.

Parece que as estrelas que cintilam, em silêncio, sempre estiveram lá e que, noite após noite, século após século, estarão no mesmo lugar.

Será que lá se encontram desde o início dos tempos? Onde começa a História das estrelas?

Apesar de serem inúmeras as perguntas sobre esse assunto, hoje a ciência nos esclarece muitas dúvidas.

A astronomia nos diz que elas são enormes globos de gás, milhões de vezes mais maciças do que a Terra.

O nosso sol é uma estrela.

Embora elas nasçam mais ou menos da mesma forma, emergindo de nuvens de poeira e gás, podem assumir muitas características diferentes.

Elas têm variadas dimensões, temperaturas e cores.

Grandes ou pequenas, brilhantes ou tênues, certeza há de que todas lançam sua luz para o cosmo.

Elas produzem o calor e a luz que ilumina e movimenta o Universo.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma ideia melhor



Em uma pequena cidade, a cena causava espanto e admiração, ao mesmo tempo, talvez porque o protagonista da história fosse um senhor bem idoso.

Ele costumava passar o dia inteiro plantando árvores.

Certo dia, algumas pessoas que passavam por ali pararam, admiradas, observando aquele ancião a plantar mudas ao longo da rua.

Lisonjeado com o interesse, o velho parou seu trabalho e explicou:

Meus filhos andam sempre insistindo comigo para mandar fazer uma sepultura.

Mas eu tenho uma ideia melhor.

Obtive licença para plantar árvores nas ruas ainda não arborizadas, e é assim que estou gastando o dinheiro que poderia ser empregado num mausoléu.

Já estou com 80 anos e nunca vi ninguém procurar a sombra de uma sepultura para descansar, nem é num cemitério que a criançada vai brincar.

Daqui a 20 anos, meu nome estará completamente esquecido. Mas meus netos e outras tantas crianças estarão aqui para admirar e usufruir destas árvores.

Ademais, quem passar por estas calçadas, nos dias de calor, há de achar agradável a sombra delas.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ignorância e estupidez



O reverendo Martin Luther King Junior, missionário do bem na Terra, certa feita afirmou:

Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa.

Reflitamos sobre estas palavras fortes.

A acomodação na própria ignorância, ou mesmo a opção por ela, é terrível mal para o Espírito em evolução.

Querer permanecer na ignorância é afastar-se do caminho da felicidade.

Querer permanecer na caverna das sombras, fazendo alusão aqui à alegoria platônica, é perder a chance de conhecer o sol e toda sua luz benfazeja.

A ignorância não pode ser objetivo de ninguém na Terra.

Aparentemente, esta pode trazer algumas vantagens, conforme afirmam alguns desavisados, mas não, não há benefício algum em permanecer nela.

Da mesma forma, a estupidez conscienciosa é chaga doentia para o homem e para a mulher que desejam crescer moralmente.

Errar conscientemente é construir sua própria prisão moral de dor permanente.

Optar pelos caminhos da crueldade, do egoísmo e do orgulho, tendo a consciência de que são trilhas prejudiciais a todos, é condenar-se à dor voluntariamente.

E quantos de nós, já esclarecidos pelos tesouros de uma religião, ainda optamos pelo mal voluntariamente!

Cada vez que proferimos palavras grosseiras, cada vez que espezinhamos a vida alheia gratuitamente, com comentários infelizes, estamos agindo no mal conscientemente.

Quantos de nós, ditos cristãos, não somos capazes de tolerar nem pequenos deslizes?

Quantos de nós, tendo capacidade de praticar o bem, escolhemos o caminho da acomodação, da indiferença, mesmo sabendo que os tempos são chegados, que a hora é agora!

Sim, a estupidez conscienciosa é perigo constante. Perigo de ver a vida passar por nós, e perdermos mais uma chance, depois de tantas que já recebemos da Misericórdia Divina.

Muitos de nós que aqui estamos, somos reincidentes no mal, e recebemos a bênção de nova oportunidade para que, desta vez, aproveitemos a encarnação para crescer no amor.

Temos, nesta vida, a última chance de nos colocarmos nas sendas do bem, de uma vez por todas, sem mais delongas, sem mais espera, sem mais razões para permanecer no comportamento morno dos covardes.

Os sinais dos tempos estão aí.

A grande transformação da Humanidade já se opera dia após dia, sem cessar.

Ou seremos os de alma adormecida, que deixaremos passar tal oportunidade, ou seremos os engajados nas mudanças, na nova era de amor e entendimento.

Notemos que os grandes da Terra sempre optaram pelo amor, pela caridade, pelo perdão.

Qual será a sua opção?

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Você é uma pessoa idosa, ou velha?



Você é uma pessoa idosa, ou velha?

Acha que é a mesma coisa?

Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:

Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do Espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.

Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.

Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.

Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.

O idoso é aquela pessoa que tem a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência.

Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa. O velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.

O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.

O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido.

As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em resumo, idoso e velho são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Você compraria ilusões e fantasias?

Se v

ocê fosse abordado por um vendedor de ilusões e fantasias, lhe daria ouvidos? Compraria seus produtos?

Antes que você responda, pensemos um pouco sobre o assunto.

Quando buscamos prazer no prazer alheio, estamos vivendo de ilusões e fantasias.

Quando lemos revistas que exibem pessoas bonitas, elegantes, famosas, se deleitando em paraísos de mentira, estamos buscando sorver o prazer dessas pessoas como se estivéssemos em seu lugar.

Há revistas especializadas em criar um mundo maravilhoso, do qual só podem fazer parte as pessoas ricas, bonitas e elegantes, ou, se não são bonitas, pelo menos devem ter estilo.

E, nessas páginas que vêm maravilhosamente ilustradas, compramos fantasias e sorvemos ilusões e mentiras.

Quando essas páginas retratam uma mulher jovem, bonita, no seu quinto casamento, estampando no rosto um sorriso amarelo, simulando felicidade, não podemos imaginar que essa seja a realidade.

Não há pessoa que possa, por mais fria que seja, envolver-se com vários cônjuges e filhos, e sair sem ferir ou ferir-se.

Quando um homem, de mais de 60 anos, que acaba de deixar esposa e filhos se exibe, fingindo felicidade suprema, com uma esposa de 25, não pode estar vivendo mais que uma fantasia.

Ou será que é possível construir a felicidade sobre os escombros dos outros, em cujos corações cravamos o punhal da infidelidade e da indiferença?

Observemos, com atenção, os olhares dessas pessoas que vendem ilusões e fantasias e perceberemos sombras de tristeza imanifesta. São as gotas de amargura brotando nas profundezas da alma vazia e sem esperança.

Assim, antes de mergulharmos no mar das ilusões aportando em ilhas de fantasias, reflitamos se esse é o caminho que nos conduzirá à felicidade efetiva.

Busquemos, antes, exemplos de dignidade e honradez. Tomemos, de preferência, o barco singelo do trabalho digno e vistamos o colete da honestidade para que estejamos seguros se, porventura, o mar ficar revolto.

Não embarquemos na canoa furada das ilusões e fantasias, que não resiste aos embates das primeiras ondas da razão e do bom senso.

Contou-nos um amigo, que esteve nos Estados Unidos, que uma senhora rica e excêntrica possuía um carro que era a sua paixão.

Manifestou, em vida, o desejo de ser enterrada dentro dele. E assim foi feito.

Quando morreu, os filhos prepararam o corpo e o colocaram no interior do veículo, enterrando-o conforme o desejo.

Passado algum tempo, esse nosso amigo, que é médium, intrigado com aquele fato, foi abordado pelo Benfeitor espiritual que lhe disse com pesar:

É, a nossa irmã conseguiu que enterrassem o seu corpo num automóvel luxuoso, mas, infelizmente, no mundo dos Espíritos ela está a pé, dependendo da misericórdia alheia.

Assim acontece com muitos de nós que nos permitimos viver de sonhos que nunca se tornarão realidade.

Agora já temos elementos para responder a pergunta inicial: Você compraria ilusões e fantasias?

sábado, 25 de janeiro de 2014

A ideia de Deus



Do livro As mais belas orações de todos os tempos, colhemos um depoimento do famoso Albert Einstein, que merece ser lido, ouvido e meditado.

Diz ele:

A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.

Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.

Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.

Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.

No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor.

Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis.

Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.

Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no Mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos.

Querem pô-Lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas.

É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.

Outros O representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.

Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.

A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico.

Este é o semeador da verdadeira ciência.

Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas.

Esse conhecimento, esse sentimento, está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.

Minha religião consiste em humilde admiração do Espírito Superior e Ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos Espíritos frágeis e incertos.

Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de Deus.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Idealismo



Nos dias em que vivemos têm faltado à nossa adolescência e juventude modelos de heróis verdadeiros. À falta deles, elegem-se protótipos comuns e até perniciosos para serem seguidos.

Mas, o que será um verdadeiro herói?

Pode ser um anônimo incompreendido, que paga o alto preço de se ver a sós, defendendo ideias que sua consciência cataloga como as corretas.

O preço, por vezes, é bastante alto.

Em 1958, um oficial de carreira do exército romeno foi sumariamente julgado e condenado a 25 anos de prisão. Seu crime foi permitir-se criticar o sistema.

Ele era um idealista, que percebera a corrupção e ousara expor a hipocrisia do comunismo na prática, ele, que era general daquele regime.

Durante 6 anos, foi desconhecido o seu paradeiro, até que, em 1964, com a anistia a prisioneiros políticos, um estranho magro e pálido retornou para casa.

Foram apenas 8 meses em que filhos e pai buscaram superar a barreira imposta pelos anos de ausência.

Foi então que faleceu o líder romeno, autor da liberalização política do país. Com a subida ao poder de Nicolae Ceausescu, o desastre aconteceu.

A família conseguiu emigrar para os Estados Unidos, mas ele não.

Para todos os conhecidos e parentes aquele homem era um fracassado.

Atirara pela janela a brilhante carreira militar, não pensara na família, tudo porque tivera uma crise de consciência e se recusara a trair os seus princípios.

Em um diário descreve seus sentimentos na rotina do dia a dia que a prisão lhe impôs. Ele tinha 45 anos quando toda sua vida ruiu.

Diz ele: Tive todos os motivos para ser feliz, uma esposa adorável, dois filhos bonitos, carreira bem sucedida. Mas diariamente passava com minha limusine por ruas cheias de gente desesperada e faminta, aguardando eternamente mantimentos em lojas cujas prateleiras estavam vazias.

Minha mulher implorava para que eu ficasse calado e pensasse em minha família.

Queria que meus filhos crescessem órfãos?

Havia tantos prisioneiros, tantos desaparecidos!

Por que flertar com a autodestruição? O que eu esperava obter com isso?

Eu poderia ter optado por olhar em outra direção, fechar os olhos.

Mas como poderia?

Mais adiante, ele poetiza, traduzindo seu estado d'alma tranquilo:

Não me preocupo com o vento e a nevasca, nem com o frio que entra em meus ossos. Nunca na vida me senti mais livre.

Meu Espírito está intacto! Aprendi a cantar sem som e a escrever sem papel. Apesar de tudo, o homem é o ser mais maravilhoso e completo da natureza!

Por esse motivo, nunca devemos perder a fé em sua grandeza, em seu direito de ser valorizado e amado.

O herói ficou livre em 1989 e foi visitar a família nos Estados Unidos. Depois, retornou à sua pátria, para procurar nos arquivos da polícia secreta o manuscrito do seu livro, causa de sua prisão.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Branquinho - O amigo Gato da Tita Carré


Branquinho -  O amigo Gato da Tita Carré






O Branquinho como já havia dito aqui, é meu Gato emprestado, ele é o gato da Bisa de 96 anos de idade, a Dona Olga, avó do meu marido, uma pessoa muito especial, e como não poderia ser diferente, ela tem também um gato muito especial, amigo e carinhoso, um grude, e vive nos visitando, é só pular o muro...
Tirei várias fotos, o Branquinho adora tirar foto, como podem ver ...

O Gato
Vinicius de Moraes

Com um lindo salto
Leve e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso
Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
Se num novelo
Fica enroscado
Ouriça o pêlo, mal-humorado
Um preguiçoso é o que ele é
E gosta muito de cafuné

Com um lindo salto
Leve e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso
Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando à noite vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga

Pássaros crescidos

Um dia, nos escapam das mãos...

Volta pro ovo! - queremos dizer - como na canção.

Mas o ovo se faz pequeno para a vibração de um pássaro novo. O ninho já não basta como extensão de si mesmo; não mais reflete suas necessidades primárias.

O pássaro quer voar. O pássaro precisa voar.

Houve o tempo em que nos víamos agigantados nos olhos desses pequeninos seres voláteis, heróis domésticos que éramos, mas de tal forma reconhecidos que nos convencíamos de nossos dons extraordinários.

De fato, somos fabulosos na arte de gerar, nutrir, desenvolver, ensinar, conduzir, proteger e tudo mais que sabemos fazer sem que ninguém nos ensinasse, até vê-los como estão, crescidos e atrevidos.

Foram-se as penugens que alisamos, o bico esfomeado, o novelo de plumas que se escondia em nossas asas.

Tudo que vemos agora são penas arrepiadas e rebeldes, difíceis de alisar.

E o suave trinado que já se fez cheio de notas, agora vem nos ferir os ouvidos com a estridência de uma nota só.

O fato é que um dia eles crescem, abrem, sem avisar, as asas delicadas e no tempo de um espirro nos deparamos com a envergadura do filhote. O gesto se antecipa e anuncia a extensão do salto.

Volta pro ovo!! – queremos dizer – mas não nos ouvem, envolvidos que estão no intenso farfalhar das asas debutantes.

Então olhamos para nós, pássaros de penas ralas, e nos empenhamos em lembrar as palavras mágicas, na esperança de recuperar poderes há muito aposentados.

Desprovidos dos antigos recursos, nada nos resta fazer senão admirar o vôo desses calouros emplumados, pintainhos que fizemos crescer com nossos mimos, e a quem demos asas para que brincassem à nossa volta.

Mas eis que se definem no estilo e na performance: que lindos volteios, que rasantes, que belos planadores se revelam!

E como sobem com determinação, para depois mergulhar vertiginosamente no espaço e logo conter o ímpeto, com precisão, antes de tocar o chão num pouso de mestre.

Estão a nos estufar o orgulho.

De fato, não há como querer contê-los, aliás, já se foram, em revoada, silfos barulhentos que ensinamos a voar, para que um dia pulassem do ninho e, corajosamente, voassem.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Patrimônio moral



Você já pensou no que faria se alguém tentasse invadir ou roubar os bens materiais que lhe pertencem?

As pessoas, de um modo geral, lutam para defender seu patrimônio, mesmo que para isso seja necessário se expor de forma perigosa.

No entanto, muitos são os que permitem que outro patrimônio, bem mais valioso e efetivo, seja saqueado com facilidade.

Trata-se do patrimônio moral.

Enquanto os bens materiais não nos pertencem de fato, pois a qualquer momento podemos deixá-los aos herdeiros, por ocasião da morte, ou perder por um motivo qualquer, o patrimônio moral é o único tesouro que realmente nos pertence.

Mas, de que forma nosso patrimônio moral pode ser dilapidado?

Isso ocorre de uma maneira tão sutil que quase não nos damos conta.

Quando, num restaurante, por exemplo, o garçom nos pergunta se queremos uma nota fiscal de valor maior para usarmos em alguma prestação de contas, está nos convidando a ser desonestos.

E, no caso de aceitarmos, a diferença entre a despesa e o valor da nota será o preço pelo qual vendemos um pedaço do nosso patrimônio moral. E geralmente é muito barato.

Nesse caso vemos o quanto barateamos esse tesouro.

Outro exemplo é quando tentamos substituir uma multa qualquer, seja fiscal ou de trânsito, por uma propina. Nesse caso, não somente estamos empobrecendo nosso patrimônio moral, como também sugerindo o mesmo ao profissional que nos autua.

Quando arranjamos um atestado médico falso, para justificar uma falta ao trabalho, estamos dilapidando nosso tesouro moral.

Quando fazemos uma compra e o caixa se engana, dando-nos o troco a maior, e não devolvemos essa quantia, ficamos um pouco mais pobres moralmente.

Quando o comerciante adultera a balança ou a mercadoria para vender menos e cobrar mais, está desvalorizado seu patrimônio real.

Quando o eleitor empenha seu voto em troca de um benefício qualquer, está comercializando seu bem mais precioso.

Isso sem falar naqueles que se utilizam de bens ou valores de terceiros, ou do erário, para saquear a moral alheia. Nesse caso, ficam ainda mais empobrecidos moralmente, pois desconsideram a confiança que lhes foi depositada.

Enfim, são tantas as maneiras de vender ou desperdiçar nosso patrimônio moral, que é preciso ficar atento para não nos tornarmos mendigos morais em pouco tempo.

Como podemos perceber, o cuidado com os bens materiais é válido, mas não podemos deixar de preservar o patrimônio moral, o único que poderemos levar conosco pela eternidade afora.

Era a esse tesouro que Jesus Se referia, dizendo que nem a traça nem a ferrugem consomem e ladrão nenhum pode roubar.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sentir na própria pele



Uma determinada ONG alemã apresentou, de forma inusitada, um excelente exemplo de marketing social.

Em alguns cinemas da Alemanha, o público entrava para assistir aos filmes e se deparava com diversos cobertores dobrados, colocados um em cada poltrona.

Nada foi dito ou explicado e, conforme os primeiros anúncios e trailers iam passando, a sala começava a esfriar, chegando a temperaturas baixíssimas, similares às das madrugadas de inverno naquela região.

Então, subitamente, uma mensagem começava a aparecer, mostrando moradores de rua em muita dificuldade, assim como seus próprios relatos narrando os problemas causados pelo frio intenso.

Ao final da mensagem, um deles, inclusive, em tom de bom humor, dizia para que não incomodassem mais as pessoas no cinema e as deixassem assistir a seus filmes.

A campanha finalizava avisando às pessoas que, em cada cobertor que receberam, havia um código, que poderiam ler com seus celulares, e efetuar uma doação espontânea para ajudar os moradores de rua, os sem teto.

O resultado foi surpreendente. Após realizarem a experiência em diversas salas de cinema de todo o país, computaram um retorno de noventa e cinco por cento, isto é, noventa e cinco por cento das pessoas que estiveram nessas salas de cinema se comoveram e fizeram doações.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O sentido secreto da vida



Há um sentido profundo na superficialidade das coisas.

Uma ordem inalterável no caos aparente dos mundos.

Vibra um trabalho silencioso e incessante dentro da imobilidade das plantas:

no crescer das raízes, no desabrochar das flores,

no sazonar dos frutos.

Há um aperfeiçoamento invisível dentro do silêncio de nosso eu:

nos sentimentos que florescem, nas ideias que voam,

nas mágoas que sangram.

Uma folha morta não cai inutilmente. A lágrima não rola em vão.

Uma invisível mão misericordiosa suaviza a queda da folha. Enxuga o pranto da face.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Papel de Carta















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O sentido das palavras



Um homem doou uma moeda de prata a quatro pessoas. Uma delas, um persa, disse:

Com esta moeda, quero comprar angur.

O segundo, um árabe, exclamou:

Que insensato, não vamos comprar angur. Vamos comprar inab.

O terceiro era turco e disse:

Esta moeda é minha também e não quero nem inab, nem angur. Quero uzum.

O quarto, um grego, não se conformou:

Calem-se todos. Com esta moeda compraremos isratil.

Começaram a brigar entre eles porque ignoravam o verdadeiro sentido das palavras.

Esbofetearam-se, insultaram-se, até que chegou ali um homem sábio e que conhecia muitas línguas.

Ele lhes disse:

Dêem-me esta moeda e confiem em mim. Com ela comprarei algo que satisfará a todos vocês.

Sem opção melhor, eles lhe entregaram a moeda. O homem sábio foi ao mercado. Com a moeda comprou uma boa porção de uvas que entregou aos quatro briguentos.

Todos ficaram satisfeitos vendo seu próprio desejo realizado.

Ignorantes, eles não sabiam que todos desejavam a mesma coisa.

Angur, inab, isratil e uzum significam uva, nesses idiomas.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Sentir Deus



O jovem professor entrou na sala de aula e encontrou seus pequenos alunos debatendo, calorosamente, sobre Deus.

Como poderiam acreditar que Deus existe se não conseguiam vê-Lo, nem tocá-Lo?

Percebendo o nível da discussão filosófica das crianças, o professor pediu licença e propôs a elas uma experiência.

Colocou sobre a mesa dois copos transparentes com água, e perguntou se elas podiam notar algo de diferente entre um e outro.

Os pequenos responderam, em uma só voz: Nenhuma diferença. Ambos contêm água limpa.

Então, o jovem deu a cada um deles uma colher, pedindo-lhes que provassem um pouco do conteúdo de cada copo.

Quando todos haviam experimentado tornou a perguntar: E então, ainda afirmam que são iguais?

E a resposta foi outra: Não, num dos copos a água é doce, no outro não é.

Aí o jovem educador disse: Acontece o mesmo com relação a Deus. Para perceber a Sua existência é preciso experimentá-Lo.

Não podemos vê-Lo nem tocá-Lo, mas podemos senti-Lo.

E percebendo que a classe estava ávida para saber mais a respeito dessas questões, o professor continuou com seus argumentos.

Deus não pode ser tocado com as mãos, nem medido com fita métrica, pesado na balança, ou visto com os olhos físicos.

Mas podemos sentir Deus ao tocar as pétalas de uma flor, sua textura aveludada, seu perfume, sua coloração única...

Não podemos medir Deus, mas podemos mensurar Sua grandiosidade nas dimensões do Universo, nos astros a girar no firmamento, nas manhãs claras e belas, na organização dos seres infinitamente pequenos.

Não podemos pesar Deus, mas podemos perceber Sua força geradora e mantenedora, nas Leis que regem e sustentam constelações, nebulosas e galáxias, suspensas no espaço sem fim.

Podemos observar o Criador no impulso das ondas que agitam os oceanos, no instinto dos animais, na dança das estações.

Não conseguimos ver Deus com os olhos, mas podemos sentir Deus nas múltiplas expressões do bem e do belo, do amor criativo e ativo, na chama de esperança que vibra na alma de cada filho Seu.

Deus é invisível, mas Sua presença é evidente nas várias expressões do dinamismo da vida:

No sangue que corre em nossas veias...

No oxigênio que respiramos...

No sol que dardeja ouro sobre a Terra, possibilitando a vida...

Na lua, satélite silencioso e solitário, que vigia o planeta durante as noites...

Na chuva, que cai de mansinho acordando as sementes que dormem sob o solo generoso...

Na brisa leve que conduz o pólen e permite a geração das flores.

Ah, as flores...

As flores são a assinatura do próprio Criador no quadro da natureza...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Criança



De tudo o que nos cerca na vida, uma das dádivas mais preciosas que Deus nos proporciona é a presença da criança.

Ela tem o dom especial de dar sabor e graça a tudo. Contenta-se com tão pouco: um passeio, um pôr-do-sol, um pacote de pipoca.

E tem a pretensão de que o mundo inteiro lhe pertence. É sua a árvore, a bola, a peteca. É seu o pássaro, o jardim. São seus o carro do papai e o batom da mamãe.

Uma criança nasce com um brilho angelical e mesmo crescendo, sempre fica um halo de luz suficiente para nos cativar o coração, mesmo que ela se sente no lodo, chore a todo o volume, faça um berreiro ou ande pela casa se gabando, depois de vestir as melhores roupas e sapatos de sua mãe ou de seu pai.

Ela pode ser a mais carinhosa do mundo e parecer a mais ingênua, até ao ponto de esgotar a nossa capacidade de responder perguntas.

Quando está brincando, produz todo tipo de ruídos que nos colocam os nervos à flor da pele.

Quando a repreendem ela fica quietinha, faz beicinho, carinha de choro. Mas continua com esse brilho angelical nos olhos.

Ela é a inocência jogada na Terra, a beleza fazendo cambalhotas e também a mais doce expressão do amor materno, quando acaricia e faz dormir a sua boneca ou o seu bichinho de pelúcia.

Quando Deus a cria, utiliza uma parte da matéria prima de muitas de suas criaturas. Usa os gorjeios do sabiá e os saltos do gafanhoto, a curiosidade e a suavidade do gato, a ligeireza do antílope e a teimosia de uma mulinha.

Gosta de sapatos novos, de sorvete, brinquedos, do jardim de infância, dos companheiros de folguedos e de correr atrás dos pombos e do gatinho.

Adora livros de colorir, as lições de dança, a bola e o patinete.

Ama a praia, o sol, o mar, as férias, o luar e as estrelas.

Não gosta que lhe penteiem o cabelo e é a mais ocupada criatura na hora de ir para a cama, porque sempre precisa acabar alguma coisa que ainda nem começou.

Ninguém nos dá maiores aflições ou alegrias, desgosto ou satisfações ou o mais legítimo orgulho.

Pode bagunçar nossos papéis de trabalho, nosso cabelo e a roupa. É especialista em nos pedir tempo para compartilhar das suas brincadeiras e tem uma fértil imaginação.

Às vezes, pode parecer uma calamidade, que quase nos desespera com tantos ruídos e travessuras.

Mas quando sentimos que as nossas esperanças e desejos estão a ponto de cair por terra, quando o mundo parece que se fecha para nós;

quando chegamos a pensar que o fracasso logo nos alcançará, ela nos converte em majestades, quando se senta em nossos joelhos, passa os bracinhos pelo nosso pescoço e pede para contar um segredo no ouvido, e diz: Eu te amo!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Uma flor em crochet que é um motivo para sonhar


Uma flor em crochet  que é um motivo para sonhar


Apesar de não ser a Mocidade a minha escola de samba , a minha Mangueira é a do meu Coração, mas este Samba enredo marcou a minha infância, e como sonhar faz parte da vida, espero que o meu motivo de crochet também traga possibilidades a vocês. 

Samba Enredo 1992 - Sonhar Não Custa Nada! Ou Quase Nada

Sonhar não custa nada
O meu sonho é tão real
Mergulhei nessa magia
Era tudo que eu queria
Para ese carnaval
Deixe a sua mente vagar
Não custa nada sonhar
Viajar nos braços do infinito
Onde tudo é mais bonito
Nesse mundo de ilusão
Transformar o sonho em realidade
E sonhar com a mocidade
E sonhar com o pé no chão

Estrela de luz
Que me conduz
Estrela que me faz sonhar

Amor, sonhe com os anjos (não se paga)
Não se paga pra sonhar
Eu sou a noite mais bela
Que encanta o teu sonho
Te alucina por te amar (amar, amar)
Vem nas estrelas do Céu
Vem na lua de mel
Vem me querer

Delírio sensual
Arco-íris de prazer
Amor, eu vou te anoitecer

Eu vejo a lua no céu
A mocidade a sorrir
De verde-e-branco na sapucaí

Um braço amigo



Aquela era uma noite como outra qualquer para aquele moço que voltava para casa pelo mesmo roteiro de sempre, há três anos.

Ele seguia tateando com sua bengala para identificar os acidentes do caminho, que eram seus pontos de referência, como todo deficiente visual.

Mas, naquela noite, uma mudança significativa havia acontecido no seu caminho: um pequeno arbusto, que lhe servia de ponto de referência e estava ali pela manhã, fora arrancado.

A rua estava deserta e ele não conseguia mais encontrar o rumo de casa. Andou por algum tempo, e percebeu que havia se afastado bastante da sua rota, pois verificou que estava numa ponte sobre o rio que separa a sua cidade da cidade vizinha.

Era preciso encontrar o caminho de volta. Mas como, sem o auxílio da visão?

Começou a tatear com sua bengala, quando uma voz trêmula de mulher lhe indagou:

O senhor está encontrando alguma dificuldade?

Acho que me perdi. - Respondeu o rapaz.

Foi o que pensei. - Comentou a mulher.

Quer que o acompanhe a algum lugar?

O rapaz lhe deu o endereço e ela, oferecendo-lhe o braço, o conduziu até à porta de casa.

Não sei como lhe agradecer. - Falou o moço.

Eu é que lhe devo um sincero agradecimento. - Respondeu ela, já com voz firme.

Não compreendo. - Retrucou o rapaz.

E a jovem senhora então explicou:

Há uma semana meu marido me abandonou. Eu estava naquela ponte para me suicidar, pois geralmente àquela hora está deserta.

Aí encontrei o senhor tateando sem rumo e mudei de ideia.

A mulher disse boa noite, agradeceu mais uma vez, e desapareceu rua abaixo.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Bendita pátria



É lamentável a depreciação que os próprios brasileiros fazem do Brasil.

Parece que uma onda de pessimismo varre o país de norte a sul. E o que mais e mais se ouve, se lê e se assiste são frases pessimistas e cheias de ranço.

No entanto, os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para falar bem do Brasil e bons motivos para enaltecer nossa bendita Nação.

Segundo dados fornecidos pela Antropos Consulting, o Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de vinte e quatro horas depois do início das apurações.

O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de quarenta por cento do mercado na América Latina.

No Brasil temos catorze fábricas de veículos instaladas e outras quatro se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

Das crianças e adolescentes entre sete e catorze anos, noventa e sete vírgula três por cento estão estudando.

O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com seiscentos e cincoenta mil novas habilitações a cada mês.

Na telefonia fixa, nosso país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

Seis mil, novecentas e noventa empresas brasileiras possuem certificado de qualidade ISO 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México são apenas trezentas empresas e duzentas e sessenta e cinco na Argentina.

O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que temos esse vício de só falar mal do nosso Brasil?

Por que não nos orgulhamos em dizer que nosso mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de cincoenta mil títulos novos a cada ano?

Que temos o mais moderno sistema bancário do planeta? Que nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

Por que não falamos que somos o país mais empreendedor do mundo e que mais de setenta por cento dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

Por que não dizemos que somos hoje a terceira maior democracia do mundo? Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

Porque não nos lembramos que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos estrangeiros, gesticula e não mede esforços para atender bem o turista?

Por que não nos orgulhamos de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando?

É! O Brasil é um país abençoado de fato.

Bendito país, que possui a magia de unir pessoas de todas as raças, de todas as religiões, de todas as cores...

Bendito país que sabe entender todos os sotaques...

Bendito país que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.

Bendita seja, querida Pátria chamada Brasil!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Tita Carré e Crochet em Gramado









Passei um fim de semana em Gramado, fiquei em uma pousada no interior de Gramado, muito linda e o lugar mais ainda, como não podia de deixar de levar meu crochet, fiz um Square em crochet, que mais tarde virará uma almofada para o meu canto colorido do crochet, irei colocar  em outras postagens mais fotos que foram tiradas neste sossego de lugar.

Os bons são maioria



Uma campanha de marketing nacional trouxe uma verdade bela e esperançosa.

Espalhados pelas cidades, vários outdoors revelavam alguns dados estatísticos muito interessantes. Eis alguns deles:

Para cada pessoa dizendo que tudo vai piorar, existem cem casais planejando ter filhos.

Para cada corrupto existem oito mil doadores de sangue.

Enquanto alguns destroem o meio ambiente, 98% das latinhas de alumínio já são recicladas no Brasil.

Para cada tanque fabricado no mundo, são feitos cento e trinta e um mil bichos de pelúcia.

Na Internet, a palavra amor tem mais resultados do que a palavra medo.

Para cada muro que existe no mundo, se colocam duzentos mil tapetes escritos "bem-vindo".

Enquanto um cientista desenha uma nova arma, há um milhão de mães fazendo pastéis de chocolate.

Existem razões para acreditar. Os bons são maioria.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Muitas tentativas e muitas estrelas em crochet...


Muitas tentativas e muitas estrelas em crochet...

Estava procurando um modelo para uma colcha em crochet em formato de estrela, acima os exemplos de que fiz e não gostei do resultado, já encontrei o que queria, e assim que tiver em um tamanho considerável, posto aqui no blog para verem e dizerem o que acham...

O bom e o ruim



Ela era uma jovem talentosa e rica. Jamais conhecera dias ruins.

Crescera entre os livros, a arte e as horas de lazer.

Mas então decidiu deixar o lar paterno. Tinha sonhos grandiosos.

Inscreveu-se em um curso em país europeu e partiu. Meses depois, surpreendeu a família informando que pretendia não mais retornar à casa.

Identificava-se de tal forma com os costumes e a vida do país onde se encontrava, que se decidira por não retornar à terra natal.

Conseguir emprego para se manter foi um desafio. Falando fluentemente o inglês e o alemão, venceu barreiras.

Em uma tarde de passeio encontrou um rapaz, tão jovem quanto ela própria, e se apaixonou.

O namoro durou alguns meses, depois veio o matrimônio. Ele era escocês e logo ela descobriu que eram muito diferentes.

Ele manifestava atitudes que a magoavam profundamente. Ela se sentia só e infeliz.

Idealizara uma vida serena, a dois, e tudo o que encontrava a cada dia eram problemas se somando a dificuldades.

Recordou-se do aconchego materno e passou a telefonar para sua mãe, nas horas da madrugada, quando se sentia mais desesperada.

Não aguento mais, disse uma noite.

Que posso fazer, a tantas milhas de distância? Perguntava a mãe.

Servindo-se de palavras doces, foi acalmando a filha. E, por fim, lhe disse:

Filha, apanhe um sabonete e escreva num espelho: "Isso vai passar." Amanhã lhe telefonarei.

Quando a noite foi vencida pela madrugada ridente e as horas vespertinas se anunciaram, ela telefonou para a filha.

Em prantos, a moça lhe disse:

Eu escrevi, mamãe, como você mandou. Mas não adiantou nada. Nada passou.

Do outro lado da linha, a voz firme da mãe se fez ouvir:

Torne a apanhar o sabonete e embaixo da frase, escreva agora: "O bom e o ruim."

A filha não conseguiu entender muito bem o que a mãe lhe desejava dizer com aquilo, mas obedeceu.

Então, quando o telefone tornou a tocar, na rica residência dos pais, a voz da filha estava mais calma:

Eu entendi, mamãe. Entendi que devo analisar as coisas positivas, não somente ressaltar as questões ruins do meu casamento.

Escrevi tudo o que de bom já vivi com John. Quando comecei a relacionar as coisas ruins, percebi que não eram tantas quanto supunha.

Vou reformular minha vida. Vou tentar outra vez. Desejo ser feliz com ele.

Aliviada, a mãe percebeu que alcançara o objetivo. A filha estava analisando fatos e opiniões.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Um porta copos em crochet que quase virou uma manta !!!



Um porta copos em crochet que quase virou uma manta para o sofá, mas não era bem isso que eu queria, então virou ...
A saga da manta estrela, hihihi, fiz tantos modelos, vou postar aqui para vocês verem as tentativas e erro, mas acabei encontrando o que eu queria com a ajuda do grupo Trama do qual eu participo, e de uma amiga em especial que até fez um Pap para me ajudar a clarear as ideias, é a Irê Silva, obrigada amiga.

O que acham do meu Naninha Cachorrinho?